Perfil epidemiológico da cárie em escolares com 7 anos de idade da rede pública de Joinville/SC e sua associação com fatores comportamentais

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública. Esta dissertação está divida em duas partes. A primeira refere-se ao trabalho de qualificação após análise da banca. A segunda parte consiste de dois artigos onde desenvolveu-se um estudo de prevalência a partir de uma amostra estratificada por grupo sócio-econômico, composta por 360 escolares de sete anos de idade da rede pública de Joinville-SC. Os parâmetros utilizados para a composição da amostra foram; intervalo de confiança de 95%; prevalência de 34% e erro amostral de 5%. Utilizaram-se o teste "t" de Student e ANOVA para avaliar as diferenças de prevalência de cárie dental entre sexos e grupos sócio-econômicos. Análises bivariadas com teste de qui-quadrado foram feitas para definir as variáveis do modelo multivariado, desenvolvido com regressão logística não condicional. O objetivo do primeiro artigo intitulado "Cárie na dentição decídua em escolares de sete anos de idade da rede pública de Joinville, Santa Catarina" foi conhecer a prevalência da cárie nesta população e fatores associados. Como conclusão observou-se que a prevalência é alta, pois atinge mais de 50% e esteve associada a pertencer a grupos sócio-econômicos de menor renda e a percepção pela mãe da presença de problemas sérios de saúde bucal de seus filhos. O segundo artigo cujo título é a "Severidade da cárie em escolares da rede pública de Joinville, Santa Catarina, aos sete anos de idade" teve como objetivo levantar questões relativas à severidade da cárie nesta população e fatores associados. Concluí-se que a severidade pode ser considerada baixa para os padrões brasileiros, sendo o componente cariado o com maior peso do índice ceo-d; a escolaridade da mãe e a sua percepção sobre a saúde bucal do seu filho são suficientes para identificar as crianças com baixa severidade que neste caso é definida pela percepção de que as crianças não têm problemas de saúde bucal, principalmente se a escolaridade materna foi média ou alta.