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Experiences of childfree by choice couples
- Source :
- Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instacron:UNICAMP
- Publication Year :
- 2015
-
Abstract
- Orientadores: Maria José Martins Duarte Osis, Maria Yolanda Makuch Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Introdução: Tem crescido no mundo o número de casais que optam por não ter filhos, inclusive no Brasil. Entretanto, pouco se sabe sobre essas pessoas. Objetivos: Realizar uma reflexão sobre a construção social da maternidade/paternidade, descrever o estado da arte das publicações sobre pessoas que optam por não ter filhos, e investigar o processo de decisão e as vivências de casais que fizeram tal opção. Métodos: A reflexão foi realizada a partir da leitura de artigos e livros nacionais e internacionais sobre maternidade/paternidade. Realizou-se uma revisão narrativa das publicações sobre pessoas que optaram por não ter filhos na base de dados Medline (PUBMED) com os termos "childless" OR "childfree" OR "voluntary childless" OR "voluntary chidlfree". A descrição do processo de decisão e das vivências dos casais foi obtida a partir de entrevistas semidirigidas com 13 casais que declararam ter optado voluntariamente por não ter filhos. Cada membro do casal foi entrevistado individualmente. A amostra intencional foi obtida por meio da técnica de "bola de neve" e o número de participantes foi definido mediante saturação das informações. Todas as entrevistas foram gravadas, transcritas e submetidas à análise temática de conteúdo. Resultados: As perspectivas sociais sobre a maternidade/paternidade se modificaram ao longo da história e do desenvolvimento econômico. Os primeiros estudos sobre as pessoas que optaram voluntariamente por não ter filhos foram publicados por volta de 1960 e concentraram-se em caracterizá-las, compará-las com outras pessoas e avaliar as consequências dessa opção em suas vidas, especialmente na velhice. Nas entrevistas verificou-se que o processo de decisão de não ter filhos foi socialmente mais difícil para as mulheres. A maior parte delas já havia desejado ter filhos em algum momento de sua vida. Quando a opção de não ter filhos foi do companheiro, as mulheres aceitaram para manter a união conjugal e por entenderem que filhos demandariam muita responsabilidade e dedicação. Quando a opção partiu das mulheres, os homens a aceitaram após refletirem sobre os custos financeiros que teriam com os filhos. Não ter filhos foi avaliado como positivo para o relacionamento conjugal tanto pelas mulheres quanto pelos homens. As mulheres foram mais julgadas, cobradas e pressionadas a procriarem do que os homens nos relacionamentos familiares, de amizade, sociais e profissionais. Enquanto as mulheres referiram prazer em exercer atividades de cuidados com crianças em geral, os homens relataram não ter proximidade e ter pouca convivência com crianças. As mulheres manifestaram mais preocupação com a velhice sem filhos do que os homens. Conclusões: Os papeis reprodutivos são resultados da interação entre as condições materiais da existência e as transformações do pensamento e do imaginário social. O principal tema estudado sobre as pessoas que optam voluntariamente por não ter filhos é o que ocorre na velhice dessas pessoas. Homens e mulheres vivenciavam de modo diferente a opção de não ter filhos. Socialmente, as mulheres sofriam mais intensamente o impacto negativo dessa opção do que os homens, refletindo os tradicionais papeis de gênero em nossa sociedade, que pressupõem que a maternidade é natural às mulheres Abstract: Introduction: The number of childfree by choice couples has grown in the world, including Brazil. However, little is known about these people. Objectives: To conduct a reflection on the social construction of motherhood/fatherhood; to describe the state of the art publications about people who choose not to have children, and investigate the decision process and the experiences of couples who have made such a choice. Methods: National and international articles and books about maternity/paternity were identified and revised for writing a reflection on this issue. A narrative review of the literature about people who choose not to have children was carried out in the Medline database (PubMed) with the keywords "childless" OR "childfree" OR "voluntarily childless" OR "voluntarily childfree". The description of the decision process and the experiences of childfree by choice couples was obtained from semi-structured interviews with 13 couples who said they had voluntarily chosen not to have children. Each member of the couple was interviewed individually. The sample was obtained through the technique of "snowball" and the number of participants was defined by saturation of information. All interviews were recorded, transcribed and submitted to thematic content analysis. When the men had proposed the option of not having children, the women have accepted for keeping the marital union and because they considered that children would require a lot of responsibility and dedication. When the women had proposed to not have children, the men accepted it after reflecting on the financial costs of children. Women and men assessed that not having children was positive for the marital relationship. Women were more judged, charged and pressured to procreate than men in family relationships, friendship, social and professional environment. While the women reported pleasure to exercise care with children in general activities, the men reported no proximity and that they had little interaction with children. The women expressed more concern about old age without children than men. Conclusions: The reproductive roles are the result of the interaction between the material conditions and the thought transformations and social transformations. The main theme studied about people who voluntarily choose not to have children is how they will live in the old age. The experiences of men and women during the decision process of not to have children were different. Women suffer more intensely the social negative impact of this option than men, reflecting the traditional gender roles in our society, which establish that maternity is natural for women Doutorado Fisiopatologia Ginecológica Doutora em Ciências da Saúde CAPES 11837/13-6
Details
- Database :
- OpenAIRE
- Journal :
- Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instacron:UNICAMP
- Accession number :
- edsair.od......3056..e9c3ea4e332c68cf9a2f61b2772c4a58