Variability of heat waves in the subtropical region of Brazil

Recently, much has been discussed in the scientific community about global warming since the 1970s and its impacts on temperature extremes. Some studies refer to a time of the 21st century. However, even if this gap is confirmed, results in the literature point to an increase in the frequency, intensity and persistence of the extremes in this same period. In addition to anthropogenic activities, climatic differences may be controlling these slower and faster periods of heating. Considering the impacts that extremes of temperature can cause, both for society and the economy, this work aims to analyze the variability of heat waves in the subtropical region of Brazil from 1980 to 2013. That is, verify how these extremes are behaving over the decades, and relate them to the South Atlantic Convergence Zone and the Antarctic Oscillation. For this, daily data of maximum temperature and geopotential height in high and low levels were used, as well as the SACZ events from 1992 to 2013. Through the applied methodology, the subtropical region was divided in two (regions 1 and 2). For both, there has been an increase in the frequency, intensity and persistence of heat waves since the 80's. In addition, the events presented a seasonal characteristic, more frequently in the winter period. Regarding the SACZ, it is clear the influence of the same on the temperature anomalies in the region more to the south of its climatological position, however there were few extremes of temperature during the period that the SACZ acts. The Antarctic Oscillation also presented an important relation with the statistical characteristics of the heat waves. The events were more frequent and persistent during AAO-, whereas in AAO + they were more intense. The behavior of the atmosphere during the heat waves in each of the phases was also analyzed. The two regions presented similar behavior, being that in the negative phase the heat waves are favored by the action of an atmospheric blockade in the Southeast Pacific together with the positive anomalies on the Atlantic, while in the positive phase the South Atlantic positive anomalies plays a dominant role in the development of heat waves. This pattern repeats at high and low levels, showing that the systems are vertically aligned. Recentemente, vem sendo muito discutido na comunidade científica acerca do aquecimento global desde a década de 70 e seus impactos sobre os extremos de temperatura. Alguns estudos afirmam que houve um hiato neste aquecimento durante a primeira década do século 21. No entanto, mesmo que este hiato se confirme, resultados apresentados na literatura apontam para um aumento na frequência, intensidade e persistência dos extremos neste mesmo período. Além das atividades antropogênicas, variabilidades naturais do clima podem estar controlando estes períodos mais lentos e acelerados de aquecimento. Tendo em vista os impactos que os extremos de temperatura podem causar, tanto para a sociedade, como para a economia, este trabalho visa analisar a variabilidade das ondas de calor na região subtropical do Brasil de 1980 a 2013. Ou seja, verificar como estes extremos estão se comportando ao longo das décadas, e relacioná-los com a Zona de Convergência do Atlântico Sul e com a Oscilação Antártica. Para isto, foram utilizados dados diários de temperatura máxima e altura geopotencial em altos e baixos níveis, bem como os eventos de ZCAS de 1992 a 2013. Através da metodologia aplicada, a região subtropical foi dividida em dois (regiões 1 e 2). Para ambas, verificou-se um aumento na frequência, intensidade e persistência das ondas de calor desde a década de 80. Além disso, os eventos apresentaram uma característica sazonal, com maior frequência no período do inverno. Com relação à ZCAS, fica clara a influência da mesma sobre as anomalias de temperatura na região mais ao sul da sua posição climatológica, no entanto houveram poucos extremos de temperatura durante o período que a ZCAS atua. A Oscilação Antártica também apresentou uma importante relação com as características estatísticas das ondas de calor. Os eventos foram mais frequentes e persistentes durante a AAO-, enquanto que na AAO+ foram mais intensos. Foi analisado também o comportamento da atmosfera durante as ondas de calor em cada uma das fases. As duas regiões apresentaram comportamentos semelhantes, sendo que na fase negativa as ondas de calor são favorecidas pela atuação de um bloqueio atmosférico no Pacífico Sudeste em conjunto com anomalias positivas sobre o Atlântico, enquanto que na fase positiva as anomalias positivas no Atlântico Sul têm um papel dominante no desenvolvimento das ondas de calor. Este padrão se repete em altos e baixos níveis, mostrando que os sistemas estão verticalmente alinhados.