Racionalidad neoliberal y un enfoque seguro de la vida: prácticas restaurativas para la construcción de seres humanos resilientes y la lucha contra las vulnerabilidades

This article presents some of the current equations and effects of the so-called Restorative Justice (RJ) in children and young people. Firstly, it questions how the selectivity of the penal system operates in the continuum produced by RJ, which articulates the prevention of conflicts and new penalties, moving between Childhood and Youth Courts, schools, neighborhoods, and communities in favor of the construction of safe environments. Secondly, the article focuses on United Nations (UN) guidelines on RJ in Brazil. Once the UN human development approach establishes that investments in human capital must be applied from childhood, also through the promotion of resilience and combating so-called vulnerabilities - key concepts for the restorative methodology as formulated by the UN -, the article discusses the extent to which this RJ format is aligned with the neoliberal rationality based on a security approach to life. Este artículo presenta algunas de las ecuaciones y efectos actuales de la llamada Justicia Restaurativa (JR) en niños y jóvenes. En primer lugar, cuestiona cómo opera la selectividad del sistema penal en el continuo producido por RJ, que articula la prevención de conflictos y nuevas penas, moviéndose entre Juzgados de Niñez y Juventud, escuelas, barrios y comunidades a favor de la construcción de ambientes seguros. . En segundo lugar, el artículo se centra en las directrices de las Naciones Unidas (ONU) sobre la justicia comunitaria en Brasil. Una vez que el desarrollo humano de la ONU establece que las inversiones en capital humano deben aplicarse desde la niñez, también a través de la promoción de la resiliencia y el combate a las llamadas vulnerabilidades - conceptos clave para la metodología restaurativa que busca la ONU -, el artículo discute en qué medida este formato de RJ está alineado con la racionalidad neoliberal basada en un enfoque de seguridad para la vida. O presente artigo tratará de alguns dos atuais equacionamentos e efeitos da chamada Justiça Restaurativa (JR) em crianças e jovens. Em primeiro lugar, questiona-se como opera a seletividade do sistema penal no contínuo produzido pela JR, que articula a prevenção de conflitos e novas penalizações, transitando entre Varas da Infância e da Juventude, escolas, bairros e comunidades em prol da construção de ambientes seguros. Em segundo lugar, o artigo se concentra nas diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a JR no Brasil. Uma vez que a abordagem do desenvolvimento humano da ONU estabelece que os investimentos em capital humano devem ser aplicados desde a infância, também por meio da promoção de resiliência e do combate às chamadas vulnerabilidades – conceitos-chave para a metodologia restaurativa conforme formulada pela ONU –, problematiza-se em que medida este formato de JR apresenta-se em consonância com a racionalidade neoliberal assentada em uma abordagem securitária de vida.