Social Skills Program with parents and teachers: effects on educators and school-age children

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) The literature points out the importance of social skills for the quality of interpersonal relationships, being learned, from a young age, in the interaction with other people. Children with an elaborate repertoire of social skills exhibit fewer behavioral problems and better academic performance, having more favorable perspectives in the future. When favorable, the educational practices of parents and teachers in the school and family environment are indicated as protective factors of the child development, minimizing or neutralizing risk factors. These practices should be based on a repertoire of general and educational social skills of these educational agents. However, there are still insufficient programs aimed at promoting this repertoire and, in particular, the systematic study of its impacts on the Brazilian population. Based on this, the present study had as main objective to evaluate a Social Skills Program for parents and teachers of school children, examining their effects: (1) direct, on the social repertoire of the agents education; and (2) indirect, on children in terms of social skills, behavioral problems and academic performance. After a pilot study, the program for teachers were conducted, with 18 sessions of 75 minutes in weekly frequency and the program for parents, with 17 sessions of 90 minutes, also weekly. Thirty parents, eight teachers and their children/students (N = 35) participated in four groups, one non-intervention control (CG) and three experimental groups: EG1, involving parents and teachers; EG2, teachers only; and EG3, only parents. The children's repertoire was evaluated through the Social Skills Assessment System (SSRS-BR2) and the School Performance Test (TDE); and parents e teachers was evaluated through the Social Skills Inventory (IHS-Del-Prette), Inventory of Educational Social Skills (IHSE-Parents and IHSE-Teachers) and the Parental Assessment Protocol (PAP). Statistical analyzes showed effects: (1) direct on the social repertoire of parents and teachers who participated in the sessions, when compared to the control group; and (2) indirectly on the repertoire of social skills and academic performance, greater for EG1 children, who benefited from the involvement of parents and teachers in the program. Among the teachers, there was a statistically significant change between pre and postintervention (cultivate affection, support and good mood) and a significant late effect in the follow-up in the global social skills score and in specific factors (self-defense assertiveness; affective-sexual assertiveness; reprove, restrict and correct behaviors). Among the parents, there were statistically significant differences between pre and post intervention in the global scores of social skills and educational social skills and in specific factors (assertiveness of social self-exposition; affective-sexual assertiveness; establish limits, correct and control; talk/dialogue). Finally, those children whose parents and teachers participated in the program (EG1) showed, after the intervention, a significant improvement in the overall score of self-rated social skills and academic performance and in specific indicators (assertiveness, assertiveness and social entrepreneurship; writing). The results suggest the effectiveness of the program and the importance of investing in the planning of interventions in the family and school environment as a way to contribute to the social-emotional development of schoolchildren, even as indirect targets of intervention. Programs that include triadic intervention, frequent in international research, and that advance the limitations pointed out in the present study could provide even more robust results in the area. A literatura aponta a importância das habilidades sociais para a qualidade de relacionamentos interpessoais, sendo elas aprendidas, desde tenra idade, na interação com outras pessoas. Crianças com um repertório elaborado de habilidades sociais apresentam menos problemas comportamentais e melhor desempenho acadêmico, tendo perspectivas mais favoráveis no futuro. Quando favoráveis, as práticas educativas de pais e professores no ambiente escolar e familiar são apontadas como fatores protetivos do desenvolvimento infantil, minimizando ou neutralizando fatores de risco. Essas práticas devem ser embasadas em um repertório de habilidades sociais gerais e educativas desses agentes educativos. Porém, ainda são insuficientes os programas visando a promoção desse repertório e, em particular, o estudo sistemático de seus impactos em população brasileira. Com base nisso, o presente estudo teve como objetivo principal avaliar um Programa de Habilidades Sociais para pais (PHS-Pais) e professores (PHS-Professores) de crianças escolares, examinando seus efeitos: (1) diretos, sobre o repertório social dos agentes educativos; e (2) indiretos, sobre as crianças em termos de habilidades sociais, problemas de comportamento e desempenho acadêmico. Após estudo piloto, foi conduzido o PHS-Professores, com 18 sessões de 75 minutos em periodicidade semanal e o PHS-Pais, com 17 sessões de 90 minutos, também semanais. Participaram 30 pais, oito professores e respectivos filhos/alunos (N = 35), organizados em quatro grupos, um controle de não intervenção e três experimentais: GE1, envolvendo pais e professores; GE2, somente professores; e GE3, somente pais. O repertório das crianças foi avaliado por meio do Sistema de Avaliação de Habilidades Sociais (SSRS-BR2) e do Teste de Desempenho Escolar (TDE); o dos pais e professores por meio do Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette), do Inventário de Habilidades Sociais Educativas (IHSE-Pais e IHSE-Prof) e do Protocolo de Avaliação Parental (PAP). As análises estatísticas realizadas evidenciaram efeitos: (1) diretos sobre o repertório social dos pais e professores que participaram das sessões, quando comparados ao grupo controle; e (2) indiretos sobre o repertório de habilidades sociais e sobre o desempenho acadêmico, maior para as crianças do GE1, que se beneficiaram do envolvimento de pais e professores no programa. Entre os professores, verificou-se mudança estatisticamente significativa entre pré e pós-intervenção (cultivar afetividade, apoio e bom humor) e um efeito tardio significativo no follow-up no escore global de habilidades sociais e em fatores específicos (assertividade de autodefesa; assertividade afetivo-sexual; reprovar, restringir e corrigir comportamentos). Entre os pais registraram-se diferenças estatisticamente significativas entre pré e pós-intervenção nos escores globais de habilidades sociais e habilidades sociais educativas e em fatores específicos (assertividade de autoexposição social; assertividade afetivo-sexual; estabelecer limites, corrigir, controlar; conversar/dialogar). Finalmente, aquelas crianças cujos pais e professores participaram do programa (GE1) mostraram, após a intervenção, melhora significativa no escore global de habilidades sociais autoavaliadas e desempenho acadêmico, e em indicadores específicos (assertividade; assertividade e desenvoltura social; escrita). Os resultados sugerem a efetividade do programa e a importância de investir no planejamento de intervenções no ambiente familiar e escolar como forma de contribuir para o desenvolvimento socioemocional de crianças escolares, mesmo enquanto alvos indiretos da intervenção. Programas que incluam intervenção triádica, frequente em pesquisas internacionais, e que avancem em relação às limitações apontadas no presente estudo poderiam fornecer resultados ainda mais robustos na área.