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Efeitos agudos e subagudos da fadiga induzida por diferentes cargas de trabalho sobre a simetria da rigidez e da coordenação no salto vertical

Authors :
Knihs, Débora Aparecida
Universidade Federal de Santa Catarina
Dal Pupo, Juliano
Source :
Repositório Institucional da UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instacron:UFSC
Publication Year :
2019

Abstract

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2019 A fadiga muscular pode causar alterações biomecânicas no movimento. Diante da sugestão de que esta poderia acentuar ou mesmo provocar assimetrias entre os membros inferiores, questionou-se se a fadiga muscular poderia afetar parâmetros ligados ao controle de movimento dos saltos verticais, como a rigidez de membros inferiores e a coordenação intrasegmentar. Além disso, indagou-se quanto aos efeitos da fadiga muscular aguda e subaguda induzida por diferentes volumes de exercício. Assim, o objetivo geral do presente estudo foi verificar os efeitos agudos e subagudos da fadiga muscular induzida por exercícios envolvendo saltos verticais, com diferentes cargas de trabalho sobre a simetria da rigidez de membros inferiores e da coordenação intrasegmentar durante o salto vertical. Participaram do estudo 17 homens adultos, fisicamente ativos, que foram submetidos a realização de dois protocolos de fadiga (PA 7x10 saltos; PB 14x10 saltos), em que fora quantificado o índice de fadiga e a dor muscular tardia. Os protocolos foram realizados com uma semana de intervalo entre eles. Foram realizadas avaliações do salto vertical com contra movimento (CMJ) e do step-off landing (STL) antes, logo após, 24h e 48h após cada protocolo de fadiga. Foram mensuradas as variáveis de desempenho do salto vertical (altura, impulso e potência), rigidez dos membros inferiores (KLEG) de cada um dos membros, assimetria de rigidez entre os membros inferiores, fase relativa contínua (FRC) dos acoplamentos coxa-tronco e coxa-perna de cada um dos lados corporais e assimetrias de FRC entre os lados corporais. Para todas as variáveis, com exceção das assimetrias, foi utilizada uma ANOVA TWO-WAY de medidas repetidas, com post-hoc de Bonferroni, para a comparação entre protocolos (A x B) e tempos (pré x pós x 24h x 48h). A significância considerada foi de p=0,05. As assimetrias foram avaliadas através da análise de tamanho do efeito (effect size), utilizando-se a classificação de Batternham e Hopinks. Ambos os protocolos provocaram fadiga muscular, mas índices de fadiga maiores foram verificados para o PB. Dor muscular tardia foi observada após a aplicação dos protocolos de fadiga, sendo que a magnitude foi a mesma para os dois protocolos. Enquanto apenas a fadiga muscular produzida pelo PB foi capaz de alterar a altura e o impulso do salto logo após sua aplicação, a potência foi afetada no tempo pós por ambos os protocolos de fadiga. A recuperação das variáveis de desempenho do salto se deu 24h após a atividade fatigante, com exceção da altura do salto que teve sua recuperação somente no tempo 48h. Em nenhum dos lados corporais KLEG foi afetada pela fadiga, em nenhuma das situações testadas. As assimetrias de KLEG sofrerem uma diminuição 24h após a aplicação do PB no movimento de CMJ. A FRC do acoplamento coxa-perna foi afetada pela fadiga de ambos os protocolos no CMJ. No STL a FRC do acoplamento coxa-tronco foi alterada pela fadiga provocada pelos dois protocolos e a FRC do acoplamento coxa-perna foi alterada somente pelo PB. Em relação as assimetrias de FRC, o PB alterou as assimetrias de FRC no CMJ, enquanto o PA modificou as assimetrias no STL. Conclui-se que a fadiga muscular não foi capaz de alterar a KLEG de membros inferiores, mas foi capaz de alterar o desempenho do salto vertical, a FRC, bem com as assimetrias de KLEG e de FRC. O protocolo com maior volume de trabalho é capaz de alterar a simetria de rigidez entre os membros inferiores de forma subaguda, enquanto ambos os protocolos são capazes de alterar a simetria de coordenação intrasegmentar entre os lados corporais de forma aguda e subaguda. Abstract: Muscular fatigue can cause biomechanical alterations in movement. Given the suggestion that this might accentuate or even cause asymmetries between the lower limbs, it was questioned whether muscular fatigue could affect parameters related to vertical jumping movement control, such as lower limbs stiffness and intrasegmental coordination. In addition, it was inquired about the effects acutes and subacutes of fatigue induced by different volumes of exercise. Thus, the aim of the present study was to verify the acute and subacute effects of fatigue induced by different workloads, on symmetry of lower limb stiffness and intrasegmental coordination during vertical jump. Participated in the study 17 physically active adult males, who underwent two fatigue protocols (PA 7x10 jumps; PB 14x10 jumps), in which fatigue index and muscle pain were quantified. The protocols were performed one week apart. Countermovement jump (CMJ) and step-off landing (STL) were performed before, after, 24 hours and 48 hours after each fatigue protocol. The variables of vertical jump performance (height, impulse and power), lower limb stiffness (KLEG) of each limb, asymmetry of stiffness between the lower limbs, continuous relative phase (CRP) of the trunk-thigh and thigh-leg of each of the body sides and CRP asymmetries between the body sides were mensured. For all variables, except for the asymmetries, a ANOVA TWO WAY repeated mensures with Bonferroni post-hoc was used to compare protocols (A x B) and times (pre x post x 24h x 48h). The significance considered was p=0.05. The asymmetries were evaluated through effect size analysis using the Batternham and Hopinks classification. Both protocols caused fatigue, but higher fatigue rates were verified for PB. Muscle pain was observed after the application of the fatigue protocols, and the magnitude was the same for both protocols. While only the fatigue produced by the PB was able to change the height and impulse of the jump shortly after its application, the power was affected in the post time by both fatigue protocols. The recovery of jump performance variables occurred 24 hours after the fatiguing activity, except for the jump height that had its recovery only in time 48h. On none of the body sides KLEG was affected by muscular fatigue, in any of the situations tested. The KLEG asymmetries suffered a decrease 24h after the application of PB in the CMJ movement. The CRP of the thigh-leg coupling was affected by the fatigue of both protocols in the CMJ. In the STL the CRP of the trunk-thigh coupling was altered by the fatigue caused by the two protocols and the CRP of the thigh-leg coupling was altered only by the PB. Regarding the asymmetries of CRP, the PB altered the asymmetries of CRP in the CMJ, while the PA modified the asymmetries in the STL. It was concluded that muscular fatigue was not able to change the lower limb KLEG but was able to change the vertical jump performance, the CRP, as well as the KLEG and CRP asymmetries. The protocol with higher workloads is capable of altering the symmetry of stiffness between the lower limbs in the subacute way, while both protocols are capable of altering, acutely and subacutely, the symmetry of intrasegmentar coordination between the bodily sides.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instacron:UFSC
Accession number :
edsair.od......3056..a115bf78dd0c1e445a2acdce542ac303