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Avaliação do programa comportamental - educação em grupo e intervenção telefônica (PCEGIT) em diabetes tipo 2: ensaio clínico randomizado

Authors :
Laura Barbosa Nunes
Heloísa de Carvalho Torres
Ilka Afonso Reis
Daniel Nogueira Cortez
Maria Auxiliadora Parreira Martins
Roseanne Montargil Rocha
Camila Aparecida Pinheiro Landim Almeida
Source :
Repositório Institucional da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instacron:UFMG
Publication Year :
2021
Publisher :
Universidade Federal de Minas Gerais, 2021.

Abstract

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Introdução: O Diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma condição crônica de causa multifatorial, associado, principalmente, a maus comportamentos, como alimentação inadequada e sedentarismo. Frente a este cenário, o programa comportamental composto por estratégias metodológicas, como a educação em grupo e intervenção telefônica (PCEGIT), pautadas na comunicação e na construção de alicerces para o autocuidado, configura­se uma alternativa viável. Objetivo: Avaliar o efeito do programa comportamental educação em grupo e intervenção telefônica (PCEGIT) na modificação das atitudes psicológicas, melhora do empoderamento e das práticas de autocuidado visando à melhora do controle clínico em diabetes mellitus tipo 2. Método: Trata­-se de um ensaio clínico randomizado por cluster, com acompanhamento de doze meses, realizado com 199 pessoas com diabetes mellitus tipo 2, provenientes de seis Unidades Básicas de Saúde, que foram alocadas em dois grupos: três unidades como grupo controle (n=91), que receberam o atendimento convencional, e três como grupo intervenção (n=108), que receberam as estratégias metodológicas comportamentais. Compôs­-se o estudo em seis etapas de seguimento. Antes do tempo inicial (Ti), realizou­-se a fase exploratória com análise descritiva dos dados de todas as pessoas com diabetes tipo 2 das Unidades Básicas de Saúde da regional Leste de Belo Horizonte – Minas Gerais (MG). Em tempo inicial (Ti), realizou­se a coleta das variáveis clínicas, sociodemográficas, antropométricas, atitudes psicológicas, autocuidado e empoderamento para os grupos controle e intervenção. Em tempo zero (T0), três meses (T3) e seis meses (T6), realizaram-­se as estratégias metodológicas comportamentais, como a educação em grupo e a intervenção telefônica, com intervalo de três meses entre os tempos e o monitoramento telefônico uma vez por mês, nos intervalos. Em tempo final (Tf), três meses após tempo seis meses (T6), realizou-se novamente a coleta das variáveis clínicas, sociodemográficas, antropométricas, atitudes, autocuidado e empoderamento. Em tempo doze meses (T12), um mês após o tempo final (Tf), realizou­-se o encerramento das estratégias para os grupos controle e intervenção, e a análise descritiva, por meio do cálculo de frequências para as variáveis categóricas e medidas de tendência central (média e mediana) e de dispersão (desvio­padrão ­ DP) para as variáveis quantitativas. Aplicou-­se o teste de Shapiro­Wilk para verificar a suposição de distribuição normal para as variáveis hemoglobina glicada (Hb1Ac), atitudes (ATT­19), empoderamento (DES) e nível de autocuidado (ESM) (p < 0,05). Para as mesmas variáveis, utilizou­se o teste dos sinais para testar diferenças consistentes entre pares de observações antes e depois da intervenção. Definiu-­se o efeito do experimento como a diferença entre seus valores, no período final e período inicial (Δ), dividido pelo valor inicial. Por fim, para avaliar os efeitos do programa comportamental, utilizaram­-se os testes t de Student pareado e Wilcoxon para comparação da média e mediana. Em todas as análises, utilizou­se um nível de significância de 5%. Resultados: A média de idade do grupo estudado foi de 63 anos; a maioria foi do sexo feminino, 68,3%; 68,3% eram casados; em relação à escolaridade, 42,7% estudaram até o ensino fundamental; 52,8% declaram­-se pardos ou amarelos; 39,8 % eram aposentados e 69,6% possuíam renda familiar mensal entre 1 a 2 salários mínimos. Com relação aos parâmetros clínicos, observou­-se que, entre as pessoas do GI, houve uma redução estatisticamente significativa nos valores medianos de HbA1c (p0,05). No entanto, comparando­-se os efeitos medianos do GI e do GC, consideram­-se os dois grupos estatisticamente diferentes (p0,05). Considerou­-se a diferença entre os dois grupos, quanto ao efeito do experimento, nos escores do ESM, significante (p = 0.000). Além disso, ao se compararem os efeitos medianos dos GC com GI para as varáveis clínicas, no tempo final, verificou­se que VLDL, LDL e TGL foram estatisticamente diferentes (p

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instacron:UFMG
Accession number :
edsair.od......3056..9b7d789d9f06936e380906f640cb4394