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João Cabral e Giorgio Caproni: (des) ativações poéticas
- Source :
- Repositório Institucional da UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instacron:UFSC
- Publication Year :
- 2020
-
Abstract
- Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Literatura, 2020. Esta pesquisa se propõe a analisar, simultaneamente, as produções de João Cabral de Melo Neto e de Giorgio Caproni, a fim de tentar perceber suas (des) ativações poéticas, ao longo desses diferentes percursos. Com o passar dos anos, em decorrência de diversas experiências vividas, o poder fazer poesia foi se modificando, à medida que novas potências foram sendo ativadas. O contato direto do italiano com a guerra, através da luta armada partigiana, e as atividades diplomáticas do brasileiro, as quais o aproximaram da Espanha, afastando-o de seu país, porexemplo, vieram a tonificar a tendência ao sintetismo que a eles parecia inerente. Assim, suas escritas vão se tornando cada vez mais potência e menos ato. Se se pensar que, de acordo com as ideias de Aristóteles, recuperadas por Giorgio Agamben, toda possibilidade de fazer/ser é, também, potência-de-não, e que, por isso, quando se vai ao ato, se leva tanto inspiração quanto impotência, o que ocorre com os poetas em cena seria uma espécie de dupla resistência. Abstract: This research proposes to analyze, simultaneously, the productions of João Cabral de Melo Neto and Giorgio Caproni, in order to try to perceive their poetic (dis) activations, along these different paths. Over the years, as a result of several lived experiences, the possibility of making poetry has changed, as new potencies have been activated. The italian's direct contact with the war, through the partigian armed struggle, and the brazilian's diplomatic activities, which brought him close to Spain, moving him away from his country, for example, came to tone the tendency to the synthesis that seemed to them inherent. Thus, their writings become more and more potency andless act. If we think that, according to Aristotle's ideas, recovered by Giorgio Agamben, every possibility of doing/being is also a potency of not, and that, therefore, when someone goes to the act, he carries both, inspiration and impotence, what happens to the poets on stage would be a kind of double resistance.
Details
- Language :
- Portuguese
- Database :
- OpenAIRE
- Journal :
- Repositório Institucional da UFSC, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), instacron:UFSC
- Accession number :
- edsair.od......3056..7e019a24740453d06fbf005f5e175854