Aproveitamento do cefalotórax de lagostas, em forma de carne ou patê

OGAWA, Masayoshi; PAULA, Ananias Matos. Aproveitamento do cefalotórax de lagostas, em forma de carne ou patê. Arquivos de Ciências do Mar, Fortaleza, v.11, n.2, p.161-163, dez. 1971. Na pesca de lagostas ao longo da costa nordeste do Brasil,principalmente do Estado do Ceará, onde as capturas são mais significativas, os cefalotórax são jogados ao mar, para não ocupar espaços nos barcos lagosteiros.Costa (1969), estudando o rendimento de carne do cefalotórax da lagosta Panulirus argus (Latreille), estimou-o em 26,5%. Partindo-se desse dado, calcula-se em milhares de toneladas a carne desperdiçada por tal prática, desde que as lagostas passaram a ser objeto de pesca industrial no Nordeste brasileiro. A esse desperdício deve-se somar a poluição dos bancos pesqueiros, que a pratica acarreta. Neste trabalho estudamos duas alternativas para o aproveitamento do cefalotórax da lagosta: a retirada e congelamento da carne, para o mercado interno; ou sua transformação em patê, juntamente com o hepatopâncreas e as gônadas, quer para o mercado interno quer para o mercado internacional, onde o hábito de consumo de pastas de pescado é mais difundido, principalmente entre os povos anglo-saxônicos.