Annoying presences at the Port of Santos: an ethnography about the relationships between humans, pigeons, grains and others subjects

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Pigeons are birds that coexist intensely with humans all over the globe, serving as their messengers, as a sign of peace, or a religious icon. In the last decades, however, pigeons seem to have been simply reduced to an urban plague. Before such ambivalence of the pigeons, I set out to ethnography the relations between people and pigeons at the Port of Santos, on the south coast of São Paulo state, where the pigeons are too many and present in an annoying way, due to the large load handling of grains there. From my ethnographic research I show how the pigeons are simultaneously signs and agents; also that biological classifications are not enough to understand the relations between people and pigeons, and how these relations have much to say not only about imposed classifications to pigeons, but also about disputes over urban and portuary spaces, also, institutional and political conflicts. In this way, as of anthropological approach, I think that this research constitutes one more step to our thinking of some sort of different way of living with, on what humans and no humans can live together. Pombos são aves que convivem intensamente com os humanos em muitas partes do globo, servindo como seus mensageiros, como símbolo da paz ou como ícone religioso. Nas últimas décadas, no entanto, pombos parecem ter sido reduzidos, simplesmente, a uma praga urbana. Diante desta ambivalência dos pombos, propus-me a etnografar as relações entre pessoas e pombos no Porto de Santos, no litoral sul do estado de São Paulo, onde os pombos se fazem presentes em demasia, de forma incômoda, devido à grande movimentação de grãos no local. A partir de minha pesquisa etnográfica evidencio como os pombos são, simultaneamente, signos e agentes; como as classificações biológicas não bastam para compreender as relações entre pessoas e pombos, e como estas relações têm muito a dizer não apenas das classificações que são (im)postas aos pombos, mas ainda das disputas pelo espaço urbano e portuário e dos conflitos institucionais e políticos que ali se desenrolam. Deste modo, e a partir da antropologia, penso que esta pesquisa constitui um passo a mais para nossa imaginação de modos diferentes de conviver, em que humanos e não humanos possam viver juntos.