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O primeiro Curso de Economia Rural Doméstica na Paraíba: Bananeiras (1950-1959)

Authors :
Santos, Wanderléia Farias
Nunes, Maria Lucia da Silva
Source :
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instacron:UFPB
Publication Year :
2019
Publisher :
Universidade Federal da Paraíba, 2019.

Abstract

The present work has the objective of constructing a historical narrative of the first Course of Domestic Rural Economy of Paraíba, located in the city of Bananeiras/PB (1950-1959). For this, a qualitative research was developed guided by the assumptions of the New Cultural History, taking as sources three manuals of Domestic Economics, as well as several other documents, such as class diaries, work plans, Official Diary and photographs, with the intention to understand the school culture of the course in Bananeiras, reconstituting its history. The theoretical framework chosen was Chartier (1990), with the concept of representation, practices and appropriation; Certeau (1994) with the discussion about the practices, strategies, appropriations and tactics of daily life; Julia (2001), with the understanding of the concept of school culture; Frago and Escolano (2001), with the concept of school space as a place of subjectivities; Berman (1986), with the concept of conservative modernization, Pinsky (2012), historicizing the social place of women in the Golden Years, and, Burke (2005), with the understanding of New Cultural History. It was understood that the Course of Domestic Rural Economy in Bananeiras, spreaded modern/conservative education, because it defended an educational model that accompanied the developmental process of the country, but at the same time, propagated an education based on family base principles, focused on the moral values, of discipline, control and domination of the predominant social group of the time. The course did not emancipate women; it was not its intention. Household economics manuals clearly show this power relationship when they explicitly state that a woman's place is at "home". The women who attended the course (teachers and students) appropriated this speech "naturally". In this sense, apparently harmless, the manuals were cultural devices that educated, controlled and defined ways of being and acting of their readers. RESUMO El presente trabajo tiene como objetivo construir una narrativa histórica del primer Curso de Economía Rural Doméstica de Paraíba, ubicado en la ciudad de Bananeiras / PB (1950-1959). Con este fin, se desarrolló una investigación cualitativa guiada por los supuestos de la Nueva Historia Cultural, tomando como fuente tres manuales de Economía doméstica, así como varios otros documentos, como diarios de clase, planes de trabajo, Diario Oficial y fotografías, con el Con la intención de entender la cultura escolar del curso en Bananeiras, reconstituyendo su historia. El marco teórico elegido fue Chartier (1990), con el concepto de representación, prácticas y apropiación; Certeau (1994) con la discusión sobre las prácticas, estrategias, apropiaciones y tácticas de la vida diaria; Julia (2001), con la comprensión del concepto de cultura escolar; Frago y Escolano (2001), con el concepto de espacio escolar como lugar de subjetividades; Berman (1986), con el concepto de modernización conservadora, Pinsky (2012), historizando el lugar social de las mujeres en los Años Dorados, y Burke (2005), con la comprensión de la Nueva Historia Cultural. Se entendió que el Curso de Economía Rural Doméstica en Bananeiras, difundió una educación moderna / conservadora, porque defendió un modelo educativo que acompañó el proceso de desarrollo del país, pero al mismo tiempo, propagó una educación basada en principios basados en la familia, dirigida a Los valores morales de disciplina, control y dominación del grupo social predominante de la época. El curso no emancipó a las mujeres; no fue pensado Los manuales de economía doméstica muestran claramente esta relación de poder cuando declaran explícitamente que el lugar de la mujer es el "hogar". Las mujeres que asistieron al curso (profesores y estudiantes) se apropiaron de este discurso "naturalmente". En este sentido, los manuales aparentemente inofensivos eran dispositivos culturales que educaban, controlaban y definían las formas de ser y actuar de sus lectores. Nenhuma O presente trabalho tem o objetivo de construir uma narrativa histórica do primeiro Curso de Economia Rural Doméstica da Paraíba, localizado na cidade de Bananeiras/PB (1950-1959). Para tal perspectiva, desenvolveu-se uma pesquisa qualitativa orientada pelos pressupostos da Nova História Cultural tomando como fontes três manuais de Economia Doméstica, além de vários outros documentos, a exemplo de diários de classe, planos de trabalho, Diário Oficial e fotografias, com a intenção de compreender a cultura escolar do curso em Bananeiras, reconstituindo sua história. O referencial teórico escolhido foi Chartier (1990), com o conceito de representação, práticas e apropriação; Certeau (1994) com a discussão acerca das práticas, estratégias, apropriações e táticas do cotidiano; Julia (2001), com a compreensão do conceito de cultura escolar; Frago e Escolano (2001), com o conceito de espaço escolar como um local de subjetividades; Berman (1986), com o conceito de modernização conservadora, Pinsky (2012), historicizando o lugar social da mulher nos Anos Dourados, e, Burke (2005), com a compreensão da Nova História cultural. Compreendeu-se que o Curso de Economia Rural Doméstica em Bananeiras, difundia uma educação moderna/conservadora, pois defendia um modelo educacional que acompanhasse o processo desenvolvimentista do país, mas ao mesmo tempo, propagava uma educação baseada nos princípios de base familiar, voltada para os valores morais, de disciplina, controle e dominação do grupo social predominante da época. O curso não emancipava as mulheres; não tinha essa intenção. Os manuais de economia doméstica evidenciam claramente essa relação de poder, quando deixam explícito que lugar de mulher é em ―casa‖. As mulheres que frequentavam o curso (professoras e alunas) apropriavam-se desse discurso ―naturalmente‖. Nesse sentido, aparentemente inofensivos, os manuais eram dispositivos culturais que educavam, controlavam e definiam modos de ser e agir de suas leitoras.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instacron:UFPB
Accession number :
edsair.od......3056..26ee08f77c7fa3b7c40e4532b90ad798