A produção acadêmica sobre a expansão da educação superior no Brasil no período de 1995 a 2010

Capes Esta tese, vinculada à Linha de Pesquisa Política Educacional, Planejamento e Gestão da Educação, do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco, tem como foco analítico a produção acadêmica sobre o processo de expansão da educação superior brasileira, no período de 1995 a 2010. A partir da construção de uma linha temporal sobre a trajetória da educação superior e principais políticas de expansão, buscamos compreender como esse nível de ensino foi-se consolidando, sua relação com o desenvolvimento nacional, as principais características que se sobressaíram ao longo dessa trajetória, particularmente nos períodos mais pronunciados de expansão desse nível de ensino. Esta pesquisa, numa abordagem quali-quantitativa, utilizou como principais fontes os indicadores quantitativos sobre crescimento e tamanho do sistema de educação superior (matrículas, cursos, estabelecimentos de ensino, docentes, vagas, inscritos, ingressos e concluintes), disponibilizados no Censo da educação superior, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e os Censos Demográficos, Anuários Estatísticos, e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e indicadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Para a análise da produção acadêmica sobre o processo e políticas de expansão, elegemos como fontes os anais das reuniões anuais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped),o Banco de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e os periódicos nacionais indexados, disponíveis no portal Scientific Eletronic Library Online (SciELO). Este estudo evidenciou que as políticas de expansão da educação superior no Brasil, no período de 1995 a 2010,traduziram-se em movimentos de maior complexificação, marcados fortemente por processos de maior flexibilização, diversificação, diferenciação e avaliação institucional.