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The problem of deduction in kantian moral philosophy

Authors :
Rissi, João Paulo
Santos, Paulo Roberto Licht dos
Source :
Repositório Institucional da UFSCAR, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), instacron:UFSCAR
Publication Year :
2022
Publisher :
Universidade Federal de São Carlos, 2022.

Abstract

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) The subsection IV of section III of Kant’s Groundwork of the metaphysics of morals formulates the question, "how is a categorical imperative possible?" For this question to be answered the Groundwork requires a proof of the actual possibility of the supreme principle of morality under human conditions. The question then focuses on the legitimacy of using a principle of pure practical reason, that is: to submit the categorical imperative to transcendental deduction. In the Critique of Practical Reason, Kant dispenses with a deduction and states that the task of asking about the possibility of the moral law is vain, since it is presented as a Faktum der Vernunft that would legitimize, by itself, the human will. Therefore, what was previously, in GMS, indispensable: (to prove the legitimacy of the pure use of an a priori practical principle), ceases to be so in the KpV, with the introduction of an a priori fact that would be the consciousness of the moral law. The introduction of the concept of Faktum der Vernunft was criticized by some interpreters and philosophers. Schopenhauer, for example, accuses Kant of having turned the categorical imperative into a "hyperphysical fact within the mind." Such objections, which see irreconcilable positions or tension between the GMS and the KpV fail to take into account that Kant's goals are distinct in each of the works with regard to reflection on morality: the supreme principle of morality (which needed a deduction of its legitimacy that would prove that morality is not an illusion, in the GMS) is not left behind by a Faktum inherent in human reason, as can be found in the KpV. Awareness of the moral law is a Faktum of reason, and the categorical imperative is the supreme principle of morality. Distinct things. It requires, in order to think the Kantian reflection on morality in two distinct moments, to investigate the following points: (i) how the deduction of the categorical imperative is developed in section III of the GMS and its implications; (ii) what is the Faktum der Vernunft and why a deduction of the moral law would not only be dispensable, but it would not even make sense to expect there to be one in the KpV, since the GMS had already settled the question about the possible synthetic use of pure practical reason; (iii) Kant does not ask about a deduction of the moral law, but only of the categorical imperative. These points contribute to support the thesis we defend here: to show that, although a deduction exists only in GMS, the moral law, which is secured through a Faktum, is, under human circumstances, the categorical imperative itself. This means that even if the human being is conscious, a priori, of the moral law, he must also want to act morally: hence the moral obligation provided only by a categorical imperative comes in. A subseção IV da seção III da Fundamentação da metafísica dos costumes formula a questão: “como é possível um imperativo categórico? ”. Para que essa questão seja respondida a Fundamentação exige uma prova da possibilidade real do princípio supremo da moralidade sob condições humanas. A questão se concentra, então, na legitimidade do uso de um princípio da razão prática pura, quer dizer: submeter à dedução transcendental o imperativo categórico. Na Crítica da razão prática, Kant dispensa uma dedução e afirma ser vã a tarefa de perguntar sobre a possibilidade da lei moral, pois ela se apresenta como um Faktum der Vernunft que legitimaria, por si só, a vontade humana. Portanto, aquilo que antes, na FMC, era indispensável: (provar a legitimidade do uso puro de um princípio prático a priori), deixa de sê-lo na CRPr, com a introdução de um fato a priori que seria a consciência da lei moral. A introdução do conceito de Faktum der Vernunft foi criticada por alguns intérpretes e filósofos. Schopenhauer, por exemplo, acusa Kant de ter transformado o imperativo categórico em um “fato hiperfísico dentro da mente”. Tais objeções, que veem posições irreconciliáveis ou tensão entre a FMC e a CRPr não levam em conta que os objetivos de Kant são distintos em cada uma das obras em relação à reflexão sobre a moralidade: o princípio supremo da moralidade (que precisou de uma dedução de sua legitimidade que provasse que a moralidade não é uma ilusão, na FMC) não é deixado para trás por um Faktum inerente à razão humana, como se pode encontrar na CRPr. A consciência da lei moral é um Faktum da razão, e o imperativo categórico é o princípio supremo da moralidade. Coisas distintas. Exige-se, para pensar a reflexão kantiana sobre a moralidade em dois momentos distintos, investigar os seguintes pontos: (i) como se desenvolve a dedução do imperativo categórico na seção III da FMC e suas implicações; (ii) o que é o Faktum der Vernunft e por qual motivo uma dedução da lei moral seria não só dispensável, como sequer faria sentido esperar que houvesse uma na CRPr, pois a FMC já havia resolvido a questão sobre o uso sintético possível da razão prática pura; (iii) Kant não pergunta sobre uma dedução da lei moral, mas apenas do imperativo categórico. Esses pontos contribuem para sustentar a tese que aqui defendemos: mostrar que, apesar de uma dedução existir somente na FMC, a lei moral, que é assegurada mediante um Faktum, é, sob circunstâncias humanas, o próprio imperativo categórico. Isso significa que mesmo que o ser humano seja consciente, a priori, da lei moral, ele também tem de querer agir moralmente: daí que entra a obrigação moral proporcionada somente por um imperativo categórico. 88882.426641/2019-01

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Institucional da UFSCAR, Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), instacron:UFSCAR
Accession number :
edsair.od......3056..22c14d47f3240f612b5808d979c18d4f