Ser artista a tempo inteiro, e o estudo de coletivos artísticos na cidade do Porto

Esta dissertação procura compreender o lugar do artista, a sua forma de trabalho e organização em grupo, com abordagem às formas e processos de profissionalização no campo artístico. Ao identificar os ofícios que o artista assume, à parte da sua prática, em possíveis ações em alguns planos culturais, compreende-se a dificuldade constante de criar um modo de subsistência no meio artístico, devido aos existentes entraves institucionais. Esclarecendo o conceito de profissionalização, segue-se o enquadramento do tecido artístico explorado e as características da indústria criativa no contexto da cidade do Porto, em particular, de coletivos artísticos. Através do estudo deste modo de organização, comum na cidade, pretende-se compreender a sua forma de gestão e ação, delineando as redes de contacto criadas, o seu alcance de públicos e os modos de obtenção de apoios e fundos. Assim, esta investigação é como um convite a um diferente olhar do papel do artista, com uma melhor compreensão e apreciação das dinâmicas particulares dos coletivos artísticos como formas organizacionais e redes relacionais, tanto culturais como profissionais, em particular no meio artístico portuense. Pretende-se alcançar uma melhor leitura da posição do artista, de uma perspetiva profissional, estimado e respeitado pela sociedade e com uma maior ligação com a comunidade.