Avaliação do Efeito da Fertilização Tradicional e Racional na Produção e Qualidade nos Frutos das Figueiras ‘Figo Preto de Torres Novas’ e ‘Pingo de Mel’

Mestrado em Engenharia Agronómica / Instituto Superior de Agronomia. Universidade de Lisboa Em Portugal, o figueiral apresenta alguns pontos fracos como a fertilização inadequada, baixas produções e baixa qualidade dos frutos. Esta dissertação estuda o desempenho de duas cultivares ‘Figo Preto de Torres Novas’ e ‘Pingo de Mel’, plantadas em Dordia da Casa e Dordia da Aroeira na região de Torres Novas, na sua resposta a dois tipos de fertilização, a do agricultor (tradicional) e outra com base na análise foliar, na análise de solos e na produção esperada (racional). Procedeu-se à avaliação do impacto das modalidades na produção e qualidade dos frutos através da cor, peso, altura e calibre. Além disso, foi medido o grau Brix e a consistência do figo. Nas duas variedades em estudo não existiram diferenças entre modalidades na análise de solo e foliar, contudo, numa análise geral das médias o ‘Pingo de Mel’ apresentou carências de magnésio, boro, potássio, magnésio e cálcio. O ‘Pingo de Mel’ apresentou tonalidade mais esverdeada no tradicional e os figos são mais claros no racional. No ‘Figo Preto de Torres Novas’ obtiveram-se, figos 2,7 mm superiores no calibre e 4 g mais pesados, no racional. A produção no ‘Pingo de Mel’ foi superior no figo fresco (14 t ha-1). No pomar da Dordia da Aroeira não se verificou influencia das modalidades. Na Dordia da Casa, a fertilização tradicional registou mais 2000 kg do que a fertilização racional. As produções desta variedade em 2018 foram inferiores às de 2021 tanto no figo fresco, como no figo seco. A produção no ‘Figo Preto de Torres Novas’ na soma das três colheitas para o figo fresco foi superior no racional em 3000 kg e 8000 kg na Dordia da Aroeira e Dordia da Casa, respetivamente. No figo seco, a modalidade racional foi superior em 1000 kg na Dordia da Aroeira e 3000 kg na Dordia da Casa em relação ao tradicional. A produção aumentou ao longo dos quatro anos e foi superior no figo fresco N/A