O Livro Infantil na Imprensa Escrita Portuguesa. Análise a partir dos jornais 'Público' e 'Jornal de Letras, Artes e Ideias' ao longo de um ano

Esta investigação procura o lugar do livro infantil na imprensa escrita portuguesa. As últimas duas décadas são marcadas pelo desenvolver de um novo conceito de livro para crianças, a que não será alheio a própria mutação do que se entende por criança e infância. Partindo do estudo de dois casos concretos da imprensa escrita, com periodicidades e públicos alvos distintos, foi feita uma recolha e análise dos conteúdos produzidos sobre o livro infantil, procurando, numa segunda fase, compreender como se encontram e divergem os mundos de quem noticia e de quem produz e divulga o livro. Quais os filtros e enquadramentos que dominam a imprensa, e como reagem e se adaptam os editores que tentam conquistar espaço e visibilidade. Tenta-se apurar, face à variedade e quantidade de livros infantis produzidos, a pensar numa leitura por lazer, mas também numa leitura paralela às exigências escolares e curriculares, que proposta deixa a imprensa. Se crítica, se desprovida de interesse na construção de novos leitores, se atenta ao potencial de formação desse leitor do futuro. This research seeks to understand children’s book place in the Portuguese written press. In the last two decades we have witnessed the development of a new concept of a book for children, not separable from the changing concepts of child and childhood. Starting from the study of two concrete cases of the written press, with different periodicities and public targets, a collection and analysis of the contents produced on the children's book was made, seeking, in a second stage, to understand how the worlds of those who write and those who produce and try to publicize the book relate and diverge. What sort of filters and frameworks dominates the press, and how do publishers react and adapt trying to gain space and visibility. We try to ascertain, in view of the variety and quantity of children's books available, some suggesting reading as leisure, but also reading as a school and curricular activity, which perspective prevails in the press. If critical, if devoid of interest in the construction of new readers, if aware of its potential on the building of future readers.