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Las dificultades enfrentadas para identificar y notificar casos de malos tratos a niños y/o adolescentes bajo la mirada de médicos pediatras

Authors :
Bannwart, Thais Helena
Brino, Rachel de Faria
Source :
Revista Paulista de Pediatria, Volume: 29, Issue: 2, Pages: 138-145, Published: JUN 2011
Publication Year :
2011
Publisher :
Sociedade de Pediatria de São Paulo, 2011.

Abstract

OBJETIVO: Descrever e analisar as dificuldades enfrentadas na identificação e notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes sob a óptica de médicos pediatras. MÉTODOS: Estudo qualitativo envolvendo oito participantes (quatro homens e quatro mulheres), com média de idade de 48 anos e tempo médio de experiência profissional de 22 anos. O instrumento utilizado para a coleta dos dados foi um questionário contendo: a) duas vinhetas descrevendo uma situação que envolvia suspeita de maus-tratos contra crianças, com duas questões em cada vinheta, as quais tratavam do processo de identificação da suspeita e das dificuldades encontradas, e b) três questões adicionais sobre dificuldades específicas nesse procedimento de identificação de maus-tratos. RESULTADOS: As dificuldades observadas no estudo foram descrença na efetividade do Conselho Tutelar, formação inexistente ou insuficiente sobre o tema, além de limitações pessoais. Ademais, foi observada a necessidade de confirmação da suspeita de maus-tratos para que fosse feita a notificação, o que contradiz a legislação. CONCLUSÕES: O despreparo do profissional para lidar com vítimas de violência deve-se, possivelmente, ao desconhecimento sobre como proceder frente a esses casos. Além disso, o modelo biomédico vigente dificulta a identificação de possíveis casos, pois sinais e sintomas de maus-tratos infantis podem ser confundidos com outros diagnósticos diferenciais. Há necessidade de treinamento dos pediatras acerca da abordagem aos maus-tratos, bem como a avaliação da efetividade dessas capacitações. OBJECTIVE: To describe and analyze the difficulties found in identifying and notifying abuse against children and adolescents in the opinion of pediatricians. METHODS: Qualitative study with eight participants (four men and four women), with an average age of 48 years and an average time of professional experience of 22 years. The tool used for data collection was a questionnaire containing: a) two vignettes describing a situation involving suspected abuse against children with two questions in each sticker dealing with the process of identifying the suspect and the difficulties encountered, and b) three additional questions on specific difficulties in the procedure of identifying child abuse. RESULTS: The main difficulties noted by the pediatricians were disbelief in the effectiveness of the Child Support Service, non-existence or inadequate training on child-abuse issues by the pediatricians, and personal limitations. These difficulties are the same reported by the literature. Furthermore, professionals thought that in order to report the case, confirmation of the suspected abuse is needed, which contradicts the law. CONCLUSIONS: There was a lack of professional training to deal with victims of violence leading to ignorance about how to proceed in such cases. The current biomedical model is an obstacle for identifying possible cases because their signs and symptoms can be confused with other differential diagnoses. It is necessary to train pediatricians about diagnosis and procedures regarding child abuse as well as to evaluate the effectiveness of this training. OBJETIVO: Describir y analizar las dificultades enfrentadas en la identificación y notificación de los malos tratos a niños y adolescentes bajo la mirada de médicos pediatras. MÉTODOS: Estudio cualitativo implicando a ocho parti-cipantes, cuatro hombres y cuatro mujeres, con promedio de edad de 48 años y promedio de tiempo de experiencia profesional de 22 años. El instrumento utilizado para la re-colección de los datos fue un cuestionario conteniendo: a) dos viñetas describiendo una situación que implicaba sospecha de malos tratos a niños con dos cuestiones en cada viñeta, con respecto al proceso de identificación de la sospecha y de las dificultades encontradas, y b) tres cuestiones adicionales sobre dificultades específicas en ese procedimiento de iden-tificación de malos tratos. RESULTADOS: Las dificultades observadas en el estudio fueron: incredulidad en la efectividad del Juzgado de Protección a Niños y Adolescentes, formación inexistente o insuficiente sobre el tema y limitaciones personales. Además, se observó la necesidad de confirmación de la sospecha de malos tratos para que se hiciera la notificación, lo que contradice la legislación. CONCLUSIONES: La falta de preparo del profesional para trabajar con víctimas de violencia se debe, posiblemen-te, al desconocimiento sobre cómo proceder frente a esos casos. Además, el modelo biomédico vigente dificulta la identificación de posibles casos, pues señales y síntomas de malos tratos infantiles pueden ser confundidos con otros diagnósticos diferenciales. Hay también la necesidad de entrenamiento de los pediatras respecto al acercamiento a los malos tratos, así como la evaluación de la efectividad de estas capacitaciones.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Revista Paulista de Pediatria, Volume: 29, Issue: 2, Pages: 138-145, Published: JUN 2011
Accession number :
edsair.od.......608..05d699130a5ecf2f0f09a6c1a5a325dd