Back to Search Start Over

Síndrome antifosfolípide e gestação: tratamento com heparina e aspirina em doses baixas

Authors :
M. A Aquino
Soubhi Kahhale
Venina Isabel Poço Viana Leme de Barros
Marcelo Zugaib
A. C. Lucena
Source :
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.21 n.4 1999, Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia, Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), instacron:FEBRASGO, Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 21, Issue: 4, Pages: 215-221, Published: MAY 1999
Publication Year :
1999
Publisher :
FapUNIFESP (SciELO), 1999.

Abstract

Objetivos: determinar a eficácia e a segurança do tratamento de gestantes com síndrome antifosfolípide com a heparina associada à aspirina em baixas doses, e determinar possíveis fatores agravantes da síndrome. Métodos: 17 pacientes portadoras da síndrome antifosfolípide foram submetidas a rigoroso acompanhamento pré-natal. A heparina foi utilizada na dose de 10.000 UI/dia e a aspirina na dose de 100 mg/dia. Foram analisados resultados perinatais e maternos, mediante a utilização do teste do chi² e do teste exato de Fischer. Resultados: o índice de recém-nascidos vivos foi de 88,2% nas gestações tratadas dessas pacientes contra 13,3% nas gestações prévias não-tratadas dessas mesmas pacientes. Foi alta a incidência de complicações gestacionais: oligoidrâmnio (40%), sofrimento fetal anteparto (33,3%), crescimento intra-uterino retardado (33,3%), diabetes mellitus gestacional (29,4%), pré-eclâmpsia (23,5%) e prematuridade (60%). A presença do lúpus eritematoso sistêmico foi indicação de mau prognóstico. Nenhum efeito colateral significativo foi observado durante o tratamento. Conclusões: o tratamento adotado se mostrou efetivo na obtenção de maior índice de recém-nascidos vivos, seguro, mas incapaz de impedir a alta incidência de complicações maternas e perinatais associadas à síndrome. O lúpus eritematoso sistêmico se mostrou um fator agravante da síndrome antifosfolípide. Purpose: to determine the effectiveness and the safety of treatment with heparin and low-dose aspirin in pregnant women with antiphospholipid syndrome, and to determine possible deteriorating factors for this syndrome. Methods: 17 patients with antiphospholipid syndrome were submitted to a rigorous antenatal care. Patients were treated with a fixed dose of heparin (10,000 IU/day) associated with low-dose aspirin (100 mg/day). We analyzed perinatal and maternal results, using chi² test and Fischer's exact test. Results: the overall live birth rate was 88.2% in treated pregnancies of these patients versus 13.3% of their previous nontreated pregnancies. The incidence of adverse pregnancy outcomes was very significant: oligohydramnios (40%), fetal distress (33.3%), fetal growth retardation (33.3%), gestational diabetes (29.4%), preeclampsia(23.5%), and preterm delivery (60%). The presence of systemic lupus erythematosus was an indication of poor prognosis. No significant side effects were observed during the treatment. Conclusions: this treatment was effective to improve live birth rate, safe, but it was not able to avoid adverse pregnancy outcomes associated with antiphospholipid syndrome. Systemic lupus erythematosus was a deteriorating factor for this syndrome.

Details

ISSN :
01007203
Volume :
21
Database :
OpenAIRE
Journal :
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Accession number :
edsair.doi.dedup.....ee8e53e5f6f4415889b5228740c0b591