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Pregnancy in women with systemic lupus erythematosus : a single Brazilian centre experience
- Source :
- Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instacron:UNICAMP
- Publication Year :
- 2016
-
Abstract
- Orientadores: Lilian Tereza Lavras Costallat, Fernanda Garanhani de Castro Surita Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: Gestação ainda continua sendo um dos maiores desafios em pacientes com lupus eritematoso sistêmico (LES). Cuidados envolvendo uma equipe multidiscilpinar são essenciais para maximizar a chance de sucesso. A gravidez deve ser planejada e as visitas pré-natal ao obstetra em conjunto com o reumatologista devem ser programadas a fim de que possíveis riscos e dificuldades sejam esclarecidos. Complicações em gestações prévias, doença renal, síndrome de anticorpo antifosfolípide e tratamento atual com altas doses de corticóides são preditores de mau prognóstico. A gestação deve ser desencorajada em pacientes com hipertensão pulmonar e doença pulmonar intersticial severa, bem como em renais crônicas severa e dialíticas, além de atividade de doença nos últimos 6 meses. Com monitorização adequada da pressão arterial, proteinúria e acompanhamento do concepto através do Doppler, torna-se possível o diagnóstico e tratamento de complicações como pré-eclâmpsia grave e complicações neonatais. Seguimento no período puerperal também é essencial. Existem poucos dados recentes da literatura nacional com relação à evolução dessa população de gestantes . Além disso, o uso de índices de atividade de doença como SLEDAI (Systemic Lupus Erythematosus Disease Activity Index ) para estratificar o risco dos pacientes com gestação desejada e planejadas , embora recomendado , ainda não foi incorporado na prática clínica da maior parte dos hospitais brasileiros. Os objetivos do presente estudo foram descrever os efeitos da gestação no LES, avaliando as complicações materno-fetais que ocorrem nesse período . Foi realizado um estudo retrospectivo no qual foram estudadas 69 gestações em 58 mulheres com Lupus Eritematoso Sistêmico, acompanhadas simultaneamente nos ambulatórios de reumatologia e pré-natal especializado do Complexo Hospitalar da Universidade Estadual de Campinas, conforme protocolo assistencial pré-estabelecido, no período de janeiro 2002 a dezembro 2012. O diagnóstico de LES foi realizado pelos critérios do ACR ( American College of Rheumatology ) e o acompanhamento de atividade de doença foi feito pelos emprego do índice SLEDAI. Cerca de 47% das pacientes apresentaram atividade de doença durante o período gestacional, sendo essas manifestações mais comuns naquelas que já apresentavam alteração renal prévia e ocorreram principalmente no terceiro trimestre e puerpério. Prematuridade foi a principal complicação nos neonatos. A taxa de aborto foi de 8,7%. SLEDAI elevado durante o período gestacional apresentou associação significativa com óbito fetal (15,4%). Ocorreram duas mortes maternas. Houve um pior desfecho materno-fetal em pacientes que apresentam flare, ou seja atividade de doença, durante o período gestacional e principalmente quando o diagnóstico foi realizado durante a gestação. Os melhores resultados maternos fetais ocorrem quando a gravidez acontece em pacientes com doença em remissão há pelo menos seis meses. Em conclusão, quando adequadamente planejada , respeitando-se as contra-indicações absolutas à gestação , o tempo superior a seis meses sem atividade de doença , além da avaliação e segurança dos fármacos em uso , o desfecho materno-fetal tende ao êxito Abstract: Pregnancy still remains a major challenge in patients with systemic lupus erythematosus (SLE). Care involving a multidiscilpinar staff are essential to maximize the chance of success. Pregnancy should be planned and pre-natal visits to the obstetrician together with the rheumatologist must be programmed so that potential risks and difficulties are clarified. Complications in previous pregnancies, kidney disease, antiphospholipid syndrome and current treatment with high doses of corticosteroids are poor prognostic predictors. Pregnancy should be discouraged in patients with severe pulmonary hypertension, interstitial lung disease, as well as chronic renal dialysis in addition to disease activity in the last 6 months. With proper monitoring of blood pressure, proteinuria and monitoring of the fetus through the Doppler, it becomes possible diagnosis and treatment of possible complications as severe preeclampsia and neonatal complications. Following in the puerperal period is also essential. There are few recent data from national literature regarding the evolution of this population of pregnant women. In addition, the use of disease activity indices as SLEDAI to stratify the risk of patients with pregnancy desired and planned, although recommended, has not yet been incorporated into the clinical practice of most Brazilian hospitals. The objectives of this study were to describe the effects of pregnancy in SLE, assessing maternal and fetal complications that occur in this period . We conducted a retrospective study in which we studied all 69 pregnancies in 58 women with Lupus Erythematosus, accompanied simultaneously in outpatient rheumatology and prenatal specialist of the Hospital Complex of the University of Campinas, as previously established clinical protocol in from January 2002 to December 2012. the diagnosis of SLE was conducted by the ACR criteria and monitoring of disease activity was done by the use of the SLEDAI index. About 47% of patients had disease activity during pregnancy, and these most common manifestations in those who already had previous renal alteration and occurred in the third trimester and postpartum. Prematurity was the main complication in newborns. The abortion rate was 8.7%. SLEDAI high during pregnancy was significantly associated with fetal death (15.4%). There were two maternal deaths. There was a worst maternal-fetal outcomes in patients with flare during pregnancy and especially when the diagnosis was made during pregnancy. The best results occur when maternal fetal pregnancy occurs in patients with disease in remission for at least six months. In conclusion, when properly planned, respecting the absolute contraindications to pregnancy, longer than six months without disease activity, as well as evaluation and safety of drugs in use, maternal-fetal outcome tends to success Mestrado Clínica Médica Mestra em Ciências
Details
- Language :
- Portuguese
- Database :
- OpenAIRE
- Journal :
- Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), instacron:UNICAMP
- Accession number :
- edsair.doi.dedup.....6e4d4bcd76b97a7d2fde207886fb3e05