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Feeding in advanced dementia: consensus report from the Portuguese Society of Internal Medicine and Portuguese Enteral and Parenteral Nutrition Society

Authors :
Pessoa, A
Almeida, P
Marinho, R
Duque, S
Amaral, Teresa
Pinho, J
Santos, M
Freire, E
Mendes, L
Santos, L
Marinho, A
Gorjão Clara, J
Araújo Correia, J
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação
Source :
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), instacron:RCAAP
Publication Year :
2020

Abstract

A demência é uma síndrome neurológica de agravamento progressivo, sem cura, cuja prevalência tem vindo a aumentar devido ao envelhecimento da população. Existe um grande desconhecimento entre profissionais de saúde e cuidadores relativamente à melhor abordagem da alimentação nos doentes com demência avançada. Dado não existirem recomendações nacionais acerca deste tema, foi elaborado um documento de consenso da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e da Associação Portuguesa de Nutrição Entérica e Parentérica que explicita as orientações existentes relativas à abordagem dos problemas alimentares nos doentes com demência avançada. A demência avançada é uma condição terminal em que deve ser privilegiado o conforto do doente, frequentemente acamado, incapaz de comunicar verbalmente e com dificuldade na alimentação. Nesta população, a literatura atual não recomenda o uso de alimentação por sonda (nasogástrica, nasojejunal, gastrostomia percutânea ou jejunostomia percutânea), que está associada a maior risco de infeção, maior utilização de meios de contenção e de- senvolvimento de úlceras de decúbito. Como alternativa, recomenda-se a alimentação por via oral de acordo com a tolerância e vontade do doente (alimentação de conforto). Do ponto de vista ético e legal, é legítimo não proceder à artificialização da alimentação na fase terminal da demência caso este procedimento seja contrário aos valores da pessoa e não se objetivem benefícios. Esta decisão deve ser tomada após discussão multidisciplinar incluindo o doente (se possível), representante legal, cuidadores, família e equipa de profissionais de saúde envolvidos, elaborando um plano individual de cuidados que permita a tomada de decisões no melhor interesse do doente.<br />Medicina Interna, Vol. 27 N.º 1 (2020): Janeiro / Março

Details

Language :
English
Database :
OpenAIRE
Journal :
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), instacron:RCAAP
Accession number :
edsair.doi.dedup.....4e80cf8678100e80e84ae519dcd6740b