Back to Search Start Over

A repetição da valvuloplastia aórtica por balão é uma boa estratégia para alívio dos sintomas e seleção de pacientes para substituição percutânea da valva aórtica

Authors :
Hélène Eltchaninoff
Liliana Grinfeld
Carlos Rojas Matas
Jose M. Gabay
Deborah Nercolini
Alejandro Fernández
Christophe Tron
Alain Cribier
Daniel Berrocal
Carla Agatiello
Source :
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.17 n.4 2009, Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), instacron:SBHCI, Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Volume: 17, Issue: 4, Pages: 463-469, Published: 2009
Publication Year :
2009
Publisher :
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista - SBHCI, 2009.

Abstract

INTRODUÇÃO: A valvuloplastia aórtica por balão voltou a ganhar interesse desde o início da era da substituição percutânea da valva aórtica, por ser um procedimento que pode ser repetido como ponte e também por ser boa estratégia para a seleção de pacientes para o novo procedimento. MÉTODO: De janeiro de 2001 a janeiro de 2009, 174 pacientes consecutivos com estenose aórtica sintomática grave e alto risco cirúrgico calculado pelo EuroSCORE/ STS foram submetidos a valvuloplastia aórtica por balão na França e na Argentina, utilizando-se a mesma técnica. Desse total, 21 (12,1%) precisaram repetir a valvuloplastia aórtica por balão em decorrência de reestenose e os resultados foram comparados aos dos 153 pacientes que realizaram somente o primeiro procedimento. A técnica mais utilizada foi o acesso retrógrado com abordagem femoral utilizando introdutores de 10 F, 12 F ou 14 F, com tamanhos de balão variando de 20 mm a 23 mm. RESULTADOS: A média de idade foi de 80,4 ± 9,7 anos e o EuroSCORE foi de 21 ± 2%. Abordagem femoral retrógrada foi utilizada em 95% dos casos. Os resultados do procedimento primário foram os seguintes: a área valvar aórtica aumentou de 0,9 ± 19 cm² para 1,02 ± 0,20 cm² e o gradiente médio caiu de 50 ± 21 mmHg para 22 ± 11 mmHg. Os resultados foram semelhantes após a repetição da valvuloplastia aórtica por balão em termos da área valvar aórtica, com melhora de 0,60 ± 0,1 cm² para 1,01 ± 0,25 cm² em um período de 13 ± 9 meses entre os dois procedimentos. As taxas de complicações hospitalares foram: morte, 3,3% vs. 9,5% (P = 0,20); acidente vascular cerebral embólico, 1,3% vs. 0 (P = 0,20); regurgitação aórtica maciça, 3,3% vs. 9,5% (P = 0,20); ruptura do balão, 1,3% vs. 0 (P = 0,20); tamponamento pericárdico, 0 vs. 5% (P = 0,12); e complicações vasculares, 3,9% vs. 9,5% (P = 0,25). No total, 48 pacientes (27,5%) foram selecionados como bons candidatos para substituição percutânea da valva aórtica durante o período de acompanhamento nos dois países, dos quais 36 realizaram o procedimento na França e 4, na Argentina. CONCLUSÕES: A repetição da valvuloplastia aórtica por balão é uma estratégia útil em pacientes idosos nãocirúrgicos com estenose aórtica sintomática grave para aliviar os sintomas após reestenose e como ponte para a substituição percutânea da valva aórtica. Essa técnica pode ser repetida com baixa taxa de complicações. BACKGROUND: Balloon aortic valvuloplasty (BAV) has regained interest since the onset of percutaneous aortic valve replacement (PAVR) as it can be repeated as a bridge to transcatheter aortic valve implantation (TAVI) and is also a good strategy for patient selection. METHOD: From January 2001 to January 2009, 174 consecutive patients with severe symptomatic aortic stenosis (AS) and high surgical risk calculated by EuroSCORE/STS underwent BAV in France and Argentina using the same technique. Twenty one (12.1%) of these patients underwent repeat BAV for restenosis and the results were compared with those of the 153 patients undergoing the primary procedure. The most used technique was retrograde access by femoral approach, using 10, 12 or 14 F introducers, with balloons sizes ranging from 20 to 23 mm. RESULTS: Patients' mean age was 80.4 ± 9.7 years and EuroSCORE was 21 ± 2%. The retrograde femoral approach was used in 95% of the cases. Results of the primary procedure were as follows: aortic valve area (AVA) increased from 0.9 ± 19 cm² to 1.02 ± 0.20 cm² and mean gradient decreased from 50 ± 21 mmHg to 22 ± 11 mmHg. The results were similar after repeat BAV in terms of AVA, with an improvement of 0.60 ± 0.1 cm² to 1.01 ± 0.25 cm² in a period of 13 ± 9 months between the two procedures. The rates of complications were: death, 3.3% vs. 9.5% (P = 0.20); embolic stroke, 1.3% vs. 0 (P = 0.20); massive aortic regurgitation, 3.3% vs. 9.5% (P = 0.20); balloon burst, 1.3% vs. 0 (P = 0.20); pericardial tamponade, 0 vs. 5% (P = 0.12); and vascular complications, 3.9% vs. 0.5% (P = 0.25). Forty eight patients (27.5%) were selected as good candidates for PAVR during the follow up period in both countries. Thirty six patients underwent PAVR in France and four patients in Argentina. CONCLUSIONS: Repeat BAV is a useful strategy in nonsurgical elderly patients with severe symptomatic AS to relieve symptoms after restenosis and as a bridge to transcatheter aortic valve implantation. This technique can be repeated with low complication rates.

Details

Language :
Portuguese
Database :
OpenAIRE
Journal :
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva v.17 n.4 2009, Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), instacron:SBHCI, Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva, Volume: 17, Issue: 4, Pages: 463-469, Published: 2009
Accession number :
edsair.doi.dedup.....4d1e0b73617c07be3203f46b25aa3d1f