Un regard didactique sur les évaluations du PISA et de la TIMSS : mieux les comprendre pour mieux les exploiter

Deux études internationales évaluant les connaissances des élèves en mathématiques occupent une place importante dans le paysage éducatif mondial : celles du Programme international pour le suivi des acquis des élèves (PISA) et de la Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS). Si ces études sont accompagnées d’une littérature abondante décrivant leurs cadres, et si de nombreuses recherches en édumétrie, en sociologie ou encore en sciences de l’éducation ont régulièrement été menées, quel regard la didactique des mathématiques peut-elle porter sur ces études ? Après avoir présenté succinctement les cadres de ces deux évaluations, nous exploitons deux approches didactiques distinctes, basées sur l’analyse a priori des tâches pour analyser le contenu de l’évaluation et pour réinterpréter les résultats des élèves. Couplée à une analyse statistique implicative, la première, didactique et cognitive, apporte un regard neuf sur les résultats du PISA et permet de mener des comparaisons entre pays. La seconde approche, située dans le cadre de la théorie anthropologique du didactique, s’intéresse davantage au contenu de la TIMSS et à la répartition des questions au regard d’une organisation mathématique de référence.
Two international studies that aim to assess students’ knowledge and skills in mathematics have won a prominent place in the global educational world: Programme for International Student Assessment (PISA) and Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS). While these studies come with numerous works describing their frameworks, and while a lot of research in edumetrics, sociology and educational sciences have been published, what light the mathematics didactics can place on them? After a short outline of their frameworks, we will make use of two different approaches, both being based on a priori analysis of the tasks for analysing the content of the assessments and for reinterpreting the results. The first approach, labelled didactical and cognitive, is associated with the implicative statistical analysis and allows a new look on the PISA results as well as on comparisons between countries. The second, nested in the didactical anthropological theory, addresses mainly TIMSS content and the distribution of its assessment items in relation to a given mathematical syllabus.
Dois estudos internacionais que avaliam os conhecimentos dos alunos em matemática ocupam um lugar importante no panorama educativo mundial: os do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) e os do Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS). Sendo estes estudos acompanhados por uma abundante literatura descrevendo os seus quadros, e que muitas investigações em edumetria, sociologia ou mesmo nas ciências da educação são realizadas regularmente, que olhar a didática das matemáticas pode apresentar sobre estes estudos? Após apresentar sucintamente os quadros dessas duas avaliações, exploramos duas abordagens didáticas distintas, baseadas na análise a priori das tarefas para analisar o conteúdo da avaliação e para reinterpretar os resultados dos alunos. Juntamente com uma análise estatística implicativa, a primeira, didática e cognitiva, traz um novo olhar para os resultados do PISA e permite comparações entre países. A segunda abordagem, situada no quadro da teoria antropológica da didática, concentra-se mais no conteúdo do TIMSS e na distribuição de questões em termos de uma organização matemática de referência.