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Reações Adversas em Gestantes Hospitalizadas: Perfil de Ocorrência

Authors :
Jéssica Escorel Chaves Cavalcanti
Priscilla Karilline Do Vale Bezerra
Solimar Ribeiro Carlete Filho
Anny Laryssa Ferreira da Silva
Gabriela Santana Oliveira
Marilia Cláudia Freitas Martins
Sarah Dantas Viana Medeiros
Rand Randall Martins
Source :
JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA. 7
Publication Year :
2023
Publisher :
Jornal de Assistencia Farmaceutica e Farmacoeconomia, 2023.

Abstract

Introdução: O cuidado farmacêutico na gestação de alto risco deve considerar as rápidas mudanças fisiológicas e a escassa literatura sobre a segurança do uso de medicamentos em mulheres. Adicionalmente, gestantes hospitalizadas necessitam de intensa farmacoterapia para controle pressórico e glicêmico o que eleva o risco de reações adversas a medicamentos (RAM). A literatura é escassa sobre o perfil de RAM, sobretudo relacionada a relação entre período de tratamento e sua ocorrência. Objetivo: caracterizar as RAM em gestantes quanto ao tipo, medicamentos implicados e período de hospitalização de sua ocorrência. Métodos: Estudo observacional, longitudinal e prospectivo (agosto de 2019 a dezembro de 2021) que incluiu 297 gestantes hospitalizadas em acompanhamento diário e em uso de pelo menos um medicamento. As RAM foram investigadas diariamente através de busca em prontuários e entrevistas com as pacientes. A ocorrência de RAM foram relacionadas ao tempo de hospitalização. Os dados foram apresentados descritivamente (Stata v 15.0). Resultados: Um total de 1.762 mulheres grávidas foram admitidas no setor de alto risco, porém apenas 297 gestantes foram incluídas neste estudo. A idade média da população estudada foi de 30,3 ± 6,5 anos e idade gestacional de 31 ± 6,9 semanas. Um total 226 RAM foram detectadas em 107 pacientes (35,9% apresentaram uma ou mais RAM) com uma taxa de incidência de 615,2 (IC95% 481,4 – 783,2) por 1000 pacientes-dia. Agentes adrenérgicos de ação central e antiespasmódicos representaram as principais classes farmacológicas associadas à ocorrência de RAM (56%). Nas primeiras 48h, detectouse 41,6% das RAMs decaindo para 11,9% do total nas 48h seguintes. A metildopa ocasionou sedação, cefaleia e náusea prioritariamente nas primeiras 24h. Em contraste, a escopolamina promoveu diplopia, xerostomia e a constipação entre segundo e terceiro dia após a admissão da paciente. A partir do quarto dia a ocorrência de RAM diminui significativamente (1,5% do total). Conclusão: Agentes adrenérgicos de ação central e antiespasmódicos são os principais medicamentos associados a RAM em gestantes hospitalizadas. Geralmente são de gravidade leve e ocorrem com maior predomínio nas primeiras 48h da admissão da paciente no serviço hospitalar.

Subjects

Subjects :
General Medicine

Details

ISSN :
25257323 and 25255010
Volume :
7
Database :
OpenAIRE
Journal :
JORNAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E FARMACOECONOMIA
Accession number :
edsair.doi...........a09aa827657dff6f45479829498b05e1
Full Text :
https://doi.org/10.22563/2525-7323.2022.v1.s1.p.26