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Assistência ao trabalho de parto e parto em mulheres com nacionalidades diferentes (resultados preliminares)
- Source :
- Jornal Brasileiro de Ginecologia.
- Publication Year :
- 2021
- Publisher :
- Zeppelini Editorial e Comunicação, 2021.
-
Abstract
- Introdução: As mulheres indígenas de origem andina, quando vão parir, querem respeitar a dinâmica do seu corpo e dispõem-se verticalmente, de cócoras ou ajoelhadas; elas valorizam o parto vaginal. O aspecto cultural influencia seu comportamento durante a assistência ao trabalho de parto e parto, colaborando e facilitando o andamento dessa assistência. Objetivo: Avaliar a assistência ao trabalho de parto e o parto entre mulheres bolivianas e brasileiras dos grupos 1 e 3 de Robson em uma maternidade pública e, assim, inferir sobre a influência da cultura andina em relação a esses processos. Métodos: Estudo observacional descritivo, com grupo de comparação (bolivianas e brasileiras), que avaliou por meio de prontuários a assistência ao trabalho de parto e o parto em mulheres internadas em uma maternidade pública. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido foi dispensado, visto que o estudo ocorreu com base na coleta de dados de prontuários. Número do Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE): 39923220.3.0000.0063 . Resultados e conclusão: Foram avaliados o total de 310 prontuários, dos quais 86 relativos a mulheres bolivianas (G1) e 224 a mulheres brasileiras (G2). Em relação ao tempo decorrido do último parto, observou-se média de 4,5 anos e 5,7 anos, respectivamente, para G1 e G2. A média da idade gestacional foi de 39,3 semanas e 39,1 semanas, também em relação aos grupos. No grupo das bolivianas ocorreram 76 partos vaginais; no outro, 208. A taxa de cesárea foi de 11,6% e de 7,1%, para G1 e G2, respectivamente. O tempo do trabalho de parto em horas teve média de 1,7 X 2,4 horas para cada grupo. Quanto à presença de acompanhante, ao uso de método não farmacológico para alívio da dor e à realização de episiotomia, os percentuais foram respectivamente (G1) 75, 55,2 e 26,3%. No G2, 87,9, 67,3 e 32,2%. A frequência de rotura perineal foi de 48,2% no G1 e de 65,9% no G2. A média do peso do recém-nascido no G1 foi de 3549 g e de 3228 g no G2; e o Apgar de quinto minuto maior que 7 apresentou prevalência de 98,8% em G1 e 98,2% em G2. Quanto ao contato pele a pele, este ocorreu em 79% do G1 e 84,8% do G2. Com isso, observamos que a duração do trabalho de parto foi menor no grupo das bolivianas, assim como a frequência de realização de episiotomia. No entanto, a taxa de cesárea foi maior do grupo das bolivianas. Conclui-se que é necessário avaliar um maior número de casos, visto que o tamanho amostral calculado no projeto foi de 500.
Details
- Database :
- OpenAIRE
- Journal :
- Jornal Brasileiro de Ginecologia
- Accession number :
- edsair.doi...........3ff2c72b1a7b4655f69cfc1b5a228cc1
- Full Text :
- https://doi.org/10.5327/jbg-0368-1416-20211311118