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Proteína C reativa versus procalcitonina para orientar a duração da terapia antimicrobiana em pacientes sépticos internados em centrode terapia intensiva
- Source :
- Repositório Institucional da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instacron:UFMG, CIÊNCIAVITAE
- Publication Year :
- 2012
- Publisher :
- Universidade Federal de Minas Gerais, 2012.
-
Abstract
- Estudos recentes demonstraram que aprocalcitonina (PCT) constitui ferramenta eficaz e segura para redução do uso de antibióticos em pacientes sépticos. A proteína Creativa (PCR) ainda não foi testada com esta finalidade. Neste estudo, objetivamos avaliar se a PCR é tão útil quanto a PCT para guiar terapia antimicrobiana em pacientes com sepse grave ou choque séptico internados em centro de terapia intensiva. Foi realizado ensaio clínico randomizado, aberto, controlado (NCT00934011) em dois hospitais universitários da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil. Foram incluídos 94 pacientes distribuídos em dois grupos: duração da terapia antimicrobiana guiada por PCT (Grupo PCT) ou PCR (Grupo PCR). No primeiro grupo, a suspensão do tratamento antibiótico foi sugerida quando os níveis séricos de PCT reduziram 90% do valor inicial e os de PCR, 50% do valor inicial, mas não antes de quatro dias (se níveis iniciais de PC < 1,0ng/ml e de PCR < 100mg/L), ou de cinco dias (se níveisiniciais dePCT > 1,0ng/ml e de PCR > 100mg/L) detratamento. O desfecho primário foi duração da antibioticoterapia para o primeiro episódio de infecção. Os desfechossecundários foram número total de dias sob antibioticoterapia, dias livres de antibiótico durante o seguimento no estudo, mortalidade em 28 diasde internação, mortalidade hospitalar,tempode permanênciana UTI eno hospital. Os pacientesforam acompanhados por 28 dias ou até óbito ou alta hospitalar. Como resultados, 94 pacientes foram randomizados, sendo 49 para o grupo PCT e45 parao grupoPCR. A média deidade foi de 59,8(DP:16,8) anos,e 57 (60,6%) pacientes eram do sexo masculino. Cinquentaeseis dos 94 pacientes (59,6%) pacientestiveram diagnóstico de choque séptico, sem diferençaentre osgrupos.A mediana dos escores Apache II e SOFA à inclusão foram 21 (Q1-Q3: 14-26) e sete (Q1-Q3:4-10) pontos, respectivamente, enão foi observada diferença entre os grupos para nenhum dos escores (p=0,828 e p=0,400). A mediana dos níveis dePCR à inclusã ofoi similar entre os grupos: 242 mg/L(Q1-Q3:133,7 313,2) no grupo PCT e 186,1 mg/L(Q1-Q3:74,4299,0) nogrupo PCR, p=0,403. Não houve diferença entre os grupos PCT e PCR emrelaçãoà mediana dos níveis dePCT à admissão (3,87 ng/ml; Q1-Q3:1,56 - 19,96 vs. 3,81ng/ml;Q1-Q3: 1,37- 18,60ng/ml; p=0.691). A mediana da duração da antibioticoterapia para o primeiro episódio de infecção foi de 7,0 (Q1-Q3: 6,0-8,5) diano grupoPCT e de 6,0 (5,0-7,0) dias no grupo PCR, p= 0,06; com HRde 1.206 (IC: 95%: 0,7741,30), persistindo sem diferença significativa entre os grupos na análise ajustada paraa gravidade (escores APACHE II, SAPS III e SOFA). A mediana do total de dias sob antibioticoterapia durante o seguimento foi maior nos pacientes do grupo PCT, porém sem diferençaestatística entre os grupos (13 vs. 8 dias, p=0.183). Finalmente, o número de dias livres de antibióticos por 1000 dias vivo mostrou-se similar entre os doisgrupos (357,14 dias, Q1-Q3: 33,3 - 509,2 no grupo PCR vs. 357,10dias, Q1-Q3: 0-541 no grupo PCT; p=0,998). Não houve diferença entre os grupos PCT e PCR em relação ao tempo de permanência na UTI (14vs12dias,p=0,164) e hospitalar (36 vs 25dias, p=0,175). Em apenas nove (9,57%) pacienteso algoritmo proposto pelo estudo não foi seguido, sem diferença entreos grupos. Vintee um pacientes em cadagrupo morreramdurantea internação, sem diferença entre os grupo (p=0,836). Concluindo, neste estudoobservamos que a PCRé tão útilquanto a PCT nareduçãodo uso de antibiótico em pacientes com sepse grave ou choque séptico internados em centro de terapia intensiva, sem aparente aumento da morbidade ou mortalidade dessa população. Esses resultados devem ser confirmados em estudos com populações maiores, idealmentemulticêntricos. Procalcitonin (PCT) guidance has been proved to safely shorten the duration of the antibiotic therapy in septic patients. C-reactive protein (CRP) has not been tested in this context. We sought to evaluate if CRP was as useful as PCT to guide antibiotic therapy in intensive care patients with severe sepsis or septic shock. Randomized noninferiority clinical trial (NCT00934011) conducted at two University Hospitals inBrazil. Patients with severe sepsis or septic shock admitted at one of two intensive care units (ICU) of the Universidade Federal de Minas Gerais were assessed for inclusion, and randomized to one of the two groups: PCT group and CRP group. According to the group of randomization, antibiotic were stopped when the initial levels of PCT and CRP had decreased atleast 90% and 50%, respectively. Antibiotic interruption did not occur before Day 4, if baseline PCT levels were < 1ng/ml or baseline CRP levels were
Details
- Language :
- Portuguese
- ISSN :
- 00934011
- Database :
- OpenAIRE
- Journal :
- Repositório Institucional da UFMG, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), instacron:UFMG, CIÊNCIAVITAE
- Accession number :
- edsair.dedup.wf.001..38bbe99d10009fb7303dbe4112d151e4