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LITÍASE RENAL PÓS-CIRÚRGICA EM RIM TRANSPLANTADO: UM RELATO DE CASO.
- Source :
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Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences . 2024 Supplement, Vol. 23, p99-100. 2p. - Publication Year :
- 2024
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Abstract
- Resumo: A nefrolitíase em rins transplantados, embora rara, pode levar à perda da função renal se não for tratada adequadamente. O estudo apresenta o caso de um paciente masculino de 63 anos que desenvolveu cálculo renal 8 anos após o transplante renal. O diagnóstico foi realizado por tomografia e o tratamento inicial com cateter duplo J e tentativa de ureterorrenolitotripsia flexível retrógrada não obteve sucesso. O paciente aguarda litotripsia percutânea. A nefrolitíase do enxerto requer abordagem individualizada e direcionada, considerando a anatomia específica de cada implante. Exames de imagem de rotina, como USG de vias urinárias, são essenciais para o diagnóstico precoce e acompanhamento, permitindo o tratamento oportuno e a prevenção de complicações. Cálculos menores que 4 mm podem ser tratados conservadoramente, enquanto que os maiores exigem tratamento multimodal e individualizado, sendo o acesso anterógrado percutâneo geralmente preferido por apresentar menor dificuldade técnica. A nefrolitíase, quando diagnosticada e tratada corretamente, não contraindica a doação renal nem afeta a sobrevida do rim transplantado. Introdução: A nefrolitíase em rins transplantados, apesar de rara, pode levar à perda da função renal se não for tratada adequadamente. Sua incidência varia entre 0,2% e 3%, e quando ocorre em até 6 semanas após o transplante, é provável que o cálculo tenha sido transferido do doador para o receptor. Já após 6 semanas, a formação do cálculo é mais provável no próprio paciente transplantado. Fatores de risco para a formação de cálculos no receptor incluem sobrepeso, dieta rica em lipídios, cálcio e bebidas açucaradas, refluxo e estase urinária, acidose tubular renal, hipercalciúria, hiperparatireoidismo e hiperuricemia. Apresentação do caso: Um paciente masculino de 63 anos foi submetido a transplante renal em 2015. Em dezembro de 2023, desenvolveu infecção urinária e a tomografia revelou hidronefrose e um cálculo de 1,8 cm na junção ureteropiélica. Cateter duplo J foi colocado em dezembro de 2023, mas a tentativa de ureterorrenolitotripsia flexível retrógrada em março de 2024 não teve sucesso devido à dificuldade de passagem do aparelho na anastomose uretero-vesical. O paciente foi transferido para urologia da UERJ com indicação de litotripsia percutânea e aguarda o procedimento. Discussão: A nefrolitíase do enxerto, embora rara, pode ter consequências graves se não for tratada adequadamente. Para evitar essas complicações, é crucial realizar exames de imagem de rotina, principalmente USG de vias urinárias, a fim de monitorar o aparecimento e desenvolvimento de cálculos renais e orientar o tratamento quando necessário. Cálculos menores que 4 mm podem ser tratados conservadoramente e acompanhados, enquanto que os maiores exigem tratamento multimodal e individualizado. O acesso anterógrado percutâneo é geralmente preferido por apresentar menor dificuldade técnica. É importante ressaltar que a nefrolitíase não é mais um impeditivo para o transplante renal. Se diagnosticada e tratada corretamente, não contraindica a doação nem afeta a sobrevida do rim transplantado. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
Details
- Language :
- Portuguese
- ISSN :
- 26748207
- Volume :
- 23
- Database :
- Academic Search Index
- Journal :
- Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- 181014305