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LITÍASE RENAL PÓS-CIRÚRGICA EM RIM TRANSPLANTADO: UM RELATO DE CASO.

Authors :
Galvão Pádua, Joaquim Queiroz
Rodrigues Oliveira, Alexandre
Chilão Guedes, Felipe Vaz
da Silva Polonia, Ana Beatriz
Rocha Perrone, Fernanda
Gomes de Oliveira, Guilherme Littig
Bouzas Rodeiro, Daniella
Lima da Costa Cruz, Danilo Souza
Carrerete, Fabricio
Damião, Ronaldo
Source :
Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences. 2024 Supplement, Vol. 23, p99-100. 2p.
Publication Year :
2024

Abstract

Resumo: A nefrolitíase em rins transplantados, embora rara, pode levar à perda da função renal se não for tratada adequadamente. O estudo apresenta o caso de um paciente masculino de 63 anos que desenvolveu cálculo renal 8 anos após o transplante renal. O diagnóstico foi realizado por tomografia e o tratamento inicial com cateter duplo J e tentativa de ureterorrenolitotripsia flexível retrógrada não obteve sucesso. O paciente aguarda litotripsia percutânea. A nefrolitíase do enxerto requer abordagem individualizada e direcionada, considerando a anatomia específica de cada implante. Exames de imagem de rotina, como USG de vias urinárias, são essenciais para o diagnóstico precoce e acompanhamento, permitindo o tratamento oportuno e a prevenção de complicações. Cálculos menores que 4 mm podem ser tratados conservadoramente, enquanto que os maiores exigem tratamento multimodal e individualizado, sendo o acesso anterógrado percutâneo geralmente preferido por apresentar menor dificuldade técnica. A nefrolitíase, quando diagnosticada e tratada corretamente, não contraindica a doação renal nem afeta a sobrevida do rim transplantado. Introdução: A nefrolitíase em rins transplantados, apesar de rara, pode levar à perda da função renal se não for tratada adequadamente. Sua incidência varia entre 0,2% e 3%, e quando ocorre em até 6 semanas após o transplante, é provável que o cálculo tenha sido transferido do doador para o receptor. Já após 6 semanas, a formação do cálculo é mais provável no próprio paciente transplantado. Fatores de risco para a formação de cálculos no receptor incluem sobrepeso, dieta rica em lipídios, cálcio e bebidas açucaradas, refluxo e estase urinária, acidose tubular renal, hipercalciúria, hiperparatireoidismo e hiperuricemia. Apresentação do caso: Um paciente masculino de 63 anos foi submetido a transplante renal em 2015. Em dezembro de 2023, desenvolveu infecção urinária e a tomografia revelou hidronefrose e um cálculo de 1,8 cm na junção ureteropiélica. Cateter duplo J foi colocado em dezembro de 2023, mas a tentativa de ureterorrenolitotripsia flexível retrógrada em março de 2024 não teve sucesso devido à dificuldade de passagem do aparelho na anastomose uretero-vesical. O paciente foi transferido para urologia da UERJ com indicação de litotripsia percutânea e aguarda o procedimento. Discussão: A nefrolitíase do enxerto, embora rara, pode ter consequências graves se não for tratada adequadamente. Para evitar essas complicações, é crucial realizar exames de imagem de rotina, principalmente USG de vias urinárias, a fim de monitorar o aparecimento e desenvolvimento de cálculos renais e orientar o tratamento quando necessário. Cálculos menores que 4 mm podem ser tratados conservadoramente e acompanhados, enquanto que os maiores exigem tratamento multimodal e individualizado. O acesso anterógrado percutâneo é geralmente preferido por apresentar menor dificuldade técnica. É importante ressaltar que a nefrolitíase não é mais um impeditivo para o transplante renal. Se diagnosticada e tratada corretamente, não contraindica a doação nem afeta a sobrevida do rim transplantado. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
26748207
Volume :
23
Database :
Academic Search Index
Journal :
Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
181014305