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EXPERIÊNCIA INICIAL DO PROGRAMA DE TRANSPLANTE HEPÁTICO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO PEDRO ERNESTO (HUPE) NA ABORDAGEM DE PACIENTES PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA CRÔNICA AGUDIZADA (ACLF).

Authors :
Custodio da Silva, Laura
da Silva de Carvalho, Luiza
Lannes Alcoforado, Ana Clara
Barbosa Araujo, Anna Luiza
Pedro Lupi, João
Cardoso Pereira, Anna Luiza
Mendes Tobias, Rafaela
Walter Leibacher, Nathan
Balbi, Elizabeth
Bettini Pitombo, Marcos
Source :
Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences. 2024 Supplement, Vol. 23, p80-80. 1p.
Publication Year :
2024

Abstract

Introdução: A Insuficiência Hepática Crônica Agudizada (ACLF) é uma síndrome grave que surge abruptamente em pacientes com doença hepática crônica. Com alta mortalidade de mais de 20% em 28 dias, pode afetar até 35% das populações de risco, como pacientes com hepatite viral, consumo excessivo de álcool ou esteatose hepática não alcoólica (EHNA). O transplante de fígado pode melhorar a sobrevida, superando 80% em um ano para casos avançados. No entanto, a priorização desses pacientes para transplante ainda não é clara. Objetivo: Esse estudo tem como objetivo avaliar a eficácia do transplante hepático em pacientes com alto escore de CLIF-C ACLF, sob a perspectiva da implementação do programa de transplante hepático do HUPE. Metodologia: Foram analisados quatro pacientes com alto escore CLIF-C ACLF aguardando transplante hepático no HUPE, entre outubro de 2023 e junho de 2024. Foram calculados os escores CLIF-OFs de cada um, avaliando a mortalidade em até 12 meses por meio de idade, leucócitos, bilirrubina, creatinina ou Terapia de Substituição Renal, encefalopatia hepática, INR ou Plaquetas, uso de vasopressores, pressão arterial média e PaO2/FiO2 e ventilação mecânica. Os dados foram obtidos dos prontuários e analisados. Resultados: Dentre os quatro pacientes, três foram submetidos a transplante hepático, dos quais dois sobreviveram. Os escores CLIF-C OF variaram entre 9 e 16, com uma média de CLIF-C ACLF de 104,25 (93-120), o que indica chance de mortalidade de 100% em um mês para todos. Os que vieram a óbito apresentavam escores CLIF-C ACLF de 108 e 120. O tempo médio na lista de espera dos transplantados foi de 53 dias. Um dos pacientes faleceu 48 horas após o transplante por choque secundário a acidose e broncoaspiração. Entre os dois sobreviventes, um desenvolveu infecção do trato urinário durante a internação, a qual durou 31 dias; o outro necessitou de revisão cirúrgica e teve um tempo de internação de 41 dias. A média do tempo de cirurgia foi de 355 minutos, sendo 321,7 minutos a média da isquemia fria e 55 minutos a média de isquemia quente. Todos estão em acompanhamento ambulatorial, com bom estado de saúde. Conclusão: O transplante hepático é crucial para pacientes críticos com altos escores de CLIF-C ACLF, pois pode representar a única chance de sobrevida para esse grupo de pacientes. Critérios claros, manejo rigoroso, acompanhamento e gestão de complicações são essenciais para o sucesso dessa estratégia terapêutica. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
26748207
Volume :
23
Database :
Academic Search Index
Journal :
Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
181014287