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TRANSPOSIÇÃO DE VEIA BASÍLICA, ACESSO VASCULAR COMO ALTERNATIVA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA PRÉ TRANSPLANTE RENAL.

Authors :
Bitencourt Ribeiro, Erick
Arias Noleto, Jéssica
Vieira Leite, Fernando
Silva de Brito, Rodrigo
Batista da Silva, Alan Henrique
Araujo Gomes, Ígor
Máximo, Luiza
de Oliveira Serafim, Lucianna Moreira
Farjoun da Silva, Luciana Moura
Virgini Magalhães, Carlos Eduardo
Source :
Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences. 2024 Supplement, Vol. 23, p56-57. 2p.
Publication Year :
2024

Abstract

Introdução: A transposição da veia basílica (TVB) é uma alternativa para garantir o acesso vascular a pacientes renais crônicos dependentes de hemodiálise ou que aguardam transplante renal, quando outros condutos viáveis não estão disponíveis. O procedimento pode ser realizado em um único tempo cirúrgico (1t) ou em dois tempos (2t), com a confecção inicial da anastomose arteriovenosa e a transposição da veia 4 a 6 semanas após. A escolha entre as duas técnicas, no entanto, ainda gera debate, sem consenso definitivo sobre a melhor opção. Objetivo: Este estudo visa comparar os resultados das técnicas de 1t e 2t em uma coorte de pacientes submetidos à cirurgia de transposição de veia basílica, considerando possíveis vieses de escolha do cirurgião sobre a técnica utilizada. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospectiva de coorte no período entre outubro de 2021 e fevereiro de 2024, incluindo pacientes com insuficiência renal crônica terminal submetidos à confecção de acesso vascular para hemodiálise com transposição de veia basílica. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1t (indivíduos submetidos à cirurgia em tempo único) e grupo 2t (pacientes submetidos a procedimento estagiado em dois tempos). As variáveis analisadas incluíram: • Dados demográficos (sexo, idade, histórico de hemodiálise); • Tempo de maturação do acesso; • Taxas de complicação cirúrgica (geral e trombose do acesso); • Taxas de intervenção durante a utilização do acesso. Os resultados foram expressos em estatística descritiva com média e desvio padrão, ou mediana, e comparados entre os grupos utilizando testes estatísticos adequados. Resultados: Foram incluídos 88 pacientes, sendo 30 (34%) no grupo 1t e 58 (66%) no grupo 2t. O sexo feminino foi predominante (51%), a mediana de idade foi de 57 anos e 67 pacientes (76%) já estavam em hemodiálise (HD) no momento da cirurgia. No grupo 1t, 11 casos (36,7%) apresentaram complicações, sendo 6 (20%) de trombose do acesso. No grupo 2t, foram registradas 14 complicações: 6 após o primeiro procedimento e 8 após o segundo procedimento. A trombose do acesso ocorreu em 6 pacientes (10,3%), sendo 4 casos após o primeiro procedimento e 2 casos após a segunda cirurgia. O tempo de maturação do acesso foi em média de 48,7 ± 25,9 dias (mediana = 46) para o grupo 1t e 40,7 ± 18,6 dias para o grupo 2t. A taxa de intervenção durante a utilização do acesso para HD foi de 13% para o grupo 1t e 15,8% para o grupo 2t. Conclusão: Os resultados do estudo demonstram que não há diferenças relevantes entre as técnicas de 1t e 2t em relação à maioria dos aspectos analisados, incluindo as taxas de complicações cirúrgicas, tempo de maturação do acesso e percentuais de intervenção do acesso durante sua utilização. Estes dados sugerem que ambas as técnicas podem ser consideradas viáveis para a confecção de acessos vasculares em pacientes renais crônicos que necessitam de hemodiálise. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
26748207
Volume :
23
Database :
Academic Search Index
Journal :
Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
181014263