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TRANSPOSIÇÃO DE VEIA BASÍLICA, ACESSO VASCULAR COMO ALTERNATIVA EM PACIENTES COM DOENÇA RENAL CRÔNICA PRÉ TRANSPLANTE RENAL.
- Source :
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Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences . 2024 Supplement, Vol. 23, p56-57. 2p. - Publication Year :
- 2024
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Abstract
- Introdução: A transposição da veia basílica (TVB) é uma alternativa para garantir o acesso vascular a pacientes renais crônicos dependentes de hemodiálise ou que aguardam transplante renal, quando outros condutos viáveis não estão disponíveis. O procedimento pode ser realizado em um único tempo cirúrgico (1t) ou em dois tempos (2t), com a confecção inicial da anastomose arteriovenosa e a transposição da veia 4 a 6 semanas após. A escolha entre as duas técnicas, no entanto, ainda gera debate, sem consenso definitivo sobre a melhor opção. Objetivo: Este estudo visa comparar os resultados das técnicas de 1t e 2t em uma coorte de pacientes submetidos à cirurgia de transposição de veia basílica, considerando possíveis vieses de escolha do cirurgião sobre a técnica utilizada. Metodologia: Foi realizada uma análise retrospectiva de coorte no período entre outubro de 2021 e fevereiro de 2024, incluindo pacientes com insuficiência renal crônica terminal submetidos à confecção de acesso vascular para hemodiálise com transposição de veia basílica. Os pacientes foram divididos em dois grupos: grupo 1t (indivíduos submetidos à cirurgia em tempo único) e grupo 2t (pacientes submetidos a procedimento estagiado em dois tempos). As variáveis analisadas incluíram: • Dados demográficos (sexo, idade, histórico de hemodiálise); • Tempo de maturação do acesso; • Taxas de complicação cirúrgica (geral e trombose do acesso); • Taxas de intervenção durante a utilização do acesso. Os resultados foram expressos em estatística descritiva com média e desvio padrão, ou mediana, e comparados entre os grupos utilizando testes estatísticos adequados. Resultados: Foram incluídos 88 pacientes, sendo 30 (34%) no grupo 1t e 58 (66%) no grupo 2t. O sexo feminino foi predominante (51%), a mediana de idade foi de 57 anos e 67 pacientes (76%) já estavam em hemodiálise (HD) no momento da cirurgia. No grupo 1t, 11 casos (36,7%) apresentaram complicações, sendo 6 (20%) de trombose do acesso. No grupo 2t, foram registradas 14 complicações: 6 após o primeiro procedimento e 8 após o segundo procedimento. A trombose do acesso ocorreu em 6 pacientes (10,3%), sendo 4 casos após o primeiro procedimento e 2 casos após a segunda cirurgia. O tempo de maturação do acesso foi em média de 48,7 ± 25,9 dias (mediana = 46) para o grupo 1t e 40,7 ± 18,6 dias para o grupo 2t. A taxa de intervenção durante a utilização do acesso para HD foi de 13% para o grupo 1t e 15,8% para o grupo 2t. Conclusão: Os resultados do estudo demonstram que não há diferenças relevantes entre as técnicas de 1t e 2t em relação à maioria dos aspectos analisados, incluindo as taxas de complicações cirúrgicas, tempo de maturação do acesso e percentuais de intervenção do acesso durante sua utilização. Estes dados sugerem que ambas as técnicas podem ser consideradas viáveis para a confecção de acessos vasculares em pacientes renais crônicos que necessitam de hemodiálise. [ABSTRACT FROM AUTHOR]
Details
- Language :
- Portuguese
- ISSN :
- 26748207
- Volume :
- 23
- Database :
- Academic Search Index
- Journal :
- Brazilian Journal of Health & Biomedical Sciences
- Publication Type :
- Academic Journal
- Accession number :
- 181014263