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AVALIAÇÃO DO SISTEMA VESTIBULAR EM PACIENTES COM INCONTINÊNCIA FECAL.

Authors :
Laganaro, Bruna
Brandão, Débora
Boffino, Catarina
Goulardins, Juliana
Tanaka, Clarice
Source :
Revista Inspirar Movimento & Saude. 2018 Supplement, p142-144. 3p.
Publication Year :
2018

Abstract

CONTEXTUALIZAÇÃO A incontinência Fecal (IF) é uma condição que pode ser decorrente de alterações biomecânicas da parede abdominal e da musculatura respiratória. Estas alterações afetam o controle postural, que é dependente do funcionamento adequado do sistema vestibular. OBJETIVOS Avaliar a função vestibular em pacientes com IF. METODOLOGIA O estudo é de caráter transversal e foi realizado no laboratório de investigação médica 23 (LIM 23 -- IPQ/HCFMUSP). Foram incluídos os indivíduos com o diagnóstico de IF, de ambos os sexos, com idade entre 60 a 70 anos, sem alteração visual ou com esta corrigida, que não praticassem atividade física intensa, que conseguissem se manter em ortostase sem auxílio e aceitassem participar voluntariamente da pesquisa. Foram excluídos pacientes com alterações neurológicas, alterações otoneurológicas prévias diagnosticadas não corrigidas, com queixa respiratória ou doença pulmonar, alterações ortopédicas, cardiopatias descompensadas, que estivessem com quadro álgico agudo de labirintite. O grupo controle foi selecionado de um banco de dados respeitando os mesmos critérios de inclusão e exclusão pareado por idade e sexo, sem o diagnóstico de IF. Para a avaliação foi utilizado o questionário de admissão, índice de Jorge Wexner, Questionário de Qualidade de Vida na Incontinência Anal, Mini Mental, Teste de organização sensorial modificado da posturografia dinâmica computadorizada (onde se avaliava a amplitude, velocidade e o quadrado da média da raiz (RMS) do deslocamento do centro de pressão, nos eixos ântero-posterior e médio-lateral), testes clínicos "bedside" visualvestibulares e Dizziness Handicap Inventory (DHI). RESULTADOS A amostra foi composta por 12 pacientes, sendo 6 diagnosticados clinicamente com IF, destes, 5 eram do sexo feminino e um do sexo masculino, (idade média de 63,8±5,19 anos) e seis do grupo controle, sendo 4 do sexo feminino (idade média de 62,5±6,16 anos). O grupo experimental apresentou mais comorbidades (média 6,67±1,37) que o controle (2,67±1,21) (p<0,001), todas corrigidas, compensadas e/ou em tratamento. As escalas específicas mostraram uma severidade moderada da patologia e o FIQL teve ume pontuação média de 50 (±0,70) no grupo experimental. O grupo IF apresentou sintomas subclínicos positivos nos testes vestibulares (optcocinético, torção cervical e palpação cervical) com sinais e sintomas de tontura e desconforto. Na posturografia, os pacientes com IF apresentaram menor velocidade de deslocamento do centro de pressão quando comparados com o grupo controle, menor amplitude de deslocamento e menor RMS nos sentidos antero-posterior e médiolateral (p<0,05). As correlações dos dados mostraram significância entre o DHI total e as variáveis cinéticas, por exemplo, quanto menor a amplitude de oscilação na condição plataforma móvel/olhos fechados (condição vestibular), maior o desconforto relatado através do questionário DHI. CONCLUSÃO Há evidências sugestivas de alterações subclínicas vestibulares em pacientes com IF, podendo prejudicar o equilíbrio e aumentando o risco de queda nessa população. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Subjects

Subjects :
*EXERCISE
*PHYSICAL fitness

Details

Language :
Portuguese
ISSN :
2175537X
Database :
Academic Search Index
Journal :
Revista Inspirar Movimento & Saude
Publication Type :
Academic Journal
Accession number :
135075331