Machiavelli's theoretical-practical positions and their opposition to traditional morality are examined in order to understand how his new ethical proposal is structured. The novelty is based on the political categories of convenience and appearance: it is admitted to resort to all means necessary to achieve the established ends, and to remain in power, obtain honor and glory, no matter what the Prince is, but what appears to be before subjects and allies. Hence the need for a Prince with a firm hand and who defends, without measuring efforts, the integrity and well-being of his people. The ruler's morals will be guided by the political situation and not by the ideal of a universal, abstract and perfect ruler. Political power has a mundane origin, born of the very malignity that is intrinsic to human nature, but it constitutes itself, albeit in a precarious and transitory way, as the only possibility to face the conflict. Finally, it is up to the Prince to use a set of expedients and techniques capable of ensuring maximum effectiveness in preserving the State and preserving its supreme purpose - order and harmony., Examina-se as posições teórico-práticas de Maquiavel e sua contraposição à moralidade tradicional, a fim de entender como se estrutura a sua nova proposta ética. A novidade está pautada nas categorias políticas da conveniência e da aparência: admite-se recorrer a todos os meios necessários para atingir os fins estabelecidos, e para manter-se no poder, obter a honra e a glória, não importa aquilo que o Príncipe é, mas o que aparenta ser perante os súditos e aliados. Disto decorre a necessidade de um Príncipe com o pulso firme e que defenda, sem medir esforços, a integridade e o bem-estar seu povo. A moral do governante será dirigida pela situação política e não pelo ideal de governante universal, abstrato e perfeito. O poder político tem uma origem mundana, nasce da própria malignidade que é intrínseca à natureza humana, mas se constitui, ainda que de modo precário e transitório, como a única possibilidade de enfrentar o conflito. Enfim, cabe ao Príncipe a utilização de um conjunto de expedientes e técnicas capazes de assegurar a máxima eficácia na preservação do Estado e na conservação de sua suprema finalidade - ordem e harmonia.