RESUMO: Este artigo busca refletir sobre uma produção cultural periférica específica, idealizada por uma das autoras deste texto e realizada na Baixada Fluminense, região metropolitana do Rio de Janeiro. Situadas em um campo de estudos interdisciplinar, que conjuga debates da linguística aplicada, da antropologia e da educação, trazemos performances narrativas da juventude periférica construídas por um “nós” autoetnográfico. Argumentamos que tais performances projetam cronotopos em fluxos, que desafiam as dicotomias (centrais em discursos hegemônicos) e apontam para práticas de sobrevivência e de esperança, por meio das quais essa juventude reinventa o território onde vive, a si própria, e reimagina futuros mais justos e democráticos para os espaços urbanos.