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O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do financiamento da China em infraestrutura no Paquistão, tendo em vista os impactos econômicos neste país, dentro de uma análise histórica dos investimentos diretos externos chineses de 1965 até 2018. A hipótese aponta que os investimentos diretos chineses passaram a atuar de maneira eficaz no setor de infraestrutura paquistanês, auxiliando o Paquistão a crescer e se desenvolver economicamente. Como variáveis explicativas a serem analisadas será apresentada a formação histórica do Paquistão, mostrando sua centralidade institucional, bem como os baixos gastos do governo em infraestrutura e a histórica relação entre China-Paquistão. Entende-se, também, que os investimentos diretos chineses foram capazes de ampliar a cooperação de Islamabad com Pequim. A partir deste cenário, a priorização na agenda paquistanesa das relações com a China foi capaz de incluir, cada vez mais, Islamabad na pauta prioritária da região, sendo este estado um dos mais importantes estrategicamente para os interesses chineses. De acordo com isso, será debatido o processo da constituição da economia no recém-formado Estado-nação do Paquistão, tendo como marco inicial o ano de 1965 até o fim do século XX. Assume-se que a forte centralização institucional do setor militar acabou atrasando as políticas públicas mais inclusivas e capazes de solucionar os problemas voltados, especialmente, a infraestrutura. Além disso, visa-se contextualizar o histórico das relações do Paquistão com a China, através de cooperação em nível bilateral, bem como multilateral. Por fim, objetiva-se analisar o impacto dos investimentos diretos externos chineses no desenvolvimento da economia do Paquistão no século XXI. Conclui-se com essa pesquisa: que a formação econômica do Paquistão teve desde seu início o exército como principal instituição estatal; elevados gastos em defesa e segurança tendo como principal justificativa o fator indiano e o controle de grupos insurgentes internamente; a posição de país periférico é identificada como um fator de alta dependência da política interna as condicionantes externas como, por exemplo, a intervenção norte-americana; os investimentos diretos externos chineses desde o princípio tiveram na infraestrutura seu principal eixo de parceria estratégica a “Entente-Cordiale”; a participação cada vez maior do Paquistão nas instituições ligadas ao Sul Global como, por exemplo, a OCX e o AIIB; e por fim, os investimentos diretos externos chineses auxiliaram o Paquistão a crescer e se desenvolver, pois deram suporte em setores estratégicos para este país. The purpose of this study was to analyze the effects of China's infrastructure financing in Pakistan, focusing on the economic impacts in this country, within a historical analysis of Chinese foreign direct investment from 1965 to 2018. The hypothesis points out that Chinese direct investment passed to act effectively in the Pakistani infrastructure sector, helping Pakistan grow and develop economically. As explanatory variables to be analyzed will be presented the historical formation of Pakistan, showing its institutional centrality, as well as the low government spending on infrastructure and the historical relationship between China and Pakistan. It is also understood that Chinese direct investments were able to expand Islamabad's cooperation with Beijing. From this scenario, prioritizing the Pakistani agenda of relations with China has been able to increasingly include Islamabad in the region's priority agenda, making it one of the most strategically important states for Chinese interests. Accordingly, the process of constitution of the economy in Pakistan's newly formed nation-state will be debated, starting with the year 1965 until the end of the twentieth century. It is assumed that the strong institutional centralization of the military sector has delayed more inclusive public policies capable of solving problems, especially infrastructure. In addition, this studyaims to contextualize the history of Pakistan's relations with China through bilateral as well as multilateral cooperation. Finally, the objective is to analyze the impact of Chinese foreign direct investment on the development of Pakistan's economy in the 21st century. From this research, it is concluded: that the economic formation of Pakistan had from the beginning the army as the main state institution; high defense and security spending with the Indian justification and the control of insurgent groups internally as the main justification; the position of peripheral country is identified as a factor of high dependence on domestic policy on external conditions, such as, for example, the North American intervention; Chinese direct foreign investments since the beginning had the main strategic partnership in the infrastructure “Entente-Cordiale”; the increasing participation of Pakistan in institutions linked to the Global South, such as SCO and AIIB; and finally, Chinese foreign direct investments have helped Pakistan to grow and develop, as they have supported strategic sectors for this country.

O objetivo deste estudo foi analisar os efeitos do financiamento da China em infraestrutura no Paquistão, tendo em vista os impactos econômicos neste país, dentro de uma análise histórica dos investimentos diretos externos chineses de 1965 até 2018. A hipótese aponta que os investimentos diretos chineses passaram a atuar de maneira eficaz no setor de infraestrutura paquistanês, auxiliando o Paquistão a crescer e se desenvolver economicamente. Como variáveis explicativas a serem analisadas será apresentada a formação histórica do Paquistão, mostrando sua centralidade institucional, bem como os baixos gastos do governo em infraestrutura e a histórica relação entre China-Paquistão. Entende-se, também, que os investimentos diretos chineses foram capazes de ampliar a cooperação de Islamabad com Pequim. A partir deste cenário, a priorização na agenda paquistanesa das relações com a China foi capaz de incluir, cada vez mais, Islamabad na pauta prioritária da região, sendo este estado um dos mais importantes estrategicamente para os interesses chineses. De acordo com isso, será debatido o processo da constituição da economia no recém-formado Estado-nação do Paquistão, tendo como marco inicial o ano de 1965 até o fim do século XX. Assume-se que a forte centralização institucional do setor militar acabou atrasando as políticas públicas mais inclusivas e capazes de solucionar os problemas voltados, especialmente, a infraestrutura. Além disso, visa-se contextualizar o histórico das relações do Paquistão com a China, através de cooperação em nível bilateral, bem como multilateral. Por fim, objetiva-se analisar o impacto dos investimentos diretos externos chineses no desenvolvimento da economia do Paquistão no século XXI. Conclui-se com essa pesquisa: que a formação econômica do Paquistão teve desde seu início o exército como principal instituição estatal; elevados gastos em defesa e segurança tendo como principal justificativa o fator indiano e o controle de grupos insurgentes internamente; a posição de país periférico é identificada como um fator de alta dependência da política interna as condicionantes externas como, por exemplo, a intervenção norte-americana; os investimentos diretos externos chineses desde o princípio tiveram na infraestrutura seu principal eixo de parceria estratégica a “Entente-Cordiale”; a participação cada vez maior do Paquistão nas instituições ligadas ao Sul Global como, por exemplo, a OCX e o AIIB; e por fim, os investimentos diretos externos chineses auxiliaram o Paquistão a crescer e se desenvolver, pois deram suporte em setores estratégicos para este país. The purpose of this study was to analyze the effects of China's infrastructure financing in Pakistan, focusing on the economic impacts in this country, within a historical analysis of Chinese foreign direct investment from 1965 to 2018. The hypothesis points out that Chinese direct investment passed to act effectively in the Pakistani infrastructure sector, helping Pakistan grow and develop economically. As explanatory variables to be analyzed will be presented the historical formation of Pakistan, showing its institutional centrality, as well as the low government spending on infrastructure and the historical relationship between China and Pakistan. It is also understood that Chinese direct investments were able to expand Islamabad's cooperation with Beijing. From this scenario, prioritizing the Pakistani agenda of relations with China has been able to increasingly include Islamabad in the region's priority agenda, making it one of the most strategically important states for Chinese interests. Accordingly, the process of constitution of the economy in Pakistan's newly formed nation-state will be debated, starting with the year 1965 until the end of the twentieth century. It is assumed that the strong institutional centralization of the military sector has delayed more inclusive public policies capable of solving problems, especially infrastructure. In addition, this studyaims to contextualize the history of Pakistan's relations with China through bilateral as well as multilateral cooperation. Finally, the objective is to analyze the impact of Chinese foreign direct investment on the development of Pakistan's economy in the 21st century. From this research, it is concluded: that the economic formation of Pakistan had from the beginning the army as the main state institution; high defense and security spending with the Indian justification and the control of insurgent groups internally as the main justification; the position of peripheral country is identified as a factor of high dependence on domestic policy on external conditions, such as, for example, the North American intervention; Chinese direct foreign investments since the beginning had the main strategic partnership in the infrastructure “Entente-Cordiale”; the increasing participation of Pakistan in institutions linked to the Global South, such as SCO and AIIB; and finally, Chinese foreign direct investments have helped Pakistan to grow and develop, as they have supported strategic sectors for this country.

The European Union (EU) is one of the world´s leading donors in official development assistance (ODA) to give a strong weight in the relationship with recipient partner countries, in particular with those that are more dependent on it. Besides the material weight of its funding, the EU has retained historical ties and influence in diplomatic, political and economic terms in many of its ODA recipient partner countries (particular in Sub-Saharan Africa). Since the 2000s, the EU development policy has not only undergone major structural changes in its institutional framework but also has started to face a new international aid scenario. This paper explores why a normative-based EU development policy is being challenged by reformed EU institutions and a new global order, and how the EU is attempting to respond to this context in face of the deepest recession since the end of the Second World War. Resumo A União Europeia (UE) é um dos maiores doadores mundiais de ajuda pública ao desenvolvimento (APD) a conferir um peso importante à sua relação com os países parceiros beneficiários, em particular com aqueles que são mais dependentes da ajuda concedida. Além do peso material do seu financiamento, a UE mantém laços históricos e influência diplomática, política e econômica em muitos dos países receptores de ajuda ao desenvolvimento (particularmente os da África Subsaariana). Desde os anos 2000, a política de desenvolvimento da UE não só tem sofrido grandes mudanças estruturais em seu quadro institucional, mas também começou a enfrentar um novo cenário de ajuda internacional. Este artigo explora os motivos pelos quaius a política de apoio ao desenvolvimento está sendo desafiada por instituições da própria UE, e como a organização está tentando responder a esse desafio, no contexto da mais profunda recessão econômica desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

This article analyses the evolution of Chinese political foreign policy and its strategy in approaching developing and less developed nations. In this context, the relationship between China and Latin America appears to reveal the practice of the Beijing Consensus when considering their interests: China needs natural resources and new markets for its products, and Latin America needs financial aid and loans to develop its infrastructure and provide social programmes. The absence of the US in the region and the rise of political movements denouncing the American imperialism of the Washington Consensus are all factors that contribute to the expansion of Chinese influence. All these considerations allow a discussion concerning the new role of China in developing countries as an expression of a new emerging order in which China is assuming an important role.

Dissertação de mestrado em Relações Internacionais, As sucessivas crises económicas e alteração da nova ordem mundial que vem sendo implementada desde o início do século XXI obrigaram a uma reestruturação das políticas do Estado em matéria de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento. A articulação com o setor privado e suas empresas, com poderio financeiro e cada vez mais envolvido com a responsabilização pública/social dos seus empreendimentos, tem sido apontada por vários organismos internacionais como uma estratégia para dar novo impulso a esta ferramenta de política externa. Numa análise à realidade portuguesa, a presente dissertação conclui que em Portugal, apesar de reconhecidos os benefícios desta aproximação por ambas as partes, os programas implementados neste sentido por parte do setor público respondem a imposições internacionais e ainda não se traduzem em propostas concretas a um setor privado com uma crescente consciência social e manifesta disponibilidade para colaborar com os objetivos nacionais de cooperação internacional para o desenvolvimento., The successive economic crises and changes in the new world order that have been implemented since the beginning of the 21st century have forced a restructuring of the State's policies on International Cooperation for Development. The articulation of the private sector and its companies, with financial power and increasingly involved in the public / social accountability of its enterprises, has been pointed out by several international organizations as a strategy to give new impetus to this foreign policy tool. In an analysis of the Portuguese reality, the present dissertation concludes that in Portugal, while recognizing the benefits of this approach by both parts, the programs implemented in this direction by the public sector respond to the international impositions and still not translating into concrete proposals for a national private sector with a growing social awareness and able to cooperate with the national objectives of international cooperation for development.

Do governo Cardoso ao governo Lula, a ordem internacional passou por significativas mudanças. Essas mudanças permitiram a política externa brasileira mitigar os efeitos interno da ordem estabelecida pelos outros ao mesmo tempo em que participa ativamente na formulação de uma nova ordem. Democratizar a globalização tornou-se motivação da política externa brasileira. Nesse escopo, o Presidente Lula manteve a tradição de formular e programar a política externa brasileira como política de Estado, mas também aprofundou a estratégia logística de inserção do Brasil no cenário internacional. Since Cardoso and during Lula's Administration, the international order has undergone significant changes. These changes have allowed the Brazilian foreign policy to mitigate internal effects of an order established by others and, at the same time, to become an active participant in the formulation of the new order. To democratize globalization became the mainspring of Brazilian foreign policy. In the scope, President Lula has maintained the tradition of formulating and programming foreign policy as a State policy, and also has fostered the logistic strategy of incorporation of Brazil into the international scene.

In the aftermath of the financial crisis, Asia excluding Japan, led by China, has played a major part in insulating the world economy from the more severe ramifications of the crisis. It would seem that Asia has 'come of age', decoupling from the languishing developed countries, and providing the larger share of global growth since 2009. This article examines whether this 'outperformance' can be sustained; it also discusses the challenges facing the region. Refereed/Peer-reviewed

This book argues that the current renegotiation of the postwar social contract concerning the welfare state in Europe is being accompanied by the renegotiation of a smaller-scale modern social pact between the university and the nation-state. Current transformations to the state under the pressures of globalization will not leave the university unaffected, and consequently it is useful to discuss the university and its future in the context of the state. In the new global order, against the odds, universities are striving to maintain their pivotal role in society. Their role as engines of economic growth and contributors to economic competitiveness between increasingly knowledge-driven economies is being widely acknowledged. But it is a radical reformulation of their traditional social roles. The main reasons for current transformations of the university include globalization pressures on nation-states and their public services, the end of the «Golden age» of the Keynesian welfare state, and the emergence of knowledge-based societies and knowledge-driven economies. Therefore the university can no longer be discussed solely in traditional, relatively self-contained disciplinary contexts. Here the university is seen from a variety of perspectives and through the lens of a wide range of disciplines (mainly educational sciences, political economy, sociology, political sciences, and philosophy). Contents Contents: The University in a Global Age - The University Between the State and the Market - The Idea of the University Revisited (the German Context) - The University and the Nation-State: the Impact of Global Pressures - The University and the Welfare State - Globalization, the Welfare State, and the Future of Democracy - The University and the New European Educational and Research Policies.