Auler, Mayara Monteiro, Junger, Washington Leite, Lopes, Claudia de Souza, Almeida, Andréa Sobral de, Coutinho, Evandro da Silva Freire, and Werneck, Guilherme Loureiro
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2020-07-05T16:00:50Z No. of bitstreams: 1 Dissertacao Mayara Auler.pdf: 7207992 bytes, checksum: bc4315662b9ba8571c42e14d035fe12a (MD5) Made available in DSpace on 2020-07-05T16:00:50Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertacao Mayara Auler.pdf: 7207992 bytes, checksum: bc4315662b9ba8571c42e14d035fe12a (MD5) Previous issue date: 2019-03-12 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior In recent decades there has been accelerated urbanization in major cities, especially in developing countries. This phenomenon predisposes the exposure of the population to environments with different levels of physical order. Mental health is directly related to the environment where the population lives. Common mental disorders (CMD) play an essential role in the development of the adolescents personality, and consequently their mental health in adulthood. This study aimed to estimate the effect of contextual factors related to exposure to neighborhood physical disorder (NPD) in the occurrence of CMD in adolescents. It was carried out within the framework of the Study of Cardiovascular Risk in Adolescents (ERICA), a cross-sectional, school-based study conducted between 2013 and 2014. The study population included 2506 students aged from 12 to 17 years residing in three Brazilian metropolises. The CMD was measured using the General Health Questionnaire (GHQ-12). In order to estimate NPD, neighborhood variables (presence of street lighting, paving, sidewalk, curb, street gully, afforestation, open sewage, garbage accumulated in the street and curb ramps) were obtained from the census 2010. Through principal component analyses of these variables, three components were identified: Walkability, Sanitation, and Accessibility. Individual exposures were calculated as the mean of these components for buffers with 100- and 250- meters radius around students' homes and school addresses. These measures were weighted by the time students spent in school and at home. In the analyzes, the exposure variables were categorized into quartiles. The effects were estimated by logistic regression models adjusting for sex, age, family structure, and socioeconomic status. No significant estimates were obtained for Walkability and Sanitation. Accessibility appeared consistently in the analyzes as a protective factor for CMD. These results suggest that there is an effect of exposure to NPD in CMD. However, although the literature indicates that objective measures are more appropriate to measure exposure to NPD than measures of individual perception of the neighborhood, it is possible that the census data may be inappropriately measuring NPD. Studies using satellite image classification techniques to characterize the environment could minimize the probability of exposure misclassification and allow for longitudinal follow-ups, assessing the desired effects more precisely and accurately. Nas últimas décadas tem ocorrido uma acelerada urbanização nas grandes cidades, especialmente em países em desenvolvimento. Esse fenômeno predispõe à exposição da população a ambientes com diferentes níveis de ordenação. A saúde mental está diretamente relacionada ao ambiente em que a população está inserida. Transtornos mentais comuns (TMC) desempenham um importante papel no desenvolvimento da personalidade dos adolescentes, e, consequentemente, sua saúde mental na vida adulta. Esse trabalho teve como objetivo estimar o efeito dos fatores contextuais relativos à exposição à desordem do espaço urbano na ocorrência de TMC em adolescentes, no âmbito do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), um estudo transversal, de base escolar, conduzido entre 2013 e 2014. A população de estudo foi composta de 2.506 estudantes, com idades entre 12 e 17 anos, residentes em três metrópoles brasileiras. O TMC foi aferido através do General Health Questionnaire (GHQ-12). Para estimar a desordem do espaço urbano, as variáveis de entorno dos domicílios (presença de iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio, bueiro, arborização, esgoto a céu aberto, lixo acumulado nos logradouros e rampa para cadeirantes) foram obtidas do censo brasileiro de 2010. Por meio de análise de componentes principais dessas variáveis, foram identificados três componentes: Walkability, Saneamento e Acessibilidade. As exposições individuais foram calculadas como a média desses componentes para regiões com raios de 100 e 250 metros em torno das residências dos estudantes e dos endereços das escolas. Essas medidas foram ponderadas pelo tempo que os estudantes permaneciam na escola e em casa. Nas análises, as variáveis de exposição foram categorizadas em quartis. Os efeitos foram estimados por modelos de regressão logística controlando por sexo, idade, estrutura familiar e condição socioeconômica. Não foram obtidas estimativas significativas para Walkability e Saneamento. Acessibilidade mostrou-se, de forma consistente nas análises, como fator protetor para TMC. Esses resultados sugerem de efeito da exposição à desordem do espaço urbano em TMC. Entretanto, apesar de a literatura indicar que medidas objetivas são mais apropriadas para aferir a exposição a ambientes urbanos desordenados do que medidas de percepção do indivíduo sobre a vizinhança, é possível que os dados de entorno do censo possam estar medindo a desordem do espaço urbano de forma inadequada. Estudos com técnicas de classificação por imagem de satélite para caracterização do entorno poderia minimizar a probabilidade de erros de classificação da exposição e viabilizar acompanhamentos longitudinais, aferindo os efeitos desejados de forma mais acurada e precisa.