Teratomas são tumores originários de células totipotentes e constituídos de tecidos derivados de mais de uma camada de células germinativas, e ocorrem de 1:20-40 mil nascidos vivos sendo que 3 % apenas ocorrem na região cervical. Comumente localizados na região sacrococcígea, ovários, testículos, mediastino anterior, mas são raros na região cervical. O diagnóstico pré-natal e feito pela ultrassonografia ou ressonância magnética quando da necessidade de intervenção cirúrgica ao nascimento. A intervenção extraútero durante o parto (EXIT), vem sendo utilizada em casos de tumorações cervicais gigantes para fetos com potencial de obstrução da via aérea ao nascimento, tentando a intubação oro-traqueal, fazendo também broncoscopia ou até a traqueostomia enquanto a oxigenação fetal é mantida pela circulação uteroplacentária. Além das dificuldades para se obter uma via aérea adequada na ocasião do parto, devido à grande dimensão do tumor, este pode sofrer ruptura intratumoral e hemorragia grave, podendo levar o feto à morte. O presente relato tem o objetivo de descrever o caso de um feto de 20 semanas com tumoração cervical gigante cuja imagem ultrassonográfica sugeria ser um Teratoma em toda região cervical anterior. Houve início do trabalho de parto chegando à dilatação do colo uterino de 8 cm com 27 semanas de gestação e durante o parto foi identificada grande ruptura tumoral intraútero com intensa hemorragia para a cavidade amniótica e óbito fetal.