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A contaminação por fármacos representa uma ameaça ambiental e de saúde pública. Uma das fontes de entrada desses compostos no meio ambiente é o descarte de medicamentos vencidos ou não utilizados. No entanto, é preciso entender como a população reconhece esse problema, para subsidiar ações de gestão perante esse tema. Essas formas de mitigar e/ou reduzir a entrada de fármacos no meio ambiente é uma das principais linhas de atuação da ecofarmacovigilância (EPV). Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar os hábitos ambientais do descarte de medicamentos dos internautas brasileiros, de acordo com a legislação vigente, bem como os impactos ambientais decorrentes da poluição por fármacos, durante a pandemia de COVID-19, além de avaliar a implantação do conceito EPV para evitar a entrada de fármacos no meio ambiente. Foi desenvolvido um questionário online na plataforma Google Forms com 26 questões, divulgado durante seis meses em redes sociais, sites e e-mails. O método de amostragem utilizado foi o de conveniência. Os resultados indicaram a predominância de consumo de classes terapêuticas associadas ao tratamento da COVID-19. Além disso, observou-se que a maioria dos participantes descartava medicamentos de uso humano (62%) e veterinário (33,6%) no lixo comum. Além disso, constatou-se que existe uma preocupação do entrevistado sobre a influência dessas substâncias na contaminação da água e do solo, na saúde humana e animal associada a doenças. Divulgar a legislação brasileira vigente e melhorar a eficácia dos programas de logística reversa, bem como conscientizar a sociedade sobre os impactos ambientais associados aos fármacos, pode auxiliar na mitigação dessa problemática ambiental.