A gestação, de forma geral, é um evento importante na vida de uma mulher e provoca mudanças físicas, fisiológicas e emocionais, constituindo uma experiência repleta de sentimentos intensos. Por gravidez tardia, entende-se aquelas gestações que ocorrem na faixa etária de 35 anos ou mais. A ocorrência desse tipo de gravidez vem aumentando no Brasil e no mundo, fatores como maior acesso aos recursos de controle da natalidade e a busca da estabilidade financeira tem explicado o adiamento da gestação. Processos importantes como a resiliência e o apoio social podem auxiliar, as gestantes tardias, de forma benéfica na adaptação ao processo gestacional. A resiliência caracteriza-se pela capacidade de um determinado sujeito ou grupo passar por uma situação adversa, conseguir superá-la e sair fortalecido, transformando-a em estímulos para o seu desenvolvimento biopsicossocial. O apoio social é um processo dinâmico e complexo que envolve transações entre indivíduos e as suas redes sociais, satisfazendo as necessidades sociais, promovendo e completando os recursos pessoais que possuem para enfrentarem novas exigências. No intuito de levantar informações sobre esses construtos em gestantes tardias do município de Natal-RN, que se justifica a importância dessa pesquisa, cujo objetivo geral foi avaliar os indicadores de resiliência e o apoio social em gestantes tardias do município de Natal (RN). Pesquisa descritiva e correlacional de corte transversal que foi realizada com 150 gestantes tardias. Os instrumentos utilizados foram: um Questionário estruturado com informações sociodemográficas e gestacionais, a Escala de Resiliência e a Escala de Apoio Social. Para analisar os dados foi utilizado um software de planilhamento eletrônico (Excel e SPSS 21.0) que auxiliou na realização de estatísticas descritivas e inferenciais conforme a tipologia das variáveis e os objetivos do estudo. Para as variáveis nominais utilizou-se frequências relativas e para as contínuas correlações de Pearson e coeficiente de determinação, visto que a amostra teve uma distribuição normal. O projeto cumpriu os aspectos éticos prescritos pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, tendo obtido parecer favorável (356.436/ 2013) do Comitê de Ética em Pesquisa da UFRN. A maioria das gestantes apresentaram baixa renda e escolaridade, natural do Rio Grande do Norte, tinham em média 37,49 (±2,577) anos de idade, eram católicas, viviam em união estável, trabalhadoras do lar (“donas de casa”), multigestas e estavam no terceiro trimestre gestacional; além de baixo histórico de aborto, de não planejarem a gravidez, com média de 4,22 (±2,506) consultas pré-natais, de residirem em média com 3,673 (±1,397) pessoas, terem feito uso de algum tipo anticoncepcional e de possuírem indicadores elevados de resiliência e apoio social. As correlações mantidas entre a resiliência, o apoio social e algumas das variáveis sociodemográficas e gestacionais foram consideradas baixas. Tais dados sinalizam que o fato da maior parte dessas grávidas se encontrarem num relacionamento estável, não terem tido histórico de aborto, fazerem parte de alguma religião, não serem mães primigestas, possuírem uma média de idade suficiente para serem consideradas mães experientes e ainda terem apresentado escores elevados na escala de apoio social, possivelmente, sejam os fatores que mais tenham contribuído no desenvolvimento e na construção da resiliência nessas gestantes de 35 anos ou mais. Espera-se que as informações oriundas dessa pesquisa possam incrementar conhecimentos, ações e melhorias na qualidade da assistência à saúde das gestantes tardias e para uma maior compreensão do fenômeno da gravidez em geral. The gestation process, in general, is a very important event on a woman’s life and it brings phisical, phisiological and emotional changes, which by itself is an experience full of intense feelings. By late-aged pregnancy we mean those which occurs at the age of 35 or further. The occurance of this type of pregnancy is rising in Brasil and throughout the world, factors such as, better access to birth control resources and the search for financial stability explains the pregnancy delay. Important processes like resilience and social support can help late-aged pregnant women, in a benefical way, to adapt to the gestation process. Resilience is the capacity that a certain individual or group of individuals have to go through an adverse situation, be able to overcome it and become streghtened, transforming it in motivation for its biopsichosocial development. Social support is a complex and dinamic process that involves transactions between individuals and their social networks, meeting the social needs, promoting and complementing the personal resources that they have to face new demands. This research has the intention of raising information about the issues of late-aged pregnant women in the County of Natal- RN, the main objective was to evaluate the resilience indicators and the social support on late-aged pregnant women in the Natal-RN County. A transversal cut, correlational and descriptive research that was done with 150 lateaged pregnant women. The tools that were used were: A form with sociodemographic and gestation info, the scale of resilience and social support. An eletronic spreadsheet sofware (Excel e SPSS 21.0) was used to analize data which helped on the statistics according to its variables and the objective of this work. For the nominal variables, relative frequencies were used and for continuous the Pearson correlation and determination coefficient were used, regarding that; the sample had a normal distribution. The project fulfilled the ethnic aspects prescribed by Resolution 466/12 of the National Health Council, with a favorable decision (356.436/ 2013) of the UFRN Ethics on Research Committee. Most of the pregnant women had a low money income and education level, born in the state of Rio Grande do Norte they had an average age of 37,49 (±2,577), catholic, married, house wives, they had more than one child and were on their third trimester of pregnancy; they also had a low past abortion rate, not having planned their pregnancy, with an average of 4,22 (±2,506) pre-natal appointments, residing with an average of 3,673 (±1,397) people, having used any sort of birth control device and having high indicators of resilience and social support. The correlations kept between resilience, social support and some of the social demographics and gestation variables were considered low. Such data points out the fact that most of these women were in a stable relationship; they hadn’t had a past of abortion, they were involved with some kind of religion, they were not first pregnancy mothers, had an age on which they are not considered inexperienced mothers and even had scored high on the social support scale, these may all possibly be the most contributing factors on development and resilience building on these 35 years or more mothers. We expect that the data and information from this research may add up knowledge, actions and improvements regarding late-aged pregnant women and the pregnancy phenomena in general.