RESUMOInvestimentos, sustentabilidade e tecnologia são os principais aspectos apontados pelos Destinos Turísticos Inteligentes [DTI] para se tornarem competitivos. No entanto, não levam em consideração os vínculos de hospitalidade entre os indivíduos/grupos em seus espaços, bem como não tratam de assuntos relacionados às relações interpessoais. Adicionado a esse cenário, a observação da hospitalidade pelos gestores, públicos ou privados, se tornou ainda mais prejudicada com a necessidade do isolamento social decorrente da contaminação mundial pelo Coronavírus. Nesse sentido, o presente trabalho utilizou como objeto de análise os dados relativos ao impacto da pandemia disponibilizados sobre o munícipio de São Paulo e objetivou verificar através de análise de conteúdo, como às medidas de distanciamento social, independentemente de sua intensidade, modificaram e, possivelmente continuarão modificando, a perspectiva de como as características da hospitalidade se manifestam diante desta nova realidade.PALAVRAS-CHAVEHospitalidade; Turismo; Destinos Turísticos Inteligentes; Covid-19; São Paulo, SP, Brasil. ABSTRACTInvestments, sustainability and technology are the main aspects pointed out by Smart Tourist Destinations [DTI] to become competitive. However, they do not take into account the hospitality bonds between individuals / groups in their spaces, nor do they address issues related to interpersonal relationships. Added to this scenario, the observation of hospitality by managers, public or private, has become even more affected by the need for social isolation due to the worldwide contamination of the Coronavirus. In this sense, the present work used as object of analysis the data related to the impact of the pandemic available on the municipality of São Paulo and aimed to verify through content analysis, as well as measures of social distance, regardless of its intensity, modified and, possibly will continue to modify, the perspective of how the characteristics of hospitality are manifested in the face of this new reality. (Tradução: Paulo César Gonçalves de Oliveira).KEYWORDSHospitality; Tourism; Smart Tourist Destinations; Covid-19; São Paulo, SP, Brazil. AUTORIAAlex Mauricio Mazo – Doutor. Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo, Avaré, SP, Brasil. https://orcid.org/0000-0002-6472-7925 E-mail: alexmazo@ifsp.edu.brPaulo Sérgio Gonçalves de Oliveira – Doutor. Professor e pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Hospitalidade e do Mestrado Profissional de Gestão de Alimentos e Bebidas, Universidade Anhembi Morumbi., São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9122-4904 E-mail: psoliveira@anhembi.brElizabeth Kyoko Wada - Doutora. Professora e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Hospitalidade, Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7016-7365; E-mail: elwada@anhembi.br REFERÊNCIASBaptista, I. (2008). Hospitalidade e eleição intersubjectiva: sobre o espírito que guarda os lugares. Revista Hospitalidade, 5(2), 5-14. LinkBardin, L. (1977). L’Analyse de contenu. França: Presses Universitaires de France.Bell, D. (2007). The hospitable city: social relations in commercial spaces. Progress in Human Geography, 31(1), 7-22. LinkBinet-Montandon, C. (2011). A acolhida. In: A. Montandon (Org.). O Livro da Hospitalidade: a acolhida do estrangeiro na história e nas culturas. São Paulo: Senac.Bianchini, D. 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