Durant la dernière décennie, peu d’études se sont penchées sur l’utilisation que font les journalistes politiques d’Internet et des réseaux socionumériques, particulièrement à l’extérieur des États-Unis et du contexte spécifique des campagnes électorales. Traditionnellement, un pan de la littérature en communication conçoit l’actualité politique comme une construction, négociée principalement entre les journalistes et les autorités politiques. Or, les sources d’information des journalistes tendent à se diversifier ; Internet fournit désormais aux acteurs politiques, médiatiques et citoyens l’occasion d’interagir et de négocier la construction de l’actualité publiquement, en temps réel. En ce sens, cet article explore comment les journalistes politiques québécois utilisent Internet, et plus spécifiquement Twitter, dans leurs pratiques et leurs discours professionnels, à partir d’une analyse de contenu quantitative et qualitative des messages diffusés par la presse parlementaire durant une période de deux semaines. D’une part, nos analyses montrent la persistance de pratiques caractéristiques des médias de masse et l’émergence de nouvelles façons de faire. Généralement, les journalistes parlementaires dialoguent peu et sont enclins à conserver leur rôle de gardien de l’information (gatekeeper) sur Twitter, diffusant principalement leur propre travail ou celui d’autres journalistes. De plus, les sources politiques officielles continuent à occuper une place prépondérante dans leur couverture. Cependant, le rapport des journalistes parlementaires au temps se transforme. Une partie très importante de leur production consiste à communiquer instantanément de l’information fragmentaire sur un événement politique, laissant peu d’espace et de temps à la vérification de l’information. D’autre part, nos données révèlent une diversité dans les usages de Twitter chez les journalistes parlementaires étudiés. Des journalistes se distinguent de leurs collègues en dialoguant avec une diversité d’usagers et en faisant preuve de transparence vis-à-vis de leurs publics. Cette diversité suggère que le journalisme politique québécois se situe dans une phase de transition par rapport aux nouvelles possibilités qu’offrent les réseaux socionumériques. Over the last decade, few studies have examined how of the Internet and social media are used by political journalists, particularly in non-US contexts and outside of election campaigns. Traditionally, past research has depicted political news as a construct negotiated primarily between journalists and political officials. However, journalistic sources have been diversifying: the Internet now provides political actors, media and citizens with the opportunity to interact and negotiate publicly and in real time the construction of political news. Using both quantitative and qualitative content analyses of tweets broadcasted by the parliamentary press over a period of two weeks, this article investigates how Quebec political journalists use social media, specifically Twitter, in their daily routines and their professional discourse. First, our analysis reveals both the prevalence of routines characteristic of mass media as well as the emergence of new journalistic practices. The data show that parliamentary reporters engage in limited interaction with their publics and are likely to upkeep their role as information gatekeepers on Twitter, using microblogging mainly to broadcast their own production or that of other journalists. Moreover, their coverage still refers prominently to official political sources. However, the data also indicate that parliamentary journalists’ relation to time is changing. A very important part of their daily routine is now dedicated to instantaneous communication of fragmentary information of political events on Twitter, leaving little space and time to verify the information. Second, the data reveal a diversity of Twitter uses among the studied parliamentary reporters. Some do set themselves apart from their colleagues by maintaining an ongoing dialogue with a variety of Twitter users or by demonstrating transparency in their reporting on the platform. This diversity suggests that political journalism in Quebec is in a transitional hybrid phase with respect to the opportunities offered by reporting news on social media. Na última década, poucos estudos se debruçaram sobre a utilização que osjornalistas políticos fazem da internet e das redes sociodigitais, sobretudo fora dos Estados Unidos e do contexto específico das campanhas eleitorais. Tradicionalmente, uma parcela da literatura em comunicação concebe o noticiário político como uma construção, negociada principalmente entre os jornalistas e as autoridades políticas. Ora, as fontes jornalísticas tendem a se diversificar na medida em que a internet proporciona aos atores políticos, midiáticos e cidadãos a oportunidade de interagir e de negociar, em tempo real, a construção do noticiário político. Nesse sentido, este artigo explica como os jornalistas políticos da província canadense do Quebec utilizam a internet, e de forma mais específica o Twitter, em suas práticas e discursos profissionais. Pata isso, foi feita uma análise quantitativa e qualitativa do conteúdo das mensagens difundidas pela imprensa parlamentar num período de duas semanas. Por um lado, nossas análises mostram a persistência de práticas características da mídia de massa e a emergência de novos formas de fazer. Geralmente, os jornalistas parlamentares dialogam pouco e são propensos a conservar o seu papel de gatekeeper no Twitter, difundido principalmente o seu próprio trabalho ou o de outros jornalistas. Além disso, as fontes políticas oficiais continuam a ocupar um lugar preponderante na cobertura. Contudo, a relação entre os jornalistas parlamentares e o tempo se transforma. Uma parte importante da produção deles consiste em comunicar instantaneamente uma informação fragmentada sobre um evento político, deixando pouco tempo e espaço para a verificação da informação. Por outro lado, nossos dados revelam uma diversificação dos usos do Twitter pelos jornalistas parlamentares analisados. Eles se distinguem de seus colegas pelo fato de dialogarem com uma maior diversidade de usuários, demonstrando mais transparência na relação com os públicos. Essa diversidade sugere que o jornalismo político no Quebec está numa fase de transição no que se refere às novas possibilidades oferecidas pelas redes sociodigitais.