The Itata River Valley, the cradle of vitiviniculture in Chile, which hegemony has been kept for many years by monoculture forestry plantations, and its peasant wines made from traditional strains have been undervalued by modern viticulture. In the last decade, however, it has been undergoing a difficult rebirth, hand in hand with traditional and new peasant associations and young new vintners. This document explores the set of biocultural and socioterritorial commons that have been created and safeguarded by peasant communities that allow this vitivinicultural sector reexistence. It is an extended common: a socio-natural network in which human and non-human actors participate -the grapes, the climate, the peasants, the sun, the earth, the bacteria, and finally a way of life and historicity- that altogether create a terroir that is lived and recreated as heritage. This common has been preserved and expanded by peasant ways of life, in the face of strongly homogenizing modern and industrial practices. It has recently been «rediscovered» and revalued, both by its own produces and by consumer markets. However, new actors appear –especially the large wine industry– which, acting as clandestine passengers or «free riders», want to take advantage of this common without being part of the socio-natural network that has preserved, protected, and politically managed its revaluation. Thus, the tragedies and enclosures that affect this community were analyzed, as well as the processes of care and governance. The latter would allow sustaining of a new production cycle around wine, which represents an alternative and more sustainable form of social production in the territory. Thus, it was explored in the institutional mechanisms, local and regional protocols, capable of protecting this common against the appropriation that, like new «original accumulations», makes industrial winemaking, La vallée du fleuve Itata, où la viticulture est née au Chili, a été dominée pendant de nombreuses années par des plantations forestières de monoculture, et ses cépages traditionnels n´ont pas été appréciés par la viticulture moderne. Cependant, au cours de la dernière décennie, elle a connu une renaissance difficile, avec l´aide d´associations paysannes traditionnelles et nouvelles et de nouveaux jeunes vignerons. Cet article explore l'ensemble des points communs bioculturels et socio-territoriaux qui ont été créés et sauvegardés par les communautés paysannes et qui permettent cette ré-existence viticole. Il s'agit d'un bien commun étendu : un réseau socio-naturel auquel participent des acteurs humains et non humains -la souche, le climat, les paysans, le soleil, la terre, les bactéries, enfin un mode de vie et une historicitéqui dans son ensemble créent un terroir qui se vit et se recrée comme un patrimoine. Ce bien commun a été préservé et élargi par les modes de vie paysans, face à des pratiques modernes et industrielles fortement homogénéisantes. Il a récemment été « redécouvert » et réévalué à la fois par ses propres fans et par les marchés de consommation. Cependant, de nouveaux acteurs apparaissent - notamment la grande industrie viticole - qui, agissant en tant que passagers clandestins ou « free riders », veulent profiter de ce bien commun sans faire partie du réseau socio-naturel qui l'a préservé, protégé et fait de la gestion politique pour sa revalorisation. Ainsi, les tragédies et les obstacles qui affectent cette communauté sont analysées, ainsi que les processus de prise en charge et de gouvernance de celle-ci. Cette dernière permettrait de soutenir un nouveau cycle de production autour du vin, qui représente une forme alternative et plus durable de production sociale du territoire. Les mécanismes institutionnels, les protocoles locaux et régionaux, capables de protéger ce bien commun contre l'appropriation par la viticulture industrielle, comme de n, O Vale do Rio Itata, onde nasceu a viticultura no Chile, foi menosprezado, por muitos anos, em meio à expansão das plantações de monocultivos florestais. Nesse contexto, os vinhos camponeses, feitos de cepas tradicionais, foram inferiorizados pela viticultura moderna. A última década, no entanto, coincide com a emergência de um difícil processo de renascimento, assim como a aparição de novas associações jovens associações camponesas e revitalização de tradicionais organizações vitícolas pré-existentes. Este documento explora o conjunto de bens comuns bioculturais e socioterritoriais que foram criados e salvaguardados pelas comunidades camponesas, os quais permitem este ressurgimento. Trata-se de um conjunto de fatores, que inclui uma rede socionatural da qual participam atores humanos e não humanos -a estirpe, o clima, os camponeses, o sol, a terra, as bactérias, enfim, um modo de vida e uma historicidade- que, em sua forma ampliada, criam um terroir que é vivido e recriado como património. Esse conjunto vem sendo preservado e ampliado pelos modos de vida camponeses, os quais contrastam com as atuais práticas modernas e industriais fortemente homogeneizadoras. Recentemente, foi "redescoberto" e reavaliado tanto por seus próprios aficionados quanto pelos mercados consumidores. No entanto, surgem novos atores - especialmente a grande indústria vinícola - que, atuando como passageiros clandestinos ou "free riders" - querem explorar esse atributo, mesmo sem fazer parte dessa rede socionatural que preservou, protegeu e fez a gestão política que ensejou a revalorização. Assim, são analisadas as tragédias e constrangimentos que acometem essa comunidade, bem como os processos de cuidado que afetam a sua dinâmica. É a partir desses atributos que seria possível impulsionar um novo ciclo de produção em torno do vinho, que representa uma forma alternativa e mais sustentável de produção social no território. É por meio dos mecanismos institucionais, protocolos locais e regionais, El valle del río Itata, que vio nacer la vitivinicultura en Chile, ha sido por largos años hegemonizado por plantaciones de monocultivo forestales y sus vinos campesinos de cepas tradicionales han sido inferiorizados por la vitivinicultura moderna. Sin embargo, en la última década está viviendo un dificultoso renacer, de la mano de asociaciones campesinas tradicionales y nuevas y de jóvenes nuevos viñateros. Este documento explora en el conjunto de comunes bioculturales y socioterritoriales que han sido creados y salvaguardados por comunidades campesinas y que permiten esta reexistencia vitivinícola. Se trata de un común ampliado: una red socionatural en la que participan actores humanos y no humanos -la cepa, el clima, los campesinos, el sol, la tierra, las bacterias, finalmente un modo de vida y una historicidad- , que en su conjunto van creando un terroir que se vive y recrea como patrimonio. Este común ha sido preservado y ampliado por las formas de vida campesinas, frente a prácticas modernas e industriales fuertemente homogeneizadoras. Recientemente ha sido «redescubierto» y revalorizado tanto por sus propios cultores como por los mercados de consumo. Aparecen sin embargo nuevos actores -especialmente la gran industria vitivinícola- que, actuando como pasajeros clandestinos o «free riders», quieren aprovechar este común sin ser parte de la red socionatural que ha preservado, resguardado y hecho la gestión política para su revalorización. Se analizan así las tragedias y cercamientos que afectan este común, como también los procesos de cuidados y gobernanza del mismo. Estos últimos permitirían sustentar un nuevo ciclo productivo en torno al vino, que representa una forma alternativa y más sustentable de producción social del territorio. Se explora así en los mecanismos institucionales, protocolos locales y regionales, capaces de proteger este común frente a la apropiación que, cual nuevas «acumulaciones originarias», hace la vinicultura industrial.