Search

Este artigo tece considerações acerca das atividades desenvolvidas no âmbito da execução de um plano de controle e monitoramento de processos erosivos em parques eólicos localizados no agreste potiguar e no litoral cearense. O objetivo primordial vincula-se a execução de operações que visem excluir e/ou mitigar ações causadas pela atuação negativa promovida pelos processos erosivos no interior dos parques eólicos e, recuperar o equilíbrio ambiental que tenha sido comprometido. A metodologia de campo utiliza-se, baseia-se fundamentalmente em vistorias de campo com intuito de registrar os processos erosivos e, proceder a observância de técnicas que promovam a prevenção e/ou correção dos processos erosivos como instrumento de preservação e conservação ambiental. Nas atividades executadas observa-se que as obras civis relacionadas a implantação de parques eólicos devem observar atentamente a premissas ambientais com vistas a atenuar os impactos ambientais decorrentes das atividades de implantação dos parques eólicos para que o mínimo de impactos ambientais venham a ser gerados.

Esse estudo objetivou analisar a variação da extensão superficial do sistema lacustre do município de Nísia Floresta, litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, utilizando imagens do satélite LANDSAT 5 - TM, dos anos 2000 e 2010. O referencial teórico do estudo baseou-se no conhecimento da literatura sobre os sistemas aquáticos interiores a partir de três visões científicas: a Limnologia, a Geografia e o sensoriamento remoto. Como metodologia para analisar a área, foram utilizadas técnicas de processamento digital de imagens, destacando os procedimentos de correção geométrica, correção atmosférica, Realce Radiométrico, Composição Colorida e classificação de imagens. Com base nos produtos gerados pelo processamento das imagens das datas de 26/09/2000 e 06/09/2010 chegou-se ao mapeamento dos espelhos d’águas para os respectivos anos, demonstrando que para o ano inicial de 2000 foi possível detectar uma área de 2.022,5ha, ou 13,4% das lagoas do município; e para o último ano de 2010 conseguiu-se detectar uma área de 1.476,6ha, correspondendo a 9,8% das lagoas. A diferença de 545,9ha foi corroborada pela variação dos índices pluviométricos municipais dos anos 2000 e 2010 que são de 2034,0 mm e 910,6mm, respectivamente. Dentro do escopo, observou-se que existem lagoas que sofrem uma maior influência do regime pluviométrico, apresentando variações hídricas consideráveis chegando a secar parcialmente, ou totalmente em alguns casos, principalmente as localizadas próximas à região litorânea do município onde ocorre uma maior ocupação humana.