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Introdução: A pandemia de COVID-19, resultou em milhões de casos e milhares de mortes até janeiro de 2024, afetando muitos profissionais de saúde. A escassez de respiradores N95/PFF2, exigiu estratégias de reutilização e descontaminação recomendadas pelo NIOSH e CDC. A gestão econômica dos sistemas de saúde tornou-se crucial, requerendo avaliações econômicas para orientar investimentos e políticas de saúde, visando uma alocação de recursos mais eficiente e transparente. Objetivo: Analisar e avaliar o custo entre descontaminar máscaras N95/PFF2 com peróxido de hidrogênio versus comprar novas máscaras N95/PFF2 de uso único. Método: O estudo analítico, retrospectivo, realizado em junho de 2023 avaliou os custos econômicos da descontaminação de máscaras N95/PFF2 por autoclave com peróxido de hidrogênio em comparação com a aquisição de novas máscaras durante o mesmo período. Considerando custos diretos e indiretos, além do descarte de resíduos, o estudo adotou metodologias de macrocusteio. Realizado em um hospital público em São Paulo, Brasil, o estudo determinou a viabilidade de até seis ciclos de descontaminação por máscara, com um descarte necessário após sete utilizações. Os custos foram calculados com base na modelagem do atendimento a pacientes com COVID-19, incluindo custos de insumos, recursos humanos e resíduo gerado. Resultados: Durante o período de abril de 2020 a março de 2023, foram realizados cerca de 991 exames para investigar o Sars-Cov-2, com 315 pacientes positivos para o vírus, resultando em 3.970 dias de internação. Uma equipe composta por 17 profissionais diariamente foi necessária para atender os pacientes, totalizando um consumo estimado de 67.490 máscaras N95/PFF2, com um custo de R$ 236.215,00. Contudo, ao adotar o método de reprocessamento por peróxido de hidrogênio, o custo total foi reduzido para aproximadamente R$ 94.945,71, resultando numa economia de 60% em comparação com a aquisição de novas máscaras e quanto ao resíduo infectante gerado foi reduzido em aproximadamente 81,4%. Conclusão: A descontaminação de máscaras N95/PFF2 por peróxido de hidrogênio, não apresentou custos superiores à aquisição de novas unidades, oferece vantagens ambientais e de segurança. Esses resultados podem orientar estratégias de otimização de EPI na saúde, especialmente em cenários de escassez de recursos.

Introdução: O acidente ocupacional com material perfurocortante é um problema grave devido ao risco de exposição dos profissionais da área da saúde (PAS) à patógenos como HIV, vírus da hepatite B e C, entre outros. A implantação de medidas de prevenção à estas exposições é de extrema importância e envolve a implementação de um programa de prevenção de acidentes efetivo que inclui várias ações, entre elas a implantação de perfurocortantes com dispositivo de segurança que pode promover redução significativa de acidentes, como já verificado na instituição estudada, com diminuição de 91,48% (p = 0,001) das exposições percutâneas após a implantação de lancetas com retração automática da agulha para realização de glicemia capilar entre os anos de 2009 à 2011. Objetivo: Avaliar o impacto da implementação de materiais perfurocortantes com dispositivos de segurança, na redução de acidentes ocupacionais entre PAS. Método: Trata-se de um estudo antes e depois que analisou as notificações de acidente ocupacional com material biológico de um hospital de ensino de São Paulo, no primeiro semestre de 2019 (previamente a implantação de cateteres agulhados e cateteres sobre agulha com dispositivos de segurança) e no primeiro semestre de 2020 (pós implantação dos cateteres citados), de acordo com Plano de Prevenção de Acidente com Material Perfurocortante da instituição. Foi realizada uma análise descritiva dos casos, aplicou-se o Teste de t de Student e foi atribuído como nível de significância p < 0,05. Resultados: Na fase pré-implantação foram notificados 116 acidentes ocupacionais e na fase pós implantação foram 72 acidentes, evidenciando uma redução significativa de 62,1% (p = 0,02). Em relação aos procedimentos invasivos relacionados ao acidente, houve uma redução de 47,8 % dos acidentes ocorridos durante punção venosa/arterial para coleta de sangue (23 acidentes em 2019 e 11 em 2020). A diminuição também pôde ser verificada quando avaliamos acidentes ocasionados por agulha com lumen no período estudado, 87 em 2019 e 44 em 2020, queda de 50,6%. Conclusão: Foi possível identificar que houve impacto positivo após a implementação de dispositivos de segurança como medida preventiva de acidentes com materiais perfurocortantes, porém outras estratégias devem ser associadas para promover um ambiente mais seguro aos profissionais.