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Resumo As infecções que causam cervicite são um dos temas que compõem o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis, publicado pelo Ministério da Saúde do Brasil em 2020. Tal documento foi elaborado com base em evidências científicas e validado em discussões com especialistas. Este artigo apresenta aspectos epidemiológicos e clínicos das infecções que causam cervicite, bem como recomendações sobre a triagem, diagnóstico e tratamento das pessoas acometidas e suas parcerias sexuais. Além disso, discutem-se estratégias para as ações de vigilância, prevenção e controle desses agravos para os profissionais de saúde e gestores envolvidos no manejo programático e operacional das infecções sexualmente transmissíveis. A ampliação do acesso aos testes para diagnóstico e o tratamento precoce são cruciais para o controle da disseminação dos patógenos causadores de cervicite. Abstract Infections that cause cervicitis are a topic presented in the “Clinical Protocol and Therapeutic Guidelines for Comprehensive Care for People with Sexually Transmitted Infections”, published by the Brazilian Ministry of Health in 2020. The document was developed based on scientific evidence and validated in discussions with experts. This article presents epidemiological and clinical aspects of infections that cause cervicitis, as well as recommendations on screening, diagnosis and treatment of affected people and their sexual partnerships. In addition, it discusses strategies for surveillance, prevention and control of these infections for health professionals and health service managers involved in the programmatic and operational management of sexually transmitted infections. Expanding access to diagnostic tests and early treatment are crucial for controlling the spread of pathogens that cause cevicitis. Resumen Las infecciones que causan cervicitis son uno de los temas que integran el Protocolo Clínico y Directrices Terapéuticas para la Atención Integral a las Personas con Infecciones de Transmisión Sexual, publicado por el Ministerio de Salud de Brasil en 2020. El documento fue desarrollado en base a evidencia científica y validado en discusiones con expertos. Este artículo presenta aspectos epidemiológicos y clínicos de las infecciones que causan cervicitis, así como recomendaciones sobre el cribado, diagnóstico y tratamiento de las personas afectadas y sus parejas sexuales. Además, se discuten estrategias de vigilancia, prevención y control de estas enfermedades para los profesionales y gestores de salud involucrados en el manejo programático y operativo de las infecciones de transmisión sexual. Ampliar el acceso a las pruebas de diagnóstico y a un tratamiento precoz es crucial para controlar la propagación de los agentes patógenos que causan cervicitis.

Introdução: A Organização Mundial da Saúde1 estima cerca de 127 milhões de novos casos anuais de Chlamydia trachomatis e 87 milhões de Neisseria gonohrroeae, no mundo, para população sexualmente ativa, que podem ocorrer assintomáticamente, aumentando o risco de adquirir/transmitir o vírus da imunodeficiência humana. Estudo americano2 mostra que, entre assintomáticos, houve 4,5% de positividade em mulheres e 5,3%, de homens. A Rede Municipal Especializada em infecções sexualmente transmissíveis/aids realiza 60 mil diagnósticos anuais de vírus da imunodeficiência humana, sendo 70% homens e, desses, 50% homens que fazem sexo com Homens ou transexuais. Objetivo: Estudar a prevalência de Chlamydia trachomatis/Neisseria gonohrroeae na população atendida Centro de Testagem e Aconselhamento e serviço de assistência especializada no município de São Paulo. Métodos: Estudo de corte transversal, com amostra não probabilística da população de homens que fazem sexo com homens e mulheres transgênero maiores de 18 anos em uso de profilaxia pré-exposição ao vírus da imunodeficiência humana entre fevereiro/2020 e fevereiro/2021. Os voluntários responderam questionário sobre práticas sexuais, uso de drogas, antecedentes de infecções sexualmente transmissíveis e colheram amostras de urina, swab anal e orofaringe (Kit Abbott RealTime Chlamydia trachomatis/Neisseria gonohrroeae). Resultados: Verificou-se a prevalência, segundo relato de infecções sexualmente transmissíveis prévia: Com infecções sexualmente transmissíveis: Clamídia-urina: 5,6% (3/54), orofaringe: 5,8% (3/52), anal: 16,0% (8/50), Gonorreia-urina: 1,9% (1/54), orofaringe: 5,8% (3/52), anal: 16,0% (8/50). Sem infecções sexualmente transmissíveis: Clamídia-urina: 3,7% (15/410), orofaringe: 3,6% (14/390), anal: 12,2% (46/378), Gonorreia-urina: 0,5% (2/410), orofaringe: 11,0% (43/390), anal: 7,7% (29/377). Situação de infecções sexualmente transmissíveis ignorada: Clamídia-urina: 6,5% (3/46), orofaringe: 4,8% (2/42), anal: 12,2% (5/41), Gonorreia-urina: 4,3% (2/46), orofaringe: 14,3% (6/42), anal: 9,8% (4/41). A maioria dos voluntários relatou não ter tido infecções sexualmente transmissíveis ou desconhecer essa situação. As maiores prevalências foram de Chlamydia trachomatis na região anal, seguida pela Neisseria gonohrroeae na região da orofaringe, ambas de forma assintomática, favorecendo sua disseminação. Conclusão: Embora a prevalência entre os que relataram infecções sexualmente transmissíveis prévia tenha sido relativamente maior, a alta prevalência entre os assintomáticos reforça a importância do diagnóstico precoce, principalmente após situações de exposição em populações de maior vulnerabilidade, o que motivou a ampliação do estudo em 2021 para toda a Rede Municipal Especializada, a benefício da saúde pública.

Resumo: As reuniões gerenciais, reuniões técnicas, capacitações e atualizações profissionais sempre foram frequentes na Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis/ Aids da cidade de São Paulo, mas de forma presencial. Porém, em razão da pandemia de COVID-19, houve a necessidade de fazermos adequações para que as capacitações pudessem ser realizadas, pois houve a necessidade de atendermos as orientações de distanciamento social. Dessa forma, começamos as reuniões, atualizações e capacitações virtuais em vírus da imunodeficiência humana/sífilis/hepatites e, consequentemente, atingimos expressivo número de profissionais de saúde. O Projeto ECHO tem seu foco em discussão de casos clínicos complexos e teve início em São Paulo em 2017, porém, por conta da pandemia de COVID-19, foi autorizado que realizássemos capacitações e reuniões nos temas de infecções sexualmente transmissíveis/vírus da imunodeficiência humana e aids. É desenvolvido por meio da plataforma Zoom Pro, única plataforma possível de desenvolver o Projeto ECHO. Cada sala de reuniões é possível recebermos até 1.500 participantes. Ao longo do ano de 2020 foram realizadas 2 teleclínicas de testes rápidos para vírus da imunodeficiência humana/ sífilis/hepatites, com 283 pontos conectados, 6 teleclínicas com 1.115 pontos conectados, 25 teleclínicas de profilaxia pós-exposição e profilaxia pré-exposição com 691 pontos conectados, 34 reuniões com gerentes da Rede Municipal Especializada com 3.036 pontos conectados, 49 capacitações virtuais com 9.415 pontos conectados, ou seja, foram 116 eventos com 14.540 pontos conectados no total, e em cada ponto temos no mínimo 1 participante. Vale ressaltar que o custo para desenvolvimento das capacitações é praticamente zero. Com os números apresentados, referentes às participações dos profissionais de saúde, nesses eventos virtuais em 2020, fica evidente como foi importante a aceleração digital que a pandemia de COVID-19 proporcionou. Com isso, as capacitações e atualizações virtuais tornaram- -se parte importante dos processos de trabalho. Por fim, a metodologia de se comunicar a distância, em tempo real, mostrou-se muito eficaz, importante e fundamental que se torne parte do processo de trabalho definitivo.

Introdução: Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis são as infecções sexualmente transmissíveis bacterianas mais prevalentes no mundo. Uretrites apresentam-se com corrimento de características variáveis e, quando não tratadas, podem gerar morbidades. Sua incidência está aumentando em todo o mundo. Os principais fatores de risco são: jovens, uso irregular de preservativos, múltiplas parcerias sexuais, antecedente de infecções sexualmente transmissíveis e baixo nível socioeconômico. Objetivo: Identificar os agentes etiológicos das uretrites em homens com corrimento. Métodos: Estudo de corte transversal em homens com corrimento uretral, maiores de 18 anos, entre outubro de 2018 e julho de 2020. Colhidos 20 ml de urina do primeiro jato para reação em cadeia da polimerase de Neisseria gonorrhoeae/Chlamydia trachomatis. Foram consideradas variáveis dependentes gonorreia e clamídia, e aplicou-se também um questionário estruturado. Foi utilizado programa estatístico STATA 10.0 para a análise de dados e associações. Aprovado pelo comitê de ética e pesquisa. Resultados: No total de 102 homens, observaram-se prevalências de Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis de 80,4% e 16,7%, respectivamente. A associação positiva com infecção por Neisseria gonorrhoeae: idades 25 a 29 anos [odds ratio ajustado (ORaj)=18,8 (intervalo de confinaça 95% 1,6–21,1)], 19 a 24 anos [ORaj=9,5 ((intervalo de confinaça 95% 1,1–18,5)] e 30 a 39 anos [ORaj=8,8 ((intervalo de confinaça 95% 1,1–12,1)], cor parda [ORaj=31,5 ((intervalo de confinaça 95% 1,5–62,2)], apresentar corrimento abundante [ORaj=10,2 ((intervalo de confinaça 95% 2,6–19,2)] e apresentar status sorológico positivo para o vírus da imunodeficiência humana [ORaj=5,2 ((intervalo de confinaça 95% 4,9–15,6)]. A associação positiva com infecção por Chlamydia trachomatis: idades entre 30 e 39 anos [ORaj=23,7 ((intervalo de confinaça 95% 1,1–14,2)], raça/cor preta [ORaj=21,5 ((intervalo de confinaça 95% 2,0–22,9)], indígena [ORaj=13,4 ((intervalo de confinaça 95% 2,1–15,7)], ter parceiro sexual homem cisgênero [ORaj=5,4 ((intervalo de confinaça 95% 1,3–11,7)] e apresentar corrimento amarelado [ORaj=19,9 ((intervalo de confinaça 95% 3,3–28,9)]. Conclusão: Há necessidade de políticas públicas para a implantação do diagnóstico etiológico nos serviços para minimizar os riscos de complicações, visto a associação maior em jovens, pessoas vivendo com vírus da imunodeficiência humana e não brancos.

Resumo OBJETIVO: estimar a prevalência de sarcoma de Kaposi (SK) em pacientes com aids e identificar os fatores associados à ocorrência da neoplasia. MÉTODOS: estudo transversal com dados de notificação em dois centros de referência em aids de São Paulo-SP, Brasil, de janeiro/2003 a março/2010; empregaram-se métodos de linkage probabilístico e regressão logística múltipla. RESULTADOS: entre 3.557 casos de aids, 213 (6%) apresentavam SK, 95,3% deles do sexo masculino; associaram-se à ocorrência de SK sexo masculino (OR=3,1; IC95%=1,4;6,6), idade no momento do diagnóstico de aids >28 anos (OR=1,6; IC95%=1,0; 2,6), homens que fazem sexo com homens (OR=3,2; IC95%=2,0;4,9), uso prévio de terapia antirretroviral de alta atividade (HAART) (OR=0,4; IC95%=0,3;0,5), período de diagnóstico de aids de 2007-2010 (OR=0,3; IC95%=0,2;0,4) e contagem de linfócitos T CD4+

RESUMO: Objetivo: Analisar a evolução, de 2011 a 2017, das taxas de detecção de sífilis notificada por sexo, faixa etária e região de residência no estado de São Paulo (ESP). Métodos: Foi organizada série histórica com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram descritas as taxas de detecção de sífilis adquirida (TDSA) e de sífilis adquirida incluindo as gestantes com sífilis (TDSAG), por 100.000 hab. Para análise de tendência da evolução das taxas no período estudado, foi empregado o modelo Jointpoint (ponto de inflexão), bem como foram estimadas a variação percentual anual (VPA) por segmento e a média da variação percentual anual (MVPA), com os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram notificados 205.424 casos de sífilis adquirida e sífilis em gestantes no período. Entre 2011 e 2017, a TDSA por 100 mil habitantes variou de 26,0 a 84,6 e a TDSAG por 100 mil habitantes, de 33,7 a 108,9; a tendência foi crescente em ambas as curvas e identificou-se um ponto de inflexão dividindo a curva de TDSA e de TDSAG em dois períodos: de 2011 a 2013 e de 2013 a 2017. A MVPA encontrada da TDSA foi de 21,0% (IC95% 15,7 ‒ 26,4) e da TDSAG, de 21,2% (IC95% 16,4 ‒ -26,1). Nas faixas etárias até 24 anos ocorreu crescimento expressivo em ambos os sexos. Observou-se heterogeneidade na evolução das taxas segundo região do Estado. Conclusões: A tendência crescente das taxas de detecção de sífilis adquirida pode ser atribuída a melhor adesão à notificação e ao acometimento desproporcional dos jovens. ABSTRACT: Objective: To analyze how syphilis detection rates evolved from 2011 to 2017 according to sex, age and place of residence in the state of São Paulo. Methods: A historical series was organized with data from the Notification Disease Information System. The acquired syphilis detection rates (ASDR) per 100,000 inhabitants and the acquired syphilis detection rates including pregnant women with syphilis (PASDR) per 100,000 inhabitants were described. For a trend analysis of the rates in the studied period, the Poisson Jointpoint (inflection point) model was performed, and the annual percentage change (APC) per segment and the average annual percentage change (AAPC) were estimated, with respective 95% confidence intervals (95%CI). Results: A total of 205,424 cases of acquired syphilis and syphilis in pregnant women in the period were reported. The ASDR per 100,000 inhabitants ranged from 26.0 to 84.6 between 2011 and 2017 and the PASDR per 100,000 inhabitants ranged from 33.7 to 108.9; the trend was increasing in both, and an inflection point was identified dividing the ASDR and PASDR curve into two periods: 2011 to 2013 and 2013 to 2017: the AAPC found for ASDR was 21.0% (95%CI 15.5 ‒ 26.4) and the PASDR was 21.2% (95%CI 16.4 ‒ 26.1), in the age groups up to 24 years old, there was a significant growth in both sexes. A heterogeneity in the evolution of rates by region of the state was observed between 2011 and 2017. Conclusions: The increasing trend in acquired syphilis detection rates can be attributed to better adherence to notification and disproportionate involvement of young people.

To analyze how syphilis detection rates evolved from 2011 to 2017 according to sex, age and place of residence in the state of São Paulo.A historical series was organized with data from the Notification Disease Information System. The acquired syphilis detection rates (ASDR) per 100,000 inhabitants and the acquired syphilis detection rates including pregnant women with syphilis (PASDR) per 100,000 inhabitants were described. For a trend analysis of the rates in the studied period, the Poisson Jointpoint (inflection point) model was performed, and the annual percentage change (APC) per segment and the average annual percentage change (AAPC) were estimated, with respective 95% confidence intervals (95%CI).A total of 205,424 cases of acquired syphilis and syphilis in pregnant women in the period were reported. The ASDR per 100,000 inhabitants ranged from 26.0 to 84.6 between 2011 and 2017 and the PASDR per 100,000 inhabitants ranged from 33.7 to 108.9; the trend was increasing in both, and an inflection point was identified dividing the ASDR and PASDR curve into two periods: 2011 to 2013 and 2013 to 2017: the AAPC found for ASDR was 21.0% (95%CI 15.5 ‒ 26.4) and the PASDR was 21.2% (95%CI 16.4 ‒ 26.1), in the age groups up to 24 years old, there was a significant growth in both sexes. A heterogeneity in the evolution of rates by region of the state was observed between 2011 and 2017.The increasing trend in acquired syphilis detection rates can be attributed to better adherence to notification and disproportionate involvement of young people.Analisar a evolução, de 2011 a 2017, das taxas de detecção de sífilis notificada por sexo, faixa etária e região de residência no estado de São Paulo (ESP).Foi organizada série histórica com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram descritas as taxas de detecção de sífilis adquirida (TDSA) e de sífilis adquirida incluindo as gestantes com sífilis (TDSAG), por 100.000 hab. Para análise de tendência da evolução das taxas no período estudado, foi empregado o modelo Jointpoint (ponto de inflexão), bem como foram estimadas a variação percentual anual (VPA) por segmento e a média da variação percentual anual (MVPA), com os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%).Foram notificados 205.424 casos de sífilis adquirida e sífilis em gestantes no período. Entre 2011 e 2017, a TDSA por 100 mil habitantes variou de 26,0 a 84,6 e a TDSAG por 100 mil habitantes, de 33,7 a 108,9; a tendência foi crescente em ambas as curvas e identificou-se um ponto de inflexão dividindo a curva de TDSA e de TDSAG em dois períodos: de 2011 a 2013 e de 2013 a 2017. A MVPA encontrada da TDSA foi de 21,0% (IC95% 15,7 ‒ 26,4) e da TDSAG, de 21,2% (IC95% 16,4 ‒ -26,1). Nas faixas etárias até 24 anos ocorreu crescimento expressivo em ambos os sexos. Observou-se heterogeneidade na evolução das taxas segundo região do Estado.A tendência crescente das taxas de detecção de sífilis adquirida pode ser atribuída a melhor adesão à notificação e ao acometimento desproporcional dos jovens.

Background The objective was to analyze the trends of AIDS cases and HIV infection cases among man who have sex with man (MSM) adults versus young people (15–24 years old) in the period from 2007 and 2017. Methods A trend study using polynomial regression models carried out with AIDS cases and HIV+ cases compared among MSM adults and young people (15–24 years old) in the period from 2007 to 2017. The annual number of AIDS cases and HIV+ cases was considered as the dependent variable (Y), regarding the studied categories, and time was the independent variable (X), represented by calendar years. The goodness of fit via r² and p Results 88,025 AIDS cases were analyzed versus 70,753 HIV+ cases in adult men. For AIDS cases a decreasing trend was observed with first-order modeling [Y=−205x+9,235; r²=0.83; p=0.039]; however for HIV+ the trend was increasing [Y=547x+3,147; r²=0.95; p Conclusion The total number of cases of HIV+ men exceeded AIDS cases in 2014. However, among MSM-HIV+, the overcoming point was earlier in 2010, and among young people the overcoming point was earlier, before 2007. Among the MSM the trends of HIV and AIDS infection are markedly increasing among young people, highlighting the greater vulnerability of young MSM in Brazil in need of early HIV testing and timely treatment. Disclosure No significant relationships.

Background Congenital syphilis (CS) is a preventable condition. However, in 2017, 4,039 cases were reported in Sao Paulo State (SPS), with an incidence rate of 6.6 cases/1,000 live births (LB). In 2018, SPS proposed the “95-95-95” goals to reduce CS: 95% of all pregnant women (PW) with timely diagnosis during antenatal care (ANC), 95% of all with timely diagnosis receiving treatment and 95% of all babies from treated PW-syphilis, born without CS. This study aimed evaluates the pregnancy syphilis cascade of care and the “95-95-95” goals for reducing CS in SPS, 2017. Methods Ecological study, using reported cases of PW-syphilis and CS. The cascade of PW-syphilis care was estimated considering five columns. First column: number of PW-syphilis, calculated considering an estimated prevalence of 2.1% of syphilis in PW; and for the total population of PW, was considered the number of LB increased by 10% for fetal losses. Second: PW-syphilis diagnosed during ANC or delivery. Third: PW-syphilis linked to ANC with timely diagnosis. Fourth: PW-syphilis properly treated. Fifth: potentially avoided CS cases. Results Were estimated 14,369(100%) PW-syphilis, of these, 82.6% (N=11,875) were diagnosed during ANC or delivery; 73.8% (N=10,606) linked to ANC with timely diagnosis; 66.1% (N=9,500) treated and 54.5% (N=7,836) CS cases avoided. For the “95-95-95” goals, SPS reached the following levels: 89.3% (N=10,606/11,875) of PW-syphilis with diagnosis during ANC; 89.6% (N=9,500/10,606) were timely treated and 82.5% (N=7,836/9,500) of babies born without CS. Conclusion Prevention actions should be intensified to improve access and qualification of ANC. Specifically: wide screening coverage, availability of medication for the timely treatment and reproductive planning. These challenges can be overcome with an agenda of priorities and political commitment. The integration of STI/HIV/AIDS and maternal-child health programs, as well as the strengthening of primary care, is essential for the sustainability, duration and success of interventions aimed to the CS elimination. Disclosure No significant relationships.

Background Our goal was to estimate the prevalences of and risk factors for Chlamydia trachomatis (CT) and Neisseria gonorrhoeae (NG) among women with HIV. Methods Cross-sectional study of women with HIV, who were receiving care from sixteen public health services in Sao Paulo (October/2013 to March/2014). Participants answered a questionnaire including demographic, behavioral, and clinical data. An urine sample was tested for CT and NG, using a polimerase chain reaction. The chi-square test and a logistic regression model were used to test the associations with CT or NG infections. Results 836 women were included. The mean age was 40.5±0.34 years, and the prevalences of CT and NG infections were 1.8% and 0.5%, respectively. The highest prevalences of CT infection were among who were 18–25 years old (15.9%), had black skin color (2.6%), had ≥2 sexual partners during the last year (7.3%), had a partner who had been imprisoned (3.3%), and not used condoms during the last 6 months (4%). According to clinical characteristics, the highest prevalences were among who had a spontaneous abortion (3.5%), prior STD (3.7%), had been diagnosed with HIV infection during the last year (4.8%), had a CD4+ Conclusion Although we observed a low prevalence of CT infection among women with HIV, younger age was associated with a strong risk of infection. Therefore, it may be appropriate to include screening for CT as part of the routine care for this population. Disclosure No significant relationships.

We determined the prevalence of sexually transmitted infections (STIs), the factors associated with infection and types of counseling received by men and women from health professionals in the City of Sao Paulo. The investigation consisted of a cross-sectional study conducted with men and women aged between 15 and 64 years living in the City of Sao Paulo. Of 4,057 individuals who had engaged in sexual activity, 6.3% reported previous history of a STI: 4.3% of women and 8.2% of men. The factors associated with STI were being aged over 34 years and not using a condom during first sexual intercourse, among men, and being aged over 25 years among women. Protective factors included not having had sexual intercourse with someone from the same sex, among men, and having initiated sexual activity after the age of 15 years and not having a casual sex partner over the last 12 months, among women. Counseling about the importance of HIV and syphilis testing was received by 72.1% and 64.7% of women, respectively, while fewer than half of the men received this type of counseling (40.2% and 38.6 %, respectively). The prevalence of previous history of a STI was high among the population of the City of Sao Paulo. The findings of this study informed the development, implementation, and evaluation of STI policies, including those directed at HIV, leading to a reduction in the barriers that hinder access to and use of condoms and the creation of STI prevention app.

Introduction The study aimed to identify the factors associated with condom use during the last sexual intercourse. Methods A population-based survey with youths aged 15–24, in Sao Paulo. The participants answered a questionnaire including knowledge and sexual behavioural data. Results for 821 men and women the condom use during the last sexual intercourse was associated with: never having been married [adjusted prevalence ratio (PRadj): 1.54 among men; 1.26 among women], having used a condom in the sexual onset (PRadj:1.23 among men; 1.54 among women), receiving condoms free of charge (PRadj:1.39 among men; 1.37 among women); besides, among men: casual sexual partner in the previous year (PRadj:1.24) and same-sex sexual partner (PRadj:1.23); among women with the sexual onset after 15yo (PRadj:1.25). HIV-testing has displayed a negative association for women (PRadj: 0.72). Conclusion The condom is widely known, there is a pattern of it use during the first and last sexual intercourse; free condoms are important to improve it use by the youths, and people use condom as a risk management strategy. Condom as prevention strategy is still useful. After these results, the strategy of prevention was adopted as a public policy in the city of Sao Paulo: large condom dispensers were allocated in the 28 urban bus terminals, where 6 million people pass around daily and by the end of 2016, 80 million free condoms will be distributed.

This study aimed to identify the factors associated with condom use in the last sexual intercourse.A population-based survey with young people aged 15-24, in the city of São Paulo, which collected sociodemographic data referring to knowledge about sex and sexual behavior.Among 821 sexually active young people interviewed in the last year, condom use in their last sexual intercourse was positively associated with: 1) not being married; 2) use of condom at sexual onset; and 3) receiving free condoms; additionally, among men: 4) casual partners in the previous year; and 5) partner of the same sex; and, amongwomen: 6) sexual onset after the age of 15. Having been tested for HIV was a negative association among women. Condoms are widely acknowledged, and there is a pattern of use for the first and last sexual intercourse. Access to free condoms is an important factor for use, and people use condoms according to standards that configure risk management.The strategy of primary prevention with the use of condoms is not yet exhausted. Based on this study, the city of São Paulo takes prevention as a public policy and allocates large condoms dispensers in 26 urban bus terminals, where 6million people circulate daily. In 2016, 75,546,720 free condoms were distributed, 30% in bus terminals alone.O objetivo do estudo foi identificar os fatores associados ao uso de preservativo na última relação sexual.Inquérito de base populacional com jovens de 15 a 24 anos, residentes no município de São Paulo (MSP), que obteve informações sociodemográficas sobre conhecimentos e comportamentos sexuais por meio de questionário.Entre os 821 jovens sexualmente ativos no último ano, o uso do preservativo na última relação foi positivamente associado a: 1) não ter sido casado; 2) uso de preservativo na primeira relação sexual; e 3) receber preservativos gratuitos; adicionalmente, em homens: 4) parceiro casual no último ano; e 5) parceiro do mesmo sexo; e em mulheres: 6) debut sexual após os 15 anos. Ter realizado teste anti-HIV mostrou associação negativa entre as mulheres. O preservativo é amplamente reconhecido; há um padrão de uso na primeira e na última relação sexual; o acesso ao preservativo gratuito é um importante fator para o seu uso pelos jovens; e as pessoas usam preservativo de acordo com padrões que configuram gestão de risco.A estratégia de prevenção primária com preservativos não está esgotada. A partir deste estudo, a cidade de São Paulo adotou a prevenção como política pública e alocou grandes dispensadores de preservativos nos 26 terminais de ônibus urbanos, por onde circulam 6milhões de pessoas diariamente. Em2016 foram distribuídos 75.546.720 preservativos gratuitos, entre os quais 30% apenas nos terminais de ônibus.

Foi descrito o conhecimento dos alistados no Exercito Brasileiro, em relação às DST segundo escolaridade. Foi utilizado questionário autoaplicável com características demográficas, modos transmissão, comportamento sexual e preferência de acesso a informações sobre DST em amostra com representatividade nacional, 2007. As variáveis associadas a menor escolaridade foram: ter 19-20 anos [OR = 1,2(IC95%:1,18-1,32)], relatar que a transmissão de DST pode ser por: ingestão de alimento contaminado [OR = 2,2(IC95%:1,96-2,55)], tomar banho em rios/praias [OR = 1,5(IC95%:1,27-1,88)], picada de mosquitos [OR = 1,5(IC95%:1,38-1,65)], início de atividade sexual antes de 14 anos de idade [OR = 1,4(IC95%: 1,33-1,55)]. As variáveis com associação inversa à baixa escolaridade foram: auto declarado branco [OR = 0,9(IC95%: 0,82-0,91)]; afirmar que a transmissão das DST pode ser por: compartilhar seringas/agulhas [OR = 0,7(IC95%: 0,62-0,78)]; transmissão materna, no parto e amamentação [OR = 0,6(IC95%: 0,58-0,69)]; usar preservativo no último coito [OR = 0,8(IC95%: 0,71-0,85)]; ser HSH [OR = 0,7 (IC95%: 0,60-0,92); e reconhecer o não uso do preservativo como aumento do risco de transmissão [OR = 0,4(IC 95%: 0,37-0,51)]. Dada a baixa escolaridade associada ao menor conhecimento, aponta para necessidade de ações educativas destinadas a essa população, que se encontra em situação mais vulnerável.The scope of this study was to describe knowledge of military conscripts about STD in relation to level of schooling upon enlistment in the Brazilian Army. A self-administered questionnaire with demographic and clinical aspects, forms of transmission, sexual behavior and access to STD information was applied in a national sample in 2007. Variables associated with low schooling were: being 19-20 years old [OR=1.2(95%CI:1.18-1.32)]; saying that STD can be transmitted by: eating contaminated food [OR=2.2(95%CI:1,96-2.55)]; bathing in rivers/beaches [OR=1.5(95%CI:1.27-1.88)]; mosquito bites [OR=1.5(95%CI:1.38-1.65)]; sexual intercourse

Foi descrito o conhecimento dos alistados no Exercito Brasileiro, em relação às DST segundo escolaridade. Foi utilizado questionário autoaplicável com características demográficas, modos transmissão, comportamento sexual e preferência de acesso a informações sobre DST em amostra com representatividade nacional, 2007. As variáveis associadas a menor escolaridade foram: ter 19-20 anos [OR = 1,2(IC95%:1,18-1,32)], relatar que a transmissão de DST pode ser por: ingestão de alimento contaminado [OR = 2,2(IC95%:1,96-2,55)], tomar banho em rios/praias [OR = 1,5(IC95%:1,27-1,88)], picada de mosquitos [OR = 1,5(IC95%:1,38-1,65)], início de atividade sexual antes de 14 anos de idade [OR = 1,4(IC95%: 1,33-1,55)]. As variáveis com associação inversa à baixa escolaridade foram: auto declarado branco [OR = 0,9(IC95%: 0,82-0,91)]; afirmar que a transmissão das DST pode ser por: compartilhar seringas/agulhas [OR = 0,7(IC95%: 0,62-0,78)]; transmissão materna, no parto e amamentação [OR = 0,6(IC95%: 0,58-0,69)]; usar preservativo no último coito [OR = 0,8(IC95%: 0,71-0,85)]; ser HSH [OR = 0,7 (IC95%: 0,60-0,92); e reconhecer o não uso do preservativo como aumento do risco de transmissão [OR = 0,4(IC 95%: 0,37-0,51)]. Dada a baixa escolaridade associada ao menor conhecimento, aponta para necessidade de ações educativas destinadas a essa população, que se encontra em situação mais vulnerável. The scope of this study was to describe knowledge of military conscripts about STD in relation to level of schooling upon enlistment in the Brazilian Army. A self-administered questionnaire with demographic and clinical aspects, forms of transmission, sexual behavior and access to STD information was applied in a national sample in 2007. Variables associated with low schooling were: being 19-20 years old [OR=1.2(95%CI:1.18-1.32)]; saying that STD can be transmitted by: eating contaminated food [OR=2.2(95%CI:1,96-2.55)]; bathing in rivers/beaches [OR=1.5(95%CI:1.27-1.88)]; mosquito bites [OR=1.5(95%CI:1.38-1.65)]; sexual intercourse

INTRODUCTION: This study aimed to estimate the prevalence and risk factors associated with Chlamydia trachomatis (CT) infection among women with HIV in São Paulo. METHODS: This cross-sectional study included women with HIV who were receiving care from sixteen public health services in São Paulo (October 2013 to March 2014). All participants answered a questionnaire regarding their sociodemographic, behavioral, and clinical characteristics. A urine sample was tested for CT and Neisseria gonorrhoeae (NG) using the polymerase chain reaction. The chi-square test and a logistic regression model were used to test the associations with CT or NG infections. RESULTS: We evaluated 853 women and ultimately included 836 (98%) women. The mean age was 40.5 ± 0.34 years, and the prevalences of CT and NG infections were 1.8% and 0.5%, respectively. CT infection was associated with CD4+ T-cell counts of

We determined the prevalence of sexually transmitted infections (STIs), the factors associated with infection and types of counseling received by men and women from health professionals in the City of São Paulo. The investigation consisted of a cross-sectional study conducted with men and women aged between 15 and 64 years living in the City of São Paulo. Of 4,057 individuals who had engaged in sexual activity, 6.3% reported previous history of a STI: 4.3% of women and 8.2% of men. The factors associated with STI were being aged over 34 years and not using a condom during first sexual intercourse, among men, and being aged over 25 years among women. Protective factors included not having had sexual intercourse with someone from the same sex, among men, and having initiated sexual activity after the age of 15 years and not having a casual sex partner over the last 12 months, among women. Counseling about the importance of HIV and syphilis testing was received by 72.1% and 64.7% of women, respectively, while fewer than half of the men received this type of counseling (40.2% and 38.6 %, respectively). The prevalence of previous history of a STI was high among the population of the City of São Paulo. The findings of this study informed the development, implementation, and evaluation of STI policies, including those directed at HIV, leading to a reduction in the barriers that hinder access to and use of condoms and the creation of STI prevention app.Descrevemos a frequência de infecções sexualmente transmissíveis (IST), os fatores associados e as orientações recebidas dos profissionais de saúde entre homens e mulheres no município de São Paulo. Estudo de corte transversal, com inquérito populacional, com indivíduos de 15 a 64 anos residentes em São Paulo. De 4057 indivíduos que iniciaram a vida sexual, 6,3% relataram IST durante a vida, 4,3% das mulheres e 8,2% dos homens. As IST mostraram associação, entre os homens, com: idade34 anos, não uso de preservativo na primeira relação sexual; e entre as mulheres idade25 anos. Mostraram-se fatores de proteção, entre os homens: não ter tido relações sexuais com pessoa do mesmo sexo; e entre as mulheres: início sexual15 anos de idade e não ter tido parceria casual no último ano. Quanto às orientações, 72,1% e 64,7% das mulheres as receberam sobre a importância de realizar testes para HIV e sífilis, respectivamente, enquanto foram ofertadas para menos da metade dos homens (40,2% e 38,6%). A elevada proporção de antecedentes de IST entre a população do município e os resultados deste estudo possibilitaram a construção, implementação e avaliação de políticas públicas de saúde para o enfrentamento das IST incluindo o HIV, com diminuição de barreiras de acesso aos preservativos e criação de um app para prevenção.

OBJECTIVE: To determine the prevalence of and risk factors for preterm labor (< 37 weeks of gestation) among young pregnant women in Brazil. METHODS: A national cross-sectional study was conducted among parturient women aged 15-24 years attending Brazilian public maternities in 2009. Questionnaires were administered by interviewers during parturient admission to the maternity clinic (or soon after delivery, if survey participants were in too much pain to respond during labor). The questionnaires collected demographic, behavioral, and clinical data. RESULTS: A total of 2 071 (86.3%) of the 2 400 parturient women invited to participate were included in the study. Mean age was 20.2 years (standard deviation [SD]: 2.7) and mean years of formal education was 8 (SD: 2.4). Preterm labor occurred in 450 women (21.7%). The highest proportion of premature labor (36.1%) was found in the North region and the lowest proportion (6.9%) was found in the South region. In the final multivariate logistic regression model, living in the North region (odds ratio [OR]: 1.43, 95% confidence interval [CI]: 1.28-1.59); having monthly income less than twice the Brazilian minimum wage (OR: 1.27, 95% CI: 1.01-1.60); having suffered domestic violence (OR: 2.27, 95% CI: 1.23-4.18); and having had inadequate prenatal care (OR: 3.17, 95% CI: 2.54-3.97) remained significant correlates of preterm labor in this population. CONCLUSIONS: Results show a high prevalence of preterm labor among young women in Brazil. Preterm labor has multifactorial etiologies. More public health resources must be directed toward accelerating understanding of this complex process.

As doenças sexualmente transmissíveis estão entre os problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Entre suas consequências estão a infertilidade feminina e masculina, a transmissão de mãe para filho, determinando perdas gestacionais ou doença congênita, e o aumento do risco para a infecção pelo HIV. Dessa forma, este guideline tem o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade de atenção às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis mais frequentes no Brasil, trazendo de forma didática e concreta o estado atual dos conhecimentos para os dermatologistas e médicos em geral que atuam no atendimento dessas pessoas e as principais recomendações para o diagnóstico e tratamento das doenças sexualmente transmissíveis mais recorrentes.

to estimate the prevalence of Kaposi's sarcoma (KS) in patients with AIDS and identify the associated factors to the occurrence of this neoplasm.this is a cross-sectional study with notification data from two AIDS reference centers in São Paulo-SP, Brazil, from January, 2003 to March, 2010; probabilistic linkage and multiple logistic regression methods were applied.among 3,557 AIDS cases, 213 (6%) presented KS; 95.3% of them occurred in males; male sex (OR=3.1; 95%CI=1.4;6.6), age at the AIDS diagnosis28 years old (OR=1.6; 95%CI=1.0;2.6), MSM (OR=3.2; 95%CI=2.0;4.9), prior use of HAART (OR=0.4; 95%CI=0.3;0.5), AIDS diagnosis between 2007-2010 (OR=0.3; 95%CI=0.2;0.4), and CD4+ T-cell counting under 200cells/mm3 (OR=16.0; 95%CI=6.0;42.7) and 200-500cells/mm³ (OR=2,5; 95%CI=1.1;6.4) were associated to the occurrence of KS.KS has a high prevalence in São Paulo-SP; strategies for early HIV diagnosis may reduce this prevalence.

Objective The aim of this study was to describe the prevalence of syphilis by geographical region and the frequency of behaviours and symptoms related to sexually transmitted diseases (STD). Methods A cross-sectional study was performed with Brazilian conscripts in 2007. They answered a self-administered questionnaire on demographic issues, sexual practices, condom use and STD symptoms. They had a blood sample collected for a syphilis test. Results A total of 35 460 conscripts answered the questionnaire and 75.5% reported previous sexual intercourse. Overall syphilis prevalence was 0.53% (95% CI 0.45% to 0.61%). By geographical region: northern (0.85%), northeast (0.82%), midwest (0.49%), southeast (0.34%) and southern region (0.26%). The final logistic regression model showed an association among having had syphilis and being 17 years old (OR 1.3; 95% CI 1.05 to 1.73), having up to 8 years of schooling (OR 1.5; 95% CI 1.03 to 2.22), living in the northern/northeast region (OR 1.2; 95% CI 1.04 to 1.36), being men who have sex with men (OR 4.5; 95% CI 2.59 to 7.81), reporting a previous history of STD (OR 2.7; 95% CI 1.03 to 6.99) and genital ulcers (OR 2.6; 95% CI 1.59 to 4.26). Conclusions Addressing young people at the time of military enlistment may be a good time to consider new strategies for accessing and counselling this population, thus allowing the implementation of a more appropriate healthcare policy.

Our goal was to estimate prevalence of HIV among young women in labor. A national, probability-based, cross-sectional study was performed among pregnant women, aged 15–24 years, who were attending Brazilian public hospitals. The study included 2,071 of 2,400 women selected (86.3 % participation). Mean age was 20.2 years (SD = 2.7). HIV prevalence was 0.7 % (95 % CI, 0.4–1.1 %). Living in the North region of the country and having previous sexually transmitted infections were associated with HIV infection. Our survey of young pregnant women found higher prevalence than expected for women of all ages in Brazil (0.42 %), indicating that the epidemic persists among heterosexuals.

O objetivo deste artigo é analisar a função pulmonar em trabalhadores de indústrias de cerâmica no município de Várzea Grande, Mato Grosso. Estudo transversal realizado com 183 trabalhadores de indústrias de cerâmica desse município. Para identificação dos fatores sociodemográficos, fatores ambientais e do tabagismo foi utilizado um questionário estruturado e para avaliação da função pulmonar foi realizada a espirometria. Foram realizadas análises descritiva, bivariada e regressão múltipla de Poisson. Os trabalhadores em sua maioria são do sexo masculino (94%) predominando indivíduos com idade até 39 anos (74,9%). A prevalência de sintomáticos respiratórios foi de 44,9%, sendo 14,8% portadores de sintomas considerados como graves e 30,1% sintomas não graves. Foram encontradas associações de função pulmonar alterada com as variáveis tempo de exposição e substância inalada. Os trabalhadores com 4 ou mais anos de exposição apresentaram 1,99 vezes mais função pulmonar alterada que os indivíduos com tempo de exposição de até 3 anos ; os indivíduos que inalaram poeira e desmoldante apresentaram 2,97 vezes mais alteração da função pulmonar. Esta, nos trabalhadores avaliados, está relacionada ao maior tempo de exposição e à inalação de poeira e desmoldante. This article seeks to assess lung function in workers of ceramic industries in the municipality of Várzea Grande - Mato Grosso. A cross-sectional study of 183 workers was conducted in the ceramics town of Várzea Grande (MT). A structured questionnaire was used to identify socio-demographic factors, environmental factors and smoking. and spirometry was performed to evaluatie the pulmonary function. Descriptive analysis and bivariate and multiple Poisson regression were performed. The workers are mostly male (94%) with a predominance of individuals aged 39 years (74.9%). The prevalence of respiratory symptoms was 44.9%, 14.8 patients with symptoms considered serious and 30.1% with non-serious symptoms. Associations were found of abnormal pulmonary function with the variables of exposure time and substance inhaled. Employees with four or more years of exposure had 1.99 times more lung function alterations than individuals with exposure time of up to 3 years; individuals who had inhaled dust and mold release had 2.97 times higher alteration in lung function. The change in lung function in workers assessed is related to longer exposure and inhalation of dust and mold release.

BACKGROUND: The high prevalence of STDs among women indicates the need to implement approaching techniques, case detection and prevention of new cases. OBJECTIVES: To describe the frequency of risk factors for syphilis and assess attitudes towards sexual risk in a population of young women in Vitória, ES. METHODS: Cross-sectional, population-based study, performed in Vitória. Interviews were held and VDRL and MHA-TP were investigated in blood samples. RESULTS: Among the 904 eligible women (18-29 years) sampled from the Family Health Program (FHP), 11 were diagnosed with syphilis, a prevalence of 1.2% (CI95% 0.5-1.9). Median age was 23 years (interquartile range 20-26 years); 65.7% of participants were in high school or college and 85.4% lived with their family or sexual partner. Factors associated with syphilis included: lower educational level (1 lifetime sexual partners [(aOR) =6.50 (CI95% 1.37-30.82)], and history of a previously diagnosed STD [aOR=10.3 (CI95% 2.37-44.33)]. Two thirds (67.7%) of the women surveyed agreed that it is not easy to tell their sexual partner they do not want to have sex without condoms; 52.3% thought it is difficult to use condoms in all sexual intercourses, and 36.2% said they cannot do anything if their partner refuses to use condoms. CONCLUSIONS: Using the FHP as an approach to perform routine VDRL can contribute to decreasing the vulnerability of these women and help control congenital syphilis. FUNDAMENTOS: A prevalência elevada de DST entre as mulheres indica a necessidade de implementação de abordagem, de detecção de casos e de prevenção de novos agravos. OBJETIVO: descrever a frequência dos fatores de risco para sífilis e as percepções de risco sexual, em mulheres jovens, na cidade de Vitória, ES. MÉTODOS: Estudo populacional, em corte-transversal, por amostragem, realizado em Vitória. Foram realizadas entrevista e pesquisa de VDRL e MHA-TP em amostra de sangue. RESULTADOS: Entre as 904 mulheres elegíveis (18-29 anos) selecionadas pelo Programa de Saúde da Família (PSF), 11 foram diagnosticadas com sífilis sendo a prevalência de 1,2% (IC95% 0,5-1,9). A mediana de idade foi de 23 anos (distância interquartil de 20-26 anos); 65,7% das participantes alcançavam o ensino médio ou superior e 85,4% moravam com a família ou com o parceiro sexual. Fatores associados com a sífilis: menor nível educacional (

The aim of this study was to describe the prevalence of syphilis by geographical region and the frequency of behaviours and symptoms related to sexually transmitted diseases (STD).A cross-sectional study was performed with Brazilian conscripts in 2007. They answered a self-administered questionnaire on demographic issues, sexual practices, condom use and STD symptoms. They had a blood sample collected for a syphilis test.A total of 35 460 conscripts answered the questionnaire and 75.5% reported previous sexual intercourse. Overall syphilis prevalence was 0.53% (95% CI 0.45% to 0.61%). By geographical region: northern (0.85%), northeast (0.82%), midwest (0.49%), southeast (0.34%) and southern region (0.26%). The final logistic regression model showed an association among having had syphilis and being 17 years old (OR 1.3; 95% CI 1.05 to 1.73), having up to 8 years of schooling (OR 1.5; 95% CI 1.03 to 2.22), living in the northern/northeast region (OR 1.2; 95% CI 1.04 to 1.36), being men who have sex with men (OR 4.5; 95% CI 2.59 to 7.81), reporting a previous history of STD (OR 2.7; 95% CI 1.03 to 6.99) and genital ulcers (OR 2.6; 95% CI 1.59 to 4.26).Addressing young people at the time of military enlistment may be a good time to consider new strategies for accessing and counselling this population, thus allowing the implementation of a more appropriate healthcare policy.