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Transplantation is the most efficient alternative to treat terminal functional kidney failure. To synthesize the literature on the topic, this systematic review sought to retrieve evidence that empirically analyzed the frequency of kidney transplantation in Brazil, relating it to the COVID-19 pandemic. The PUBMED, LILACS and SCIELO databases were consulted using the descriptors: "Transplantation", "Kidney", "COVID-19", and "Brazil". Thus, 146 studies were retrieved and only six were included in the review. The review showed that the COVID-19 pandemic had a negative impact on the number of kidney transplants, increased the transplant waiting list, reduced the number of donors, and there were reports of infections and deaths among patients undergoing kidney treatment and transplant recipients during the pandemic. These findings emphasize the need for more research and attention in the area of kidney transplantation and mitigate the effect of health crises similares to COVID-19. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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Objetivos: Conhecer as justificativas de familiares para a não autorização da doação de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um estudo documental. Analisaram-se os registros de entrevistas familiares de potenciais doadores, realizadas em 2022 por uma Organização de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO) do estado do Rio Grande do Sul. Foram incluídos no estudo os registros referentes às negativas para a doação. Registros incompletos ou que careciam da justificativa dos familiares foram excluídos. Os dados foram coletados em março e abril de 2024 e analisados por meio de estatística descritiva simples. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Durante 2022, a OPO pesquisada realizou 121 entrevistas com familiares de potenciais doadores de órgãos; desse total, houve 33 autorizações, 65 negativas e 23 casos de contraindicação médica para a doação. Quanto às negativas dos familiares, dos 65 registros analisados, 39 foram excluídos, pois estavam com informações incompletas ou não continham a justificativa para a não doação. A amostra final foi constituída por 26 registros de entrevistas. Os argumentos mais comuns para a negativa à doação foram paciente não era doador em vida, desconhecimento da família sobre o desejo do falecido quanto à doação e manifestação contrária da família. Conclusão: Entre as justificativas observadas estão a pessoa falecida ter se declarado não doadora em vida, a falta de consenso familiar acerca da doação, o desejo da família em preservar a integridade do corpo, o tempo de espera para a devolução do corpo, aspectos religiosos, o desconhecimento quanto ao desejo do falecido acerca da doação e a família ser contrária à doação. Os resultados poderão ser utilizados por profissionais em diferentes serviços de saúde para a criação de estratégias de mitigação das negativas dos familiares.

Resumo Esta revisão bibliográfica objetivou tecer considerações teóricas sobre a doação de órgãos e tecidos, alternativa terapêutica eficaz no tratamento de diversas doenças e no controle de insuficiências terminais de alguns órgãos e falência de certos tecidos, com potencial de melhorar a qualidade e a perspectiva de vida de pacientes transplantados. Os principais empecilhos à efetivação do procedimento são a recusa da família de possíveis doadores, a falta de conhecimento do processo de doação-transplante e a escassez de políticas de educação continuada de profissionais da saúde que atuam na área, além dos desdobramentos decorrentes do não conhecimento. Para modificar a opinião pública, esse profissional deve atuar como educador, estimulando a população a participar de debates sobre transplantes de órgãos e legislação. É grande o número de pessoas na lista de espera em comparação ao total de doações, apesar da atitude positiva da população mundial sobre doação de órgãos.

Introdução: O transplante de órgãos e tecidos desempenha um papel fundamental no tratamento de doenças crônicas avançadas. No Brasil, essa área tem registrado um crescimento significativo, impulsionado pela pesquisa científica e pelo aumento do número de procedimentos. O Brazilian Journal of Transplantation (BJT) tem um papel fundamental na disseminação do conhecimento nesta área de pesquisa. Objetivos: Realizar uma análise bibliométrica abrangente dos artigos publicados no BJT para identificar tendências e características dos artigos relacionados ao transplante de órgãos e tecidos. Métodos: Foi realizada uma análise bibliométrica dos artigos relacionados ao transplante de órgãos e tecidos publicados no BJT no período de 2005 a 2023. Foram coletados e analisados dados referentes ao ano de publicação, número de autores, sexo do primeiro e do último autor, país e região do primeiro autor, tipo de transplante abordado, tipo de estudo e metodologia empregada. Resultados: Foram analisados 433 artigos relacionados ao transplante de órgãos e tecidos no BJT. Os artigos relacionados ao transplante hepático foram os mais prevalentes (29,1%), seguidos pelo transplante renal (28,6%). Os estudos originais foram os mais frequentes (58,4%), seguidos das revisões (21,7%). Entre os estudos originais, os observacionais retrospectivos representaram 46,6%. Quanto à representação por sexo, as mulheres foram primeiras autoras em 59,6% das publicações e últimas em 46,7%. A Região Sudeste representou 53,2% do total de publicações de autores brasileiros, sendo o estado de São Paulo responsável por 42,7% das publicações nacionais. Conclusão: Nosso estudo fornece informações valiosas sobre o desenvolvimento e a distribuição da pesquisa em transplantes no Brasil. Destaca áreas que necessitam de atenção e intervenção, como a promoção de colaborações inter-regionais, investimentos em infraestrutura em regiões menos desenvolvidas e iniciativas para garantir equidade de gênero na pesquisa médica.

Objetivo: compreender o significado que a família atribui à experiência de ter consentido a doação de órgãos. Método: estudo qualitativo, baseado no referencial teórico do Interacionismo Simbólico e na metodologia da Teoria Fundamentada nos Dados. Realizado com 14 familiares que consentiram a doação de múltiplos órgãos. A coleta dos dados ocorreu entre julho e novembro de 2019, por meio de entrevistas intensivas gravadas e transcritas na íntegra, além de um diário de pesquisa. Para a formação dos grupos amostrais, foram seguidos os critérios propostos pela Teoria Fundamentada nos Dados. Esses grupos foram organizados pelo software MAXQDA e, para sua análise, foram utilizadas as duas primeiras etapas de codificação: aberta e focalizada. Resultados: resultou-se em um processo analítico explicativo da experiência da família que consentiu a doação de órgãos de um familiar mediante a perda e o luto, do qual emergiu o conceito que orienta um modelo de cuidado: "Minimizando o sofrimento exercendo a solidariedade", sustentado por três categorias: vivenciando o impacto do diagnóstico de morte encefálica; motivando-se à doação de órgãos; e Significando a doação de órgãos. Conclusão: compreendeu-se os significados que as famílias atribuíram à experiência de consentir a doação de órgãos, sendo o diagnóstico de morte encefálica e o tempo para a conclusão do protocolo associados aos sentimentos de angústia, aflição e esperança de que a morte não se concretizasse; ao corpo como um templo inviolável e à solidariedade como forma de amenizar o sofrimento e enfrentar o luto.

Objetivo: conhecer a experiência de manejo familiar da criança à espera de um transplante de órgãos sólidos de acordo com o Modelo de estilos de manejo familiar. Método: foi realizado um estudo qualitativo que utilizou o modelo supracitado como referencial teórico. Foram aplicadas entrevistas, de forma remota, a nove familiares de crianças que aguardavam por um transplante de órgãos. Os dados foram analisados através do modelo híbrido de análise temática. Resultados: as famílias definem que essa fase oscila entre o medo do transplante, da rejeição do órgão e possibilidade de morte em fila de espera, e a esperança na melhora do quadro clínico. Considerações finais: identificar as necessidades da família que aguarda por um transplante possibilita ao profissional de saúde implementar intervenções.

Glutathione S‐transferase theta 1 (GSTT1) is an enzyme involved in phase II biotransformation processes and a member of a multigene family of detoxifying and clearing reactive oxygen species. GSTT1 is polymorphic like other biotransforming enzymes, allowing variability in hepatic conjugation processes. Immunological recognition of the GSTT1 alloantigen, as evidenced by donor‐specific antibodies formation, has previously been observed in recipients lacking GSTT1 protein (called GSTT1−, GSTT*0, null phenotype or homozygous for the GSTT1 deletion) who receive liver or kidney transplants from GSTT1+ donors and is a risk factor for the development of de novo hepatitis following liver transplants from a GSTT1 expressing donor. Antibodies against GSTT1 are demonstrated in patients who are GSTT1 null and received a transplant from a GSTT1+ donor. Understanding the local population frequency of the GSTT1 deletion is of value in understanding the potential clinical risk of developing post‐transplant complications, which can be attributed to the nonexpression of GSTT1. A population of 173 healthy donors of the Murcia Region in Southeast Spain was evaluated for a null allele of GSTT1 (n = 173). DNA was extracted, and GSTT‐1 null allele detection was performed by real‐time polymerase chain reaction. The frequency of the null GSTT1 genotype (nonexpression or deletion of the homozygous polymorphism of the GSTT1 protein) was 17.9% (n = 31 null allele GSTT1/173 total individuals). Our data suggest that the frequency of null GSTT1 mutations in our population in Southeast Spain is 17.9%, lower than in other Caucasoid populations. This would convert our recipient population into more susceptible to nonlocal potential organ donors and less susceptible to local donors. All recipients bearing this GSTT1 deletion homozygous would be without the protein and triggering an alloantigen in the case of transplantation with a donor without deletion. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

O aumento na sobrevida após o transplante e o crescimento da população feminina receptora de órgãos destacam a importância de considerar cuidadosamente a saúde reprodutiva e ginecológica dessas mulheres. Uma das principais preocupações é o risco aumentado de câncer após o transplante, atribuído em parte ao uso de terapia imunossupressora. Cânceres ginecológicos com alta associação com infecções virais, como câncer de colo uterino, devem receber cuidados e rastreios específicos, em especial entre mulheres mais jovens. Além disto, o caráter imunoprevinível do câncer de colo uterino torna a vacinação mandatória antes da realização do transplante. O câncer de mama, outro câncer ginecológico de especial interesse por sua alta prevalência, deve ser rastreado na população transplantada, seguindo as diretrizes da população geral. A fertilidade e o planejamento familiar também são considerações importantes, pois a maioria das mulheres apresenta o retorno da ovulação e da menstruação após o transplante. Estratégias de contracepção, como métodos de longa ação reversíveis, são recomendadas devido à sua eficácia e baixa taxa de falhas. O uso de contraceptivos hormonais e imunossupressores também devem ser avaliados, enfatizando a necessidade de observar cuidadosamente as possíveis interações medicamentosas. A abordagem integrada à saúde ginecológica das mulheres após um transplante de órgão sólido possibilita melhores resultados, tanto para a saúde do enxerto quanto para a saúde ginecológica daquela mulher, revertendo em melhores desfechos para a paciente. O acompanhamento e a vigilância cuidadosa, a prevenção do câncer e a gestão eficaz da fertilidade e contracepção são cruciais para garantir sua qualidade de vida e bem-estar.

O objetivo desta revisão de literatura é trazer alguns resultados de gestação em mulheres transplantadas, propostas de avaliação pré-concepcional, pré-natal e do puerpério, incluindo a contracepção pós-parto e orientação terapêutica na concomitância da gestação e lactação. Com base nos resultados encontrados em pesquisa no PubMed sem limitação de data ou língua, discutimos a importância do planejamento reprodutivo para mulheres com transplante de órgãos sólidos e que deve ser feito desde antes da realização do transplante. Existem contraindicações formais de gestação, entretanto quando planejada, dentro de critérios clínicos, laboratoriais e uso de imunossupressão adequada e em seguimento de pré-natal especializado essa gestação é possível e com bons resultados perinatais. Salientamos também a importância do acompanhamento psicológico entre gestantes com transplantes de órgãos sólidos.

There are some barriers and obstacles to organ donation, which contribute to the increase in the waiting list and negatively impact the program and the lives waiting for a transplant. The objective of this study was to understand human attitudes towards an atypical and decisive process in family life, raising the reasons that lead to family refusal to the process of organ donation. For this, we opted for a narrative, descriptive and exploratory review in the following databases: BVS, SCIELO, Google Scholar, MedLine, LILACS and PubMed. Three Health Sciences Descriptors (DECs) were used: "Obtaining tissues and organs", "Transplant" and "Unified Health System". At the end of the search, 16 articles were chosen for the sample. For interpretation and discussion of the findings, the results obtained were divided into 5 groups, as follows: 1- Beliefs, 2- Opinions, 3- Doubts, 4- Emotional and 5- Others. Considering the objective of the study, the main justifications for denying donation are presumably linked to cultural and socioeconomic barriers to the process, associated with lack of information, since a portion of the population has low education and illiteracy, generating a false idea about the Donation. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Objetivo: Identificar os diagnósticos de enfermagem de potenciais doadores de órgãos em morte encefálica segundo a Taxonomia NANDA-I. Método: Estudo observacional, transversal realizado em hospital público no interior do Ceará, Brasil. Coleta de dados nos meses de outubro e novembro de 2021, em 23 prontuários de potenciais doadores de órgãos. Dados foram analisados por estatística descritiva. Resultados: Identificaram-se 22 diferentes diagnósticos, em cinco dos 13 domínios da taxonomia da NANDA-I. Prevaleceram: risco de glicemia instável; risco de função hepática prejudicada; troca de gases prejudicada; mobilidade no leito prejudicada; padrão respiratório ineficaz; risco de infecção; risco de lesão por pressão; risco de aspiração; risco de débito cardíaco diminuído; risco de quedas, eliminação urinária prejudicada; risco de desequilíbrio eletrolítico e risco de pressão arterial instável. Conclusão: A identificação dos diagnósticos poderá favorecer o aprimoramento da prática e a aplicação do processo de enfermagem diante da assistência aos potenciais doadores de órgãos.

Introdução: A doação e o transplante de órgãos e tecidos é um tema de interesse multiprofissional e pauta importante quanto à promoção de políticas de saúde pública referentes à aplicação dessa terapêutica. Objetivos: Apresentar uma análise do cenário da doação de órgãos e tecidos para transplante pós-morte na 16a Região de Saúde do estado do Rio Grande do Sul entre os anos de 2010 e 2020, com enfoque na avaliação das negativas familiares para a doação. Métodos: Foi realizado um levantamento censitário dos dados referentes aos protocolos de morte encefálica realizados no período, os quais foram tabulados no Microsoft Excel, analisados por meio da construção de séries temporais e relacionados utilizando o teste qui-quadrado. Resultados: A análise realizada na região evidencia uma maior proporção de negativas (57,8 %) em relação aos aceites (42,2 %) para doação de órgãos e tecidos. Porém, quando observados apenas os últimos anos do período, vê-se outra realidade: de 2017 a 2019 asafirmativas para a doação corresponderam a mais de 75 % das famílias entrevistadas. No ano de 2020, no entanto, de forma atípica, não foram concluídos protocolos de morte encefálica e, portanto, nenhuma família passou pela entrevista para doação. Conclusão: Há uma tendência de aumento nos percentuais de doação ao longo dos anos, tanto na 16a Região de Saúde do estado do Rio Grande do Sul como no restante do país, porém, a quantidade de transplantes realizados ainda é inferior à necessidade da população.

Para concluir o exposto no trabalho apresentado no nº 4, vol 30 da Rev. Bras. de Cancerologia, de outubro de 1984, passamos a apresentar a iconografia referente aos casos cirúrgicos mencionados.

O trabalho apresenta os resultados da observação do comportamento de um fibrossarcoma quimicamente induzido e transplantado em gerbil, no que diz respeito a suas características de crescimento, incidência, período de latência e reação do hospedeiro. A inoculação subcutanea de células tumorais em suspensão obtidas de animais portadores de fibrossarcoma intraperitoneal e tratados ou não com óleo mineral, grupo A e B, respectivamente, deu origem, com alta freqüência nos dois grupos, a tumores com características semelhantes ao tumor primitivo. Porém o tempo de latência foi significativamente menor no grupo A. O ritmo de crescimento do tumor foi similar entre os grupos e a análise de todos os dados retratou uma curva inicialmente exponencial, tendendo a convexa no decorrer do tempo, o que foi também demonstrado por um crescente tempo de duplicação da área tumoral. Durante o período experimental os animais portadores de fibrossarcoma apresentaram perda de peso corporal livre do tumor, sendo este fato interpretado como uma manifestação inicial de caquexia, associada à progressão das neoplasias. O peso dos tumores no dia do sacrifício apresentou correlação significativa com a área tumoral e permitiu a elaboração de uma reta de regressão linear, que pode ser usada para inferir o peso de tumores do mesmo tipo a partir de medidas externas da área.

Introdução: As doenças oncológicas acometem indivíduos de todas as idades, e dentre os tipos mais prevalentes destaca-se o mieloma múltiplo. Esse tipo de câncer se desenvolve em células da linhagem linfoide, especificamente nas células B, que estimulam o crescimento de células monoclonais. Herança genética, hábitos alimentares e ocupacionais constituem-se fatores de risco. O tratamento para esse tipo de neoplasia perpassa pela indicação de quimioterápicos até o transplante de medula óssea (TMO). O TMO pode ser de três tipos: autólogo, alogênico e singênico. As etapas são mobilização, colheita da medula óssea, condicionamento, infusão das células e período de pós-transplante. A partir disso, o enfermeiro precisa ter um olhar diferenciado para evitar complicações. Objetivo: Relatar a experiência vivenciada, durante a residência de enfermagem em um hospital universitário, no cuidado a um paciente submetido ao transplante de medula óssea autólogo. Desenvolvimento da experiência: A experiência em questão foi vivenciada em abril de 2024, a partir do cuidado a uma pessoa que realizou um transplante de medula óssea autólogo e que relatou um quadro de ansiedade relacionada ao procedimento. Este paciente foi submetido às etapas de mobilização que aconteceram por meio da medicação filgrastim e, após a confirmação do aumento das células-tronco nos exames laboratoriais, ocorreu a colheita das células CD34+ pelo sangue periférico, através da máquina de aférese. O condicionamento foi realizado com quimioterapia, com o objetivo de realizar uma aplasia medular, para preparação dessa medula ao recebimento das células CD34+ e, posteriormente, ocorrer a etapa de transplante propriamente dita. O pós-transplante ocorreu dentro dos parâmetros esperados até a alta hospitalar do paciente. Os cuidados de enfermagem a este paciente foram essenciais, a partir da tomada de decisão clínica do enfermeiro, o qual foi o responsável por todas as etapas do TMO autólogo, e viabilizou e preparou o período de pós-transplante, a fim de que o mesmo tivesse êxito, evitando danos. Foi aplicado o Processo de Enfermagem subsidiado pela Teoria das Necessidades Humanas Básicas, com foco no risco de infecção, medo, desesperança e outros desequilíbrios corporais. Conclusões: Entende-se que a aplicação do processo de enfermagem possibilita o desenvolvimento de uma percepção integral ao paciente, favorecendo as tomadas de decisão clínica do enfermeiro e consolidando uma assistência segura e efetiva. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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Milhares de pessoas aguardam a disponibilização de órgãos para transplante. Estima-se que 2,2% dos óbitos hospitalares são potenciais doadores de órgãos, razão adotada como padrão ouro pelo modelo espanhol, benchmark mundial dos sistemas de busca de órgãos para transplante. Estudo transversal da razão entre os óbitos hospitalares e potenciais doadores identificados no Paraná de 2011 a 2019, assim denominada Índice Paraná. A média do índice em 2019 foi de 1,34±0,98. Inicialmente 13,63% e ao fim do período 59,09% das Regionais de saúde superavam o padrão-ouro, não havendo diferença no número de leitos hospitalares disponíveis entre as regionais. Todas as Organizações de Procura de Órgãos do Paraná apresentaram Índices Paraná semelhantes, sendo o maior (1,78±0,57) atingido pela OPO Cascavel. Concluímos que sob a métrica do Índice Paraná, o estado suplanta o padrão ouro preconizado pelo modelo espanhol.

Objetivo: Compreender como a espiritualidade dos pacientes adultos, que estão na fila única de espera para transplantes de órgãos sólidos, pode ser vivenciada. Materiais e métodos: Estudo qualitativo, realizado com pacientes adultos em lista de espera para transplante de órgãos sólidos que utilizavam o Facebook – popular rede social da internet. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas remotamente com 8 participantes, e analisados por meio de análise de conteúdo. Resultados: Foram encontradas três categorias que expressam a vivência da espiritualidade pelos pacientes que aguardam por transplante de órgãos sólidos, sendo elas: dando sentido à difícil espera pelo transplante; encontrando forças para atravessar a espera; e cultivando boas obras e gratidão. Conclusão: O estudo possibilitou compreender de que forma os pacientes que aguardam por um transplante de órgão sólido vivenciam sua espiritualidade e como esta influencia o processo de espera pelo tratamento. Para esses pacientes, a espiritualidade revelou-se como poderoso recurso de enfrentamento às adversidades encontradas durante o aguardo pelo transplante. Recomendamos que mais estudos sejam feitos, com o intuito de melhor compreender a vivência espiritual e buscando estabelecer estratégias de intervenção neste contexto.

Introdução: A incidência de carcinoma de células renais no rim transplantado é extremamente rara. Relato de caso: Mulher de 42 anos foi submetida a transplante renal, com doadora viva relacionada, de sua mãe de 60 anos, devido a glomerulonefrite, levando a doença renal em estágio terminal.Ultrassonografia, 9 anos após a transplante, revelou tumor renal de pólo inferior no enxerto renal com imagem suspeita de neoplasia maligna na tomografia computadorizada. A paciente foi submetida à nefrectomia parcial e a análise histológica revelou carcinoma de células claras.Considerações finais: Após um ano de seguimento, os níveis séricos de creatinina estão normais e não há sinais de metástases ou recorrência tumoral.

A pandemia de Covid-19 apresentou impactos severos em diversos setores da sociedade, principalmente na área da medicina. Nesta, uma área de atuação muito impactada foi a de transplantes, que no começo teve de ser paralisada em inúmeros centros, por variadas razões. O objetivo deste artigo foi analisar, de forma comparativa entre os anos de 2019 e 2020, o impacto da pandemia de Covid-19 nos números de transplante do Hospital de Base (HB), referência nacional em transplantes, e no estado de São Paulo, bem como no número de doações dessas localidades.Ométodo utilizado neste trabalho foi a análise comparativa por meio de dados obtidos pelo Registro Brasileiro de Transplantes, pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e pelo Sistema Estadual de Transplantes. Foram analisados os seguintes órgãos no HB e no estado de São Paulo: coração, fígado, pulmão e rim. Pâncreas foi analisado apenas no estado. Por meio das análises, observou-se que no HB houve queda nos números de transplante de todos os órgãos analisados, e no estado de São Paulo, nos números de transplante de pulmão e rim, mantendo-se o número de transplante de pâncreas e aumentando os números de transplante de coração e fígado. Com relação aos doadores, observou-se queda nas notificações de potenciais doadores, mas aumento do número de doadores efetivos, por causa da diminuição da taxa de recusa familiar.

Esta é uma revisão sobre o manejo cirúrgico do carcinoma hepatocelular, complicação freqüente e importante da cirrose hepática, e que é considerado, atualmente, uma doença pré-maligna. A hepatite B e a hepatite C crônica também são fatores de risco importantes. Com cerca de 5 cm de tamanho, o nódulo regenerativo passa a perder diferenciação e a demonstrar invasão vascular microscópica. Apenas cerca de 15% dos carcinomas hepatocelulares são passíveis de intervenção cirúrgica potencialmente curativa no momento do diagnóstico. O diagnóstico diferencial com outros tumores hepáticos é efetuado através da fase arterial da tomografia computadorizada. O único tratamento potencialmente curativo para carcinoma hepatocelular, atualmente, é a ressecção do tumor, seja esta realizada através de hepatectomia parcial ou de hepatectomia total com transplante hepático. Pacientes portadores de cirrose hepática Child C não devem ser submetidos a ressecção hepática parcial. Para estes, as opções terapêuticas restringem-se apenas ao transplante hepático quando selecionáveis. Atualmente, os pacientes cirróticos portadores de hepatocarcinoma podem ser transplantados desde que tenham lesão única com até 5 cm ou até três lesões de, no máximo, 3 cm cada. A sobrevida em 5 anos para pacientes transplantados pode alcançar 70%.

A demanda de órgãos para transplante necessita de um sistema eficaz na identificação de potenciais doadores. A expansão da base de doadores no Paraná, atingindo 43,8 doadores/pmp em 2019, ocorreu pelo aumento da média de idade (46,3±1,68), principalmente da faixa etária dos 50 aos 79 anos. Houve mudança na principal etiologia de morte encefálica, modificada dos traumatismos crânio-encefálicos (28,10%), para os acidentes vasculares cerebrais (46,35%). A média do número de transplantes realizados por cada doador efetivo foi de 2,14±0,37, com média de 52,24±18,48 transplantes pmp. A queda da razão transplantes/doador efetivo é contrastada com o comportamento da linha dos transplantes/pmp. Perfil de doadores ideais foi modificado para doadores de critérios expandidos. A ampliação da base de doadores consegue beneficiar um número cada vez maior de pacientes.

O Paraná se destaca na oferta de órgãos para transplante. O sistema é inserido no Sistema Único de Saúde, portanto influenciado por desigualdades regionais. O índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) é utilizado para análise e compreensão do desenvolvimento e sua relação com a doação de órgãos é desconhecida. Objetivo é analisar a correlação do IDHM com a doação de órgãos no estado no período de 2011 a 2019. Ocorreram 2875 doações efetivas em 7,27% dos municípios, com diferença do IDHM daqueles com (0,7514±0,03) e sem (0,6981±0,03) doação. Municípios com IDHM alto e muito alto (59,65% do total), foram responsáveis por 97,46% das doações. O agrupamento por Regionais de Saúde demonstra correlação linear positiva entre o IDHM e as doações efetivas por milhão de população, porém sem diferença do IDHM médio entre elas. Há correlação entre o IDHM e os doadores efetivos, não sendo o único fator de influência.

Introdução: A fisioterapia precoce no pós-transplante é uma intervenção fundamental para aprimorar a recuperação dos pacientes, promovendo a melhora da função física, a redução de complicações e o aumento da qualidade de vida. Este resumo visa explorar os benefícios da fisioterapia iniciada imediatamente após o transplante e sua eficácia em acelerar a reabilitação tanto na capacidade funcional como na força muscular periférica do paciente. Objetivo: Avaliar os efeitos da fisioterapia precoce em pacientes submetidos a transplantes de órgãos sólidos, por órgãos sólidos, compreendemos o coração, pulmão, rim, pâncreas e fígado, especificamente nos aspectos de força muscular, mobilidade e tempo de internação hospitalar. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática de estudos clínicos controlados, publicados entre 2010 e 2023, que investigaram os impactos da fisioterapia precoce em pacientes. As bases de dados consultadas e usadas nesse resumo incluíram o PubMed e Scopus. Os critérios de inclusão foram: estudos com pacientes adultos submetidos a transplantes de coração, pulmão, fígado ou rim, que receberam intervenção fisioterapêutica nas primeiras 48 horas pós-operatórias. A análise dos dados focou nas melhorias funcionais e na redução de complicações nos primeiros dias de cirurgia. Resultados: Os estudos analisados indicaram que a fisioterapia precoce resultou em melhora significativa da função pulmonar, evidenciada pelo aumento da capacidade vital forçada e do volume expiratório forçado no primeiro segundo. Além disso, observou-se aumento da força muscular, nos membros inferiores, o que facilitou a mobilidade precoce. Os pacientes que receberam fisioterapia precoce apresentaram menor incidência de complicações pulmonares, como pneumonia, e menor risco de trombose venosa profunda. Houve também uma redução significativa no tempo de internação hospitalar, em média, de 3 a 5 dias. Conclusões: A fisioterapia precoce no pós-transplante mostra-se benéfica, contribuindo principalmente para a recuperação acelerada e eficaz dos pacientes. A intervenção precoce promove melhorias também na função pulmonar, aumento da força muscular e mobilidade, além de reduzir complicações e o tempo de internação. Esses achados destacam a importância de incluir a fisioterapia como parte integral dos protocolos de cuidado pós-transplante, visando otimizar os resultados clínicos, o bem estar do paciente no pós cirúrgico e a qualidade de vida dos pacientes a longo prazo. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: Observa-se ao longo dos anos uma ampla inserção do Serviço Social na política de saúde, principalmente a partir do contexto de Reforma Sanitária, datado de meados da década de 1970, e que culminou na Constituição Federal de 1988 em um sistema de saúde público, universal, descentralizado e que ressalta a consideração dos determinantes sociais no processo de saúde-doença. É nessa perspectiva que o profissional Assistente Social se insere, decifrando as diversas expressões da questão social que atravessam a vida cotidiana dos usuários. Objetivo: Analisar as expressões da questão social que se colocam como obstáculos para acesso ao transplante de medula óssea. Desenvolvimento de experiência: O Serviço Social compõe a equipe de profissionais do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE/UERJ), realizando atendimentos com usuários da Hematologia que podem vir a realizar o transplante de medula óssea. Dentre os instrumentos técnico-operativos utilizados pelo Serviço Social, reforça-se a elaboração do estudo social, por meio do qual é possível compreender de forma ampla a conjuntura social em que se inserem os usuários. Os dados levantados nesses estudos permitem-nos observar os principais atravessamentos sociais que são colocados a muitos usuários em tratamento hematológico e estão na espera do transplante. Destacam-se o desemprego, a precarização dos vínculos de trabalho, incluindo a informalidade, vínculos familiares fragilizados e a dificuldade de acesso ao hospital devido à distância de seu local de moradia. Através do estudo social e do conhecimento de sua realidade, é possível prestar orientações que possibilitam ao usuário acessar direitos sociais, tais como: Benefício de Prestação Continuada (BPC); Auxílio por Incapacidade Temporária; Tratamento Fora de Domicílio (TFD); Casa de apoio etc. Com a obtenção desses direitos sociais, o usuário tem a possibilidade de prosseguir com seu tratamento, realizar o transplante de medula óssea e se recuperar do mesmo com as suas nuances sociais assistidas. Conclusões: Destarte, apesar da importância do acesso aos direitos sociais para a continuidade do tratamento e da possibilidade de transplante da medula óssea, ressalta-se que a questão social não deve ser um impeditivo para que o usuário chegue ao transplante. Neste sentido, cabe ao Serviço Social intervir, em conjunto com os usuários, sobre as condicionalidades que possam dificultar a sua recuperação e para a garantia da integralidade da assistência. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Objetivo: Descrever o caso de um paciente com obesidade e doença renal crônica (DRC) em diálise peritoneal que se submeteu à gastrectomia vertical (GV) por videolaparoscopia para perda ponderal e alcançar o objetivo de transplante renal. Introdução: A obesidade é um fator de risco para DRC e a cirurgia bariátrica pode ser uma ferramenta para o tratamento da obesidade severa, reduzindo fatores de risco para DRC e promovendo a perda ponderal necessária para o transplante renal. Relato do caso: Paciente masculino de 28 anos com obesidade mórbida (IMC 59,81 kg/m²) e DRC secundária a nefroesclerose hipertensiva e uso abusivo de anti-inflamatórios não esteroides. Em terapia de diálise peritoneal e com histórico familiar de hipertensão. Após tentativas de perda ponderal com dieta e medicação, foi submetido à GV por videolaparoscopia. Discussão: A GV foi a opção cirúrgica escolhida devido à presença de diálise peritoneal e possíveis aderências que dificultariam a realização do bypass gástrico em Y de Roux (BGYR). [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Este estudo descreve o perfil de pacientes candidatos a retransplante renal em um hospital universitário. Foram coletados dados de sete pacientes em preparação para o retransplante. A maioria era do sexo feminino (57,1%), com idade média de 48,71 anos. O tempo médio de espera por um novo órgão foi de 9,14 meses. Todos os pacientes realizavam hemodiálise enquanto aguardavam o transplante. O conhecimento do perfil desses pacientes é fundamental para oferecer uma assistência de enfermagem de qualidade e fortalecer as fragilidades ocorridas no tratamento anterior, aumentando as chances de sucesso do retransplante. Introdução: O transplante renal é a melhor opção de tratamento para pacientes com doença renal crônica. No entanto, alguns pacientes perdem o enxerto e necessitam de retransplante. Objetivo: Descrever o perfil de pacientes candidatos a retransplante renal em um hospital universitário. Metodologia: Estudo quantitativo com sete pacientes em preparação para retransplante renal. Os dados foram coletados entre fevereiro e abril de 2024. Resultados: • Sexo: feminino (57,1%), masculino (42,9%). • Idade média: 48,71 anos. • Ocupação: aposentadas (42,9%), bióloga (14,27%), atendente (14,27%), cuidadora (14,27%), estudante (14,27%). • Estado civil: solteiro (57,1%), casado (28,54%), viúvo (14,27%). • Escolaridade: fundamental incompleto (42,9%), analfabeto (14,27%), médio completo (28,54%), superior completo (14,27%). • Município de residência: Rio de Janeiro (71,46%), Petrópolis (14,27%), Nova Iguaçu (14,27%). • Idade do primeiro transplante: 31,71 anos. • Duração média do enxerto: 15,71 anos. • Número de transplantes anteriores: 1 (71,46%), 2 (28,54%). • Tipo de doador: vivo (42,9%), falecido (57,1%). • Motivo da perda do enxerto anterior: rejeição crônica (42,9%), não sabe relatar (28,54%), falha do enxerto (14,27%), rejeição aguda (14,27%). • Tempo de espera por novo órgão: 9,14 meses. • Tratamento atual: hemodiálise. Conclusão: O perfil dos pacientes candidatos a retransplante renal é heterogêneo. Conhecer esse perfil é essencial para oferecer uma assistência de enfermagem de qualidade e aumentar as chances de sucesso do retransplante. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: O transplante cardíaco (TC) é o tratamento padrão-ouro para insuficiência cardíaca avançada. Desde 1968, quando foi realizado pela primeira vez no Brasil, o país é líder na América Latina em volume de transplantes cardíacos, com 6204 procedimentos de 1997 até março de 2024. O manejo no período pós-operatório é desafiador e demanda cuidado multidisciplinar integrado e com protocolos institucionais bem definidos, ilustrados no caso descrito. Apresentação do caso: Homem de 57 anos submetido a transplante cardíaco por insuficiência cardíaca avançada, etiologia hipertensiva, com implante de marcapasso definitivo, permanência em suporte hemodinâmico mecânico por cinco dias e hemodiálise por duas semanas no período pós-operatório. Recebeu alta hospitalar em uso de tacrolimus, prednisona, micofenolato, diltiazem, sildenafil, sinvastatina, sulfametoxazol-trimpetoprim e aciclovir. Após onze meses de transplante, enquanto realizava ecocardiograma transtorácico (ECOTT) de rotina, foi diagnosticado com derrame pericárdico grave com sinais de restrição e disfunção sistólica grave do ventrículo esquerdo de enxerto. Encontrava-se assintomático e com edema perimaleolar como único sinal ao exame físico de congestão volêmica. A biópsia endomiocárdica demonstrou infiltrado intersticial leve/moderado associado a necrose micocítica, grau ISHLT 2R. E o estudo himunohistoquímico afastou a rejeição mediada por anticorpos. Houve retomada de função cardíaca após drenagem pericárdica e pulsoterapia com metilprednisolona. Discussão: Embora a maior parte das complicações do TC ocorram nos primeiros meses, outras podem ocorrer mais tardiamente. O caso descrito ilustra a importância da suspeição de rejeição aguda de enxerto, que pode ter apresentação clínica muito heterogênea, diversa e inespecífica. A partir do seguimento da 3ª Diretriz Brasileira de Transplante Cardíaco, o ECOTT do 12° mês apontou a suspeita, confirmada posteriormente a partir da análise da biópsia endomiocárdica. Portanto, nota-se a importância do cuidado orientado por evidências e diretrizes clínicas, bem como pela equipe multidisciplinar especializada. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: O suporte transfusional é parte essencial do plano terapêutico de pacientes onco-hematológicos, principalmente os submetidos a transplante de medula óssea (TMO) uma vez que protocolos de condicionamento altamente aplasiantes e a pouca reserva medular pela doença de base, são as principais causas da alta necessidade transfusional dos receptores. Dessa forma, é indispensável o manejo adequado dos hemocomponentes em centros que realizam TMO, tendo em vista que as repercussões imuno-hematológicas das transfusões podem resultar em efeitos negativos no desfecho desses pacientes. Objetivo: Analisar dados sobre a necessidade transfusional de pacientes que realizaram TMO autólogo no hospital universitário Pedro Ernesto (HUPE), no período estudado. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, realizado no HUPE. Foram coletadas informações sobre o suporte transfusional de 25 pacientes submetidos a transplante autólogo de medula óssea, de janeiro de 2023 a abril de 2024. Os dados foram coletados a partir da plataforma HEMOTE e do prontuário eletrônico, e o intervalo considerado foi desde a realização do transplante à recuperação medular de cada paciente. Resultados: A mediana de idade dos pacientes é de 55 anos (29-74), sendo 9 diagnosticados com linfomas e 16 com mieloma múltiplo. A mediana de dias para a pega do enxerto foi de 12 dias. Dos 25 pacientes estudados, 23 necessitaram de transfusão. A mediana do número total de hemocomponentes para todos os pacientes foi de 2. A mediana do número de transfusões de plaquetas no grupo linfoma foi o dobro em comparação com a do grupo mieloma (4 e 2, respectivamente). No grupo mieloma, o número de concentrados de hemácias (CH) variou de 0 a 1, enquanto no grupo linfoma a mediana foi de 2 concentrados (1-7). Cinco pacientes do estudo tiveram alguma reação transfusional, sendo quatro delas alérgicas e uma febril não hemolítica. Conclusão: Pacientes submetidos a TMO autólogo necessitaram de pelo menos uma transfusão no período peri transplante. O concentrado de plaquetas é o hemocomponente mais utilizado nesse contexto, sendo muitas vezes escasso nos hemocentros. O número de reações transfusionais foi elevado nesse grupo de pacientes. Uma comunicação efetiva entre a hemoterapia e o serviço de hematologia é essencial para o gerenciamento dos hemocomponentes e a notificação adequada de reações transfusionais, visando a melhor assistência para o paciente e a prevenção de eventos adversos. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: Após a cirurgia de transplante de fígado, é comum o sobrepeso e mais de 20% podem desenvolver obesidade já no primeiro ano. A obesidade se associa a complicações graves como doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD), diabetes, hipertensão e risco aumentado de mortalidade. O tratamento cirúrgico indicado para obesidade severa e refratária, inclui técnicas como a banda gástrica ajustável (BGA), gastrectomia vertical (GV) e o bypass gástrico com Y de Roux (BGYR), capazes de reduzir o volume do estômago, melhorando comorbidades associadas, além de beneficiar a função hepática e reduzir complicações pós-transplante. Caso: MJCS, sexo masculino, 55 anos, submeteu-se a um transplante hepático em 2014 devido a cirrose por vírus C. Apresenta histórico de hipotireoidismo, hipertensão arterial, diabetes mellitus e obesidade grau 3. Desde junho de 2023, após encaminhamento da hepatologia, iniciou acompanhamento pelo SAI-Ob/HUPE. Peso inicial de 114,35 kg, peso máximo relatado de 125,9 kg e peso atual de 110,8 kg, com IMC de 41,7. A ultrassonografia demonstra fígado de forma e dimensões normais, contorno regular e leve aumento da ecogenicidade, por esteatose e na elastografia hepática se observou fibrose hepática moderada (Metavir F2) e esteatose significativa (CAP S3). Nesse contexto, a conduta terapêutica indicada foi a cirurgia metabólica bariátrica, para tratamento da obesidade e possível redução do dano hepático no fígado transplantado. Discussão: Em pacientes submetidos a transplante hepático por hepatite viral, é crucial monitorar o estado metabólico e dislipidêmico, preditores significativos da MASLD. A obesidade pode já apresentar efeitos adversos no fígado transplantado, como indicado por irregularidades nos exames acima. A escolha do método cirúrgico para cirurgia bariátrica e metabólica deve ser personalizada, considerando-se a história clínica individual. O BGYR está associado a disabsorção de nutrientes, eletrólitos, vitaminas, além de medicamentos imunossupressores, já a BGA aumenta o risco de infecção em pacientes imunodeprimidos. Casos de cirrose podem cursar com aumento da hipertensão portal e risco de varizes esofagogástricas, destacando a GV como método preferencial já que reduz o risco de sangramentos no local cirúrgico e pode influenciar menos a absorção de nutrientes e medicamentos. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: O citomegalovírus (CMV) é um vírus de DNA de fita dupla pertencente à família Herpesviridae que infecta humanos. Cerca de 50% da população mundial é portadora do vírus. A incidência de infecção ativa por CMV é extremamente alta em receptores de transplantes de órgãos sólidos devido à imunossupressão, sendo considerada uma importante causa de disfunção do enxerto e morbimortalidade pós-transplante renal. O diagnóstico padrão-ouro de infecção ativa por CMV consiste na detecção do DNA viral. Objetivo: Identificar infecção ativa por CMV em uma coorte de pacientes transplantados renais que apresentaram sinais e sintomas compatíveis no período de maio de 2023 a maio de 2024, em qualquer momento pós-transplante, nos Hospitais Federais de Bonsucesso e Universitário Pedro Ernesto. Metodologia: A quantificação da carga viral do CMV foi realizada através da extração de DNA total do plasma em tubos de EDTA das amostras dos pacientes, seguida da amplificação da sequência de interesse utilizando o kit X GEN MASTER CMV por PCR em tempo real. Os valores obtidos foram convertidos e expressos em cópias/mL. Resultados: Dos 630 exames realizados no período do estudo, 63% das amostras foram provenientes do Hospital Federal de Bonsucesso e 37% do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Das análises realizadas, 42% dos resultados (267) foram positivos para CMV e 58% (363) negativos. Entre as amostras positivas, 44% eram de pacientes do sexo feminino e 56% do sexo masculino. A quantificação da carga viral do CMV revelou que: • 44% (117) apresentaram quantificação de 0 a 1.000 cópias/mL; • 36% (96) apresentaram quantificação de 1.000 a 10.000 cópias/mL; • 20% (54) apresentaram quantificação acima de 10.000 cópias/mL. Conclusão: Nosso estudo demonstra a alta frequência de infecção ativa por CMV em pacientes transplantados renais, evidenciando a importância da quantificação da carga viral por PCR em tempo real para o diagnóstico e controle do tratamento da infecção nesses pacientes. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Objetivo: Identificar os sentimentos predominantes de pacientes transplantados renais em relação ao transplante e ao processo de recuperação, com foco na espiritualidade. Metodologia: Estudo descritivo realizado com 20 pacientes transplantados renais internados no Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) entre maio e junho de 2024. Foram coletados dados através de anamnese clínica e do questionário de espiritualidade HOPE. Resultados: • Significado da doação: A doação de órgãos foi vista como um ato de gratidão e contribuição para o bem--estar do receptor, no caso de doador vivo. Já na impossibilidade de doação por negativa ou incompatibilidade, os pacientes questionaram a vontade divina ou sentiram culpa. No caso de doação de cadáver, foi observado desconforto com a necessidade de uma morte para a sua sobrevivência. • Sentimento de culpa: Metade dos pacientes expressou culpa por motivos como a paralisação da rotina familiar devido ao tratamento, disfunções familiares ou falta de conhecimento sobre os cuidados no pré-transplante. A culpa assume diferentes conotações quando a espiritualidade é considerada. • Isolamento social e carência de cuidado: A internação gerou dificuldades relacionadas ao isolamento social e ao ambiente hospitalar, especialmente em leitos de isolamento. A perda do suporte familiar foi fonte de sofrimento para alguns, afetando a perspectiva do cuidado recebido e gerando crises sentimentais relacionadas à autoestima. Conclusão: O transplante renal é fonte de esperança para os pacientes, mas também gera sentimentos negativos como culpa e carência de cuidado. A abordagem da espiritualidade é fundamental para auxiliar os pacientes a lidar com esses sentimentos e promover o seu bem-estar integral. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: O maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo é brasileiro. Este é garantido a toda a população por meio do Sistema Único de Saúde, responsável pelo financiamento de mais de 85% dos transplantes no país. Objetivo: Entender a dinâmica, entre a oferta e a demanda, da transplantação realizada no território brasileiro, mais especificamente no Rio de Janeiro, nos três primeiros trimestres de 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, retrospectivo, descritivo acerca dos dados de transplante de tecidos e órgãos disponibilizados pelo Registro Brasileiro de Transplantes. O estudo foi feito a partir de dados secundários, baseado nos elementos apresentados pelo sistema de transplantes do território, sendo feito um recorte no estado do Rio de Janeiro, entre os meses de janeiro a setembro de 2023. Resultados: O número total de transplantes no território brasileiro, durante os meses de janeiro a setembro de 2023, foi de 6.559, contabilizando coração, fígado, intestino e entre outros. Sendo que os tecidos e a córnea foram transplantados 12.014 no total e o de medula óssea foram 3.062. Conclusão: Notamos que os principais órgãos transplantados foram rins, fígado e coração em todo o território brasileiro. Entretanto, a maior demanda à nível nacional é de rim e no RJ córnea. A oferta de órgãos e tecidos é proveniente, na maioria das vezes, de pacientes que sofreram morte encefálica, principalmente causada por acidente vascular encefálico, sendo os homens mais acometidos. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: Segundo o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), o transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH) pode auxiliar no tratamento de cerca de oitenta doenças. Porém, é cercado por mitos e tabus, que dificultam a adesão de potenciais doadores. Logo, o incentivo ao cadastro de novos doadores é essencial para popularizar o transplante alogênico de medula óssea. Objetivo: Relatar a experiência da Liga de Oncologia (LiOnco) da UERJ na produção de uma campanha de cadastro de novos doadores de células-tronco hematopoéticas. Desenvolvimento da experiência: Visto a necessidade de uma busca de doadores, a LiOnco elaborou uma campanha para divulgar o TCTH e estimular o autocadastro no REDOME. Fez-se um forms para os membros, intitulado "Questionário de Conhecimento sobre Doação de Medula Óssea", para suscitar dúvidas e explorar ideias de senso comum. Utilizou-se as informações coletadas para criar o material informativo. Escolheu-se os dias 5 e 6 de junho de 2024 para a realização do "Dia D de cadastro de doadores de medula óssea", visando a captação ativa de doadores. Ela ocorreu no corredor cultural do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), das 9h às 16h, com equipes formadas por membros da liga e com a colaboração do Laboratório de Histocompatibilidade e Criopreservação. Fez-se previamente postagens nas redes sociais com o chamado para o "Dia D", sobre os tipos de TCTH e vídeos sensibilizadores de transplantados. Além disso, fez-se a divulgação oral nas salas de aula do curso de Medicina da UERJ. A taxa de adesão à campanha foi significativa, com 138 novos cadastros. Conclusões: A realização da campanha pela LiOnco demonstrou o potencial transformador que as ligas acadêmicas podem exercer ao se engajarem em ações voltadas para a promoção da saúde e o bem-estar da comunidade. Essa experiência complementa a formação acadêmica, preparando os futuros profissionais de saúde para atuarem de maneira mais consciente e comprometida com as necessidades da população. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: Pacientes que expressam anticorpos alogênicos específicos para HLA são descritos como sensibilizados, podendo ocorrer após a gravidez, transfusão de sangue ou transplante. A sensibilização pré-transplante diminui o número de doadores compatíveis, aumentando o tempo de espera para o transplante. Pacientes não sensibilizados às moléculas HLA podem desenvolver anticorpos específicos do doador (DSAs) após o transplante. O risco desses eventos é proporcional ao número de antígenos do doador incompatíveis com o receptor. A detecção de anticorpos anti-HLA é realizada através do teste Reatividade de Anticorpos contra Painel HLA (PRA). Objetivo: Identificar a presença de anticorpos HLA em uma coorte de pacientes transplantados renais em qualquer momento pós transplante que se apresentaram com sinais e sintomas compatíveis no período de maio de 2023 até maio de 2024 no Hospital Federal de Bonsucesso e no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Metodologia: A detecção de anticorpos HLA foi realizada através do soro ou plasma das amostras dos pacientes seguida do uso dos kits Labscreen Mixed, Single Classe 1 e 2 por citometria de fluxo. Resultados: Dentre os 660 exames realizados no período do estudo, 70% dos pacientes são do Hospital Federal de Bonsucesso e 30% do Hospital Universitário Pedro Ernesto. Das análises realizadas, 48% dos resultados obtidos foram negativos (316) e 52% foram negativos (344). Dentre as amostras que apresentaram resultados positivos, 29% (185) são positivas para anticorpos de classe 1 e 2, 11% (76) sendo positivas somente para classe 1 e 12% (83) sendo positivas somente para classe 2. Também foi observado em 90 amostras a tipagem HLA dos doadores, 21% não possuem compatibilidade nos alelos HLA A e B, 20% possuem compatibilidade em um alelo HLA A e B. Para a classe 2 foi observado que 10% não possuem compatibilidade no alelo DRB1 e 10% possuem um alelo compatível em HLA A, B e DRB1. Ao avaliarmos os resultados obtidos correlacionando o tempo de transplante, observamos que em 14 pacientes no primeiro ano do transplante tendem a apresentar um PRA positivo (12) com presença de anticorpos específicos contra o doador (7). Conclusão: Nosso estudo demonstra a importância do acompanhamento dos anticorpos HLA em pacientes pós transplantados para evitar danos que alterem a funcionalidade do enxerto e até mesmo a perda do mesmo. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: O transplante de órgãos e tecidos é uma alternativa terapêutica eficaz para tratar diversas doenças e insuficiências terminais. No entanto, há uma escassez de protocolos precisos para o atendimento odontológico desses pacientes, o que demanda estratégias diferenciadas para a avaliação e cuidados pré, trans e pós-transplante. Objetivo: Desenvolver uma proposta de bundle de cuidados orais com diretrizes específicas para pacientes transplantados de órgãos e tecidos. Metodologia: Foi realizada uma análise qualitativa de materiais disponíveis online, utilizando descritores como "transplante", "odontologia", "bundle" e "cuidados orais". Foram incluídos artigos das bases de dados MEDLINE/PubMed, LILACS e SCIELO, excluindo artigos em idiomas que não fossem inglês, espanhol ou português, e que não abordassem diretamente a correlação entre transplantes e manejo odontológico. Resultados: O tratamento odontológico é essencial na preparação pré-transplante, removendo focos de infecção e lesões causadas por imunossupressores ou infecções oportunistas, além de realizar profilaxias. No período pós-transplante, é importante continuar o monitoramento das lesões, manutenção das condições bucais e cuidados com procedimentos invasivos, como implantes e raspagens, para evitar complicações. O planejamento do procedimento odontológico é crucial para garantir a segurança do paciente debilitado e evitar complicações que possam comprometer o sucesso do transplante, uma vez que infecções odontológicas representam um perigo significativo. Conclusão: A implementação de um bundle de cuidados orais pode contribuir significativamente para o tratamento de pacientes candidatos a transplante, melhorando a eficácia do procedimento e assegurando a integração entre a saúde oral e sistêmica. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: A espiritualidade é um aspecto inerente à humanidade, cuja relação com o processo de saúde e adoecimento tem sido demonstrada na literatura. O termo "coping" (enfrentamento) religioso foi apregoado em 2000 e designa como a espiritualidade pode aliviar o processo de adoecimento. Tal conceito consolida-se por meio de evidências científicas como instrumento de minoração de estresse e melhora de desfechos em saúde. Objetivo: Descrever como as crenças e redes de apoio permeiam as etapas do transplante renal em pacientes do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE). Metodologia: Aplicação de anamneses espirituais com oito pacientes transplantados renais do HUPE, no primeiro semestre de 2024, compostas por história clínica, fontes de apoio, e na aplicação do questionário HOPE. Realizadas análises epidemiológicas e qualitativas acerca do perfil religioso, espiritual, interpessoal e médico e análise das manifestações positivas e negativas do "coping" espiritual. Resultados: A etiologia da DRC foi HAS (25%), DM e HAS (25%), causas congênitas (37,5%) e indeterminada (12,5%), com faixa etária de 35,3. A Sociedade Brasileira de Nefrologia publicou em 2016 que 34% dos transplantados renais possuem Hipertensão (HAS) e 30% Diabetes (DM) como causa da Doença Renal Crônica (DRC), sendo a média etária de 50,2. O IBGE de 2022 evidencia que 50% da população é católica, 31% evangélica, 10% indeterminados e 0,3% judeus. Esta amostra é formada por 37,5% pacientes sem religião, 37,5% católicos, 12,5% evangélicos e 12,5% judeus. De acordo com as entrevistas, a família e Deus são as principais fontes de apoio, correspondendo a 75% e 25%, respectivamente. Metade dos pacientes relata que as demais relações tornaram-se mais frágeis no processo pré e pós-transplante. Deus é citado como fonte de enfrentamento por 75% dos pacientes. Premissas da fé cristã são citadas como fontes de força, tais como fé, alegria e propósito. Dicotomicamente, sinais de "coping" negativo são percebidos em 62,5% dos pacientes, sendo o principal a culpa. Conclusões: Em resumo, observamos que o perfil epidemiológico e etário da DRC da amostra caracteriza pacientes jovens e predomínio de doenças congênitas, o que reflete o nível quaternário. Tratando-se de religiosidade, foi detectado retrato religioso distinto, em virtude do tamanho da amostra. Destacam-se Deus, a fé e a família como principais meios de apoio em todo permeio do transplante e a culpa como potencial fragilidade da espiritualidade. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: Atualmente, no Brasil, cerca de 60 mil pessoas aguardam por um órgão na lista de espera nacional de transplantes, sendo 37 mil por um rim. A lista é baseada em critérios técnicos como tipagem sanguínea, compatibilidade genética, peso, altura e outros específicos para cada órgão. O Brasil é referência mundial em transplantes, realizando cerca de 20 mil transplantes por ano, ocupando o 2° lugar como maior transplantador do mundo. Ainda assim, em 2019, mais de 5 mil famílias recusaram a autorização para doação de órgãos de seus parentes. Objetivos: Para incentivar a doação e aumentar o número de transplantes, a Lei n° 14.722/2023, que institui a Política Nacional de Conscientização e Incentivo à Doação e Transplante de Órgãos e Tecidos, entrou em vigor em fevereiro de 2024. A lei visa promover a discussão, esclarecer e desmistificar o tema. Em abril de 2024, foi lançada a campanha "Um Só Coração: seja vida na vida de alguém", que divulga a nova Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Para se declarar doador, basta acessar o site da AEDO, solicitar o certificado e preencher um formulário. Em seguida, será emitida a autorização e, em caso de necessidade, seu médico poderá agir conforme o documento. Metodologia: Devido a esse novo programa, viu-se a oportunidade de informar os acadêmicos de enfermagem sobre o assunto, com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos estudantes e fazer uma campanha para que mais pessoas se declarem doadoras. A iniciativa consistiu em uma atividade educativa com alunos do 5° e 2° períodos de enfermagem, na qual foi abordada a temática e os presentes puderam tirar suas dúvidas e compartilhar relatos pessoais e profissionais para enriquecer e dinamizar a experiência. Resultados: A palestra iniciou-se com uma introdução sobre os principais critérios de inclusão na lista de transplantes no Brasil, fornecendo uma base sólida sobre o tema; abordou a resistência de algumas famílias à doação devido a crenças pessoais e falta de informação; e apresentou a AEDO, com uma simulação do processo de inscrição no site, despertando o interesse dos alunos. Conclusão: Esta ação foi capaz de captar a atenção para o tema e sensibilizar possíveis doadores, podendo mudar positivamente os números de transplantes no país, alinhando-se com os objetivos da Lei e promovendo a vida e a esperança para milhares de pessoas que aguardam um transplante. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Introdução: Embora o tratamento do câncer de cabeça e pescoço tenha evoluído nos últimos anos, ainda é um desafio preservar e restaurar a simetria facial após o mesmo, comprometendo significativamente a qualidade de vida dos pacientes. Em cirurgia reconstrutiva, o enxerto de gordura autóloga vem sendo usado para tratar defeitos de volume e de contorno. O objetivo é revisar os efeitos do enxerto de gordura em pacientes com radiodermite, devido ao tratamento radioterápico de câncer de cabeça e pescoço. Métodos: Revisão de literatura nas bases PubMed e SciELO, buscando estudos publicados nos últimos 20 anos nas línguas portuguesa, inglesa ou espanhola. Foram utilizados os descritores "adipose tissue", "transplantation", "neoplasms", "head and neck neoplasms" e "radiotherapy"; e os termos não descritores "fat grafting", "fat transplantation" e "fat graft". Resultados: De 212 artigos encontrados, apenas 7 estavam em conformidade aos critérios de elegibilidade. Conclusão: A revisão sugere que a lipoenxertia em reconstrução oncológica de cabeça e pescoço é um tratamento seguro e permite otimizar os resultados estéticos e funcionais. Faltam estudos prospectivos para melhor definição de técnicas e de resultados.

Introdução: O acometimento por Covid-19 pode ocasionar miocardite fulminante, tornando o processo pré-transplante mais curto e de rápida progressão. Objetivo: Relatar o caso de um paciente que após infecção por Covid-19 evoluiu para transplante cardíaco, bem como as intervenções educativas de enfermagem realizadas nesse processo. Método: Trata-se de case report aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob protocolo nº 52318721.7.0000.5462, descrito conforme diretrizes do Care e sistematização da assistência de enfermagem de um adulto que, ao contrair Covid-19 em junho de 2020, evoluiu em seis meses para miocardite, insuficiência e transplante cardíaco, num hospital cardiológico da cidade de São Paulo (SP). Resultados: Adulto jovem, do sexo masculino, apresentou sintomas leves de Covid-19 e evoluiu com agravamento dos sintomas sistêmicos, falha no desmame de drogas vasoativas e implante de dispositivo de balão intraórtico com desfecho para transplante cardíaco. O caso relatado mostrou a evolução desse paciente jovem, sem antecedentes de doença cardiovascular, evoluindo para o transplante cardíaco, diferentemente do que consta da literatura sobre pacientes transplantados que adquiriram Covid-19. A evolução da doença exigiu intervenções sistematizadas assistenciais e educativas de enfermagem, foco deste estudo para obtenção dos resultados de educação em saúde. Conclusão: O paciente, com diagnóstico de enfermagem de disposição para conhecimento melhorado, por meio da intervenção da melhora da educação em saúde, obteve como resultado o conhecimento de controle da insuficiência cardíaca e teve como desfecho o transplante cardíaco, com adesão intra-hospitalar à terapêutica, devendo ser monitorado pós-alta.

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The subject is a male patient with a history of rheumatoid arthritis, dry eye syndrome and corneal transplant 3 years ago. Patient reports decreased visual acuity in his right eye. On physical examination, a rejection line is detected in meridian 6 of the cornea and temporal conjunctival hyperemia. A month later, he reports increased pain, conjunctival hyperemia, excessive secretion and visual acuity decreased to finger count at 3 meters in his right eye. The examination reveals a 360° corneal vascularization and aseptic perforation of the central cornea. The first therapeutic measure was cyanoacrylate and soft contact lenses, moxifloxacin 0.5% eye drops every 4 hours and sodium hyaluronate 0.1% eye drops. Fifteen days later, he did not report improvement and his visual acuity was reduced to finger count at 2 meters. On examination, neovascularization in four quadrant and seidel test was positive. The next day a conjunctival graft was performed improving the clinical condition; finally, a second tectonic corneal transplant was executed. The therapeutic and surgical approach to a corneal perforation depends on the size, shape, location and cause of the lesion, with cyanoacrylate tissue adhesives being useful in small lesions. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

Objective: To map care technologies capable of subsidizing safety in the stages of the organ transplantation process. Methods: Scope review developed in five stages through searches in six databases, between October and November 2020. Results: Among the selected publications, 2020 was the year with the highest number of studies (25.92%), the PubMed database had the largest selection of articles (37.03%) and the country with the largest number of publications was the United States (51.85%). As for the care technologies identified, 77.77% were light-hard and 22.22% were hard. Regarding the type of technology, 51.85% are digital, 22.22% machines / equipment, 14.81% predictive models and others related to protocol and robotic technology (11.11%). Conclusion: In relation to the potential of the technologies, they provide monitoring, data tracking, health education, permanent education, rapid and effective communication of organs, as well as quality in the stages of the transplant and safety processes. The impact of this study is the visualization of the panorama of technological development in health in the context of organ transplants, highlighting the areas that are being studied and the problems in this context that are being solved through health technologies. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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