1. Burnout e Estratégias de Coping nos Médicos de Medicina Geral e Familiar dos Cuidados de Saúde Primários pertencentes a Unidade de Saúde Local de Matosinhos
- Author
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Teresa Sousa-Ferreira, Catarina Freitas, Hugo Rocha, Tânia Moreira, João Marques, Raquel Correia, and Fátima Ferreira
- Subjects
burnout ,coping ,médicos ,cuidados de saúde primários ,Psychiatry ,RC435-571 ,Psychology ,BF1-990 - Abstract
Introdução: O burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental, causado pelo envolvimento duradouro em situações de elevada exigência emocional, no local de trabalho. Os médicos têm uma das profissões consideradas mais stressantes, sendo que os Médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF) são dos que estão em maior risco de burnout. As estratégias de coping adotadas são cruciais para a transição de níveis de stress aumentado para burnout. Objetivos: Avaliar a prevalência e a gravidade do índice de burnout nos médicos especialistas e internos de MGF, em funções nos Cuidados de Saúde Primários (CSP) pertencentes à Uni- dade de Saúde Local de Matosinhos (ULSM); avaliar a relação entre o índice de burnout e variáveis sócio-demográficas e profissionais nesta amostra; avaliar a relação entre o índice de burnout e estratégias de coping dos profissionais na amostra. Métodos: Realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal, com componente analítica. Foi aplicado um questionário sócio-demográfico, o Inventário de Burnout (IB) e a Coping Job Scale de Latack (CJS) a uma amostra de 52 médicos (n=140) da ULSM, tendo sido, de seguida, analisados os dados obtidos através do SPSS. Resultados: A taxa de resposta foi de 37,1% (52 em 140 médicos). Destes profissionais, 40 pertenciam ao sexo feminino, 51,9% eram casados e 69.2% eram especialistas em MGF (restantes eram internos de formação específica). O nível total de burnout foi de 3.06±0.64. A Unidade de Saúde Familiar (USF) Progresso apresentou os valores mais elevados (38.20±4.51), seguida da USF Horizonte (32.33±5.83) e da USF Dunas (31.50±5.01). Não se verificaram diferenças entre o estado civil ou o grau académico e nível de burnout ou mecanismos de coping. Não foi encontrado nenhum efeito correlacional significativo entre burnout e mecanismos de coping no geral (r= 0.289, p>005), à excepção da correlação positiva entre o fator controlo e a dimensão “realização pessoal” (r = .407, p < .05). Discussão e Conclusões: No presente estudo, verificou-se um nível total de burnout de 3.06±0.64, valor em concordância com os resultados de burnout obtidos em outros estudos em Portugal na classe médica. Não foi encontrado nenhum efeito correlacional significativo entre burnout e estratégias de coping no geral, apesar de existir uma correlação positiva entre o fator controlo e a dimensão “realização pessoal".
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- 2019
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