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O advento cada vez mais agressivo da industrialização e tecnologia acarretou tanto em benefícios quanto em malefícios para nossa sociedade. Se por um lado houve a possibilidade de uma comunicação e um desenvolvimento veloz em direção ao conhecimento e ao crescimento econômico das civilizações, por outro, problemas ambientais foram desencadeados. O artigo expõe que tal debate por vezes é negligenciado por instituições escolares e o ensino de ciências. As argumentações conflitantes que opõem cultura versus natureza; produção e lucro versus consumo desenfreado e o descarte têm sido tratados nas escolas por muito tempo. Entretanto, a problemática ambiental é bem mais complexa do que é abordada por parte significativa dos professores do ensino médio e fundamental. Deste modo, novas concepções, perspectivas e problematizações sobre o tema devem ser exploradas. O objeto deste trabalho é discutir a partir de uma revisão narrativa como a dinâmica homem/ambiente tem sido explorada no processo didático-pedagógico em sala de aula, mais especificamente no ensino de Química. Com tantos conceitos, por vezes abstratos, o entendimento do aluno é prejudicado caso não haja adaptações à sua realidade. Assim, é necessário que as aulas sejam ampliadas com exemplos e situações de modo que possam ilustrar o cotidiano dos estudantes, tornando a aprendizagem significativa.

O processo de ensinar é muito desafiador para o professor, já que o mesmo precisa se adequar a realidade e particularidades do ambiente escolar, o qual está inserido. Nesse contexto, a abordagem da experimentação no processo de ensino e aprendizagem é uma ferramenta valiosa, para articular os conteúdos do currículo de química, pois permite fazer uma boa relação entre os conceitos teóricos ministrados nas aulas e vincular estes com a prática da vida social dos alunos, com isto, desperta a curiosidade e o espírito crítico dos educandos. No entanto, nem todas as escolas públicas possuem a estrutura física de um laboratório de química à disposição dos alunos para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem, para uma melhor aprendizagem do conteúdo a partir da atividade experimental. Estas atividades possibilitam que os estudantes visualizem os fenômenos químicos nas reações. Diante do exposto, e também das limitações dos laboratórios nas escolas, este trabalho fez uso de tecnologias digitais para auxiliar o processo de aprendizado. Nesta perspectiva, o objetivo foi a analisar a aplicação de um vídeo produzido pelos pesquisadores, com a intencionalidade de demonstrar os processos de separação de misturas e sua relação com o cotidiano. O vídeo foi gravado com aparelho celular usual dos pesquisadores em sua residência realizando o experimento de separar misturas por meio da densidade, para esse fim, foram utilizados reagentes de fácil acesso de forma que o experimento poderia ser replicado pelos alunos. O recurso pedagógico foi aplicado em um dos momentos da sequência didática em uma turma do primeiro ano do ensino médio de uma escola pública do agreste Paraibano. Para verificar se esta abordagem foi bem recebida pelos estudantes e se contribuiu com a aprendizagem, foi aplicado um questionário Google Forms com 5 questões objetivas/subjetivas para verificar o nível de aceitação do recurso didático utilizado. Com a análise dos dados foi possível verificar que os alunos valorizam a proposta experimental apresentada no vídeo e gostariam que aulas práticas fossem utilizadas em outras oportunidades. Esses dados revelam que as TDICs devem ser usadas nos processos de ensino, pois estas dialogam com o mundo contemporâneo e eles são considerados nativos digitais. Os dados sinalizaram que há necessidade do uso frequente de diferentes métodos para complementar o conteúdo teórico, e tornar as aulas mais atrativas. A plataforma youtube tem sido utilizado neste sentido, porém nem todos possuem acesso a internet em contraponto aos vídeos caseiros que podem ser transmitidos aos alunos sem necessidade de internet para visualização posterior em seu domicílio.