Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Bee populations have declined in several parts of the world, possibly due to a combination of biotic and abiotic factors, such as pesticides, pathogens and forest fragmentation. Since the larval stage, bees are exposed to combination of pesticides by food and contact that can harm their health and capacity to combating pathogens, such as the microsporidium Nosema ceranae. The present study aimed to assess whether exposure to the combination of pesticides in the early stage of bee development changes the rates of infection and effects caused by the pathogen N. ceranae. For this, Apis mellifera larvae from three healthy colonies were transferred to in vitro conditions and received an artificial diet containing 2% of pesticides from the third to the sixth day of feeding. The larval bioassay was composed of six experimental groups: I - Control, II - Solvent control, III - Clothianidin insecticide, IV - Pyraclostrobin fungicide, V - Combination: insecticide + fungicide, VI - Commercial pyraclostrobin fungicide - Comet®. The total consumption of clothianidin and pyraclostrobin was 0.17 ng / larva and 0.69 ng / larva, respectively. These individuals were kept at 34ºC and humidity controlled until the emergency. One day after the emergency, half of the individuals in each experimental group were orally inoculated with 100,000 N. ceranae spores. Six days after inoculation, the midgut of the bees was submitted to dissection, fixation and microtomy for histological, histochemical and immunofluorescence evaluation. From the histological sections, quantitative analyzes of the infection rate, morphometric of the epithelial thickness and semi-quantitative analyzes of cellular changes in the midgut were performed. Deleterious effects on post-embryonic development were not observed in the experimental groups. Larval exposure to pesticides made subsequent adults more susceptible to the actions of the pathogen Nosema ceranae, increasing epithelial lesions in the midgut. Among the experimental groups, the insecticide showed the highest cytotoxicity to the midgut and increased the rates of cellular infection to the inoculated spores. No synergism was observed in individuals exposed to a combination of pesticides, but co-exposure favored infection with the pathogen. The commercial formulation of the fungicide did not enhance the effects of the active principle on the ventricular epithelium of adult bees. Thus, this study is the first to assess larval exposure to combinations of pesticides followed by inoculation with N. ceranae and showed that larval exposure to sublethal doses of these pesticides can affect the health of subsequent adult individuals. Populações de abelhas vêm sofrendo declínio em diversas partes do mundo, possivelmente devido à uma combinação de fatores bióticos e abióticos, como agrotóxicos, patógenos e fragmentação florestal. Desde a fase larval, as abelhas são expostas a combinações de agrotóxicos pela alimentação e por contato que podem prejudicar sua saúde e a capacidade de combater de patógenos, como o microsporídio Nosema ceranae. O presente estudo teve como objetivo avaliar se a exposição à combinação de agrotóxicos na fase inicial do desenvolvimento da abelha altera as taxas de infecção e efeitos causados pelo patógeno N. ceranae. Para isso, larvas de Apis mellifera provenientes de três colônias saudáveis foram transferidas para condições in vitro e receberam dieta artificial contendo 2% de agrotóxico do terceiro ao sexto dia de alimentação. O bioensaio larval foi composto por seis grupos experimentais: I – Controle, II – Controle solvente, III – Inseticida clotianidina, IV – Fungicida piraclostrobina, V – Combinação: inseticida + fungicida, VI – Fungicida piraclostrobina comercial - Comet®. O consumo total de clotianidina e piraclostrobina foi de 0,17 ng/larva e 0,69 ng/larva, respectivamente. Esses indivíduos foram mantidos a 34ºC e umidade controlada até a emergência. Após um dia da emergência, metade dos indivíduos de cada grupo experimental foi inoculado oralmente com 100.000 esporos de N. ceranae. Seis dias após a inoculação, o intestino médio das abelhas foi submetido a dissecção, fixação e microtomia para avaliação histológica, histoquímica e de imunofluorescência. A partir dos cortes histológicos foram realizadas análises quantitativas da taxa de infecção, morfométricas da espessura do epitélio e semi-quantitativas das alterações celulares no intestino médio. Efeitos deletérios no desenvolvimento pós-embrionário não foram observados nos grupos experimentais. A exposição larval aos agrotóxicos tornou os adultos subsequentes mais susceptíveis às ações do patógeno Nosema ceranae, aumentando as lesões epiteliais no intestino médio. Dentre os grupos experimentais, o inseticida apresentou a maior citotoxicidade ao intestino médio e aumentou as taxas de infecção celular aos esporos inoculados. Não foi observado sinergismo nos indivíduos expostos a combinação de agrotóxicos, porém a co-exposição favoreceu a infecção ao patógeno. A formulação comercial do fungicida não potencializou os efeitos do princípio ativo no epitélio ventricular das abelhas adultas. Desse modo, esse estudo é o primeiro a avaliar a exposição larval a combinações de agrotóxicos seguida da inoculação com N. ceranae e mostrou que a exposição larval a doses subletais destes agrotóxicos podem afetar a saúde dos indivíduos adultos subsequentes.