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2. Internação e mortalidade por quedas em idosos no Rio Grande do Norte – Estudo de série temporal. Hospitality and mortality by fall among the elderly in Rio Grande do Norte − A time series study
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Cavalcanti, Racklayne Ramos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, Brasileiro, Lizie Emanuele Eulalio, and Garcia, Tulia Fernanda Meira
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Acidentes de quedas em idosos ,Epidemiologia da Saúde ,saúde do idoso ,acidentes por quedas ,hospitalização ,mortalidade - Abstract
Objetivo: verificar os casos de internação e de mortalidade por quedas em pessoas com 60 anos ou mais, no estado do Rio Grande do Norte (RN), no período de 2008 a 2018. Métodos: trata-se de um estudo epidemiológico de série temporal, com dados do Sistema de Internação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), acessados no período de agosto a outubro de 2019. Os registros analisados corresponderam ao código W00 a W19, referentes a quedas. Resultados: observou-se um aumento de aproximadamente 247% no número de internações por quedas em idosos no período estudado. Maiores taxas de internação (38,53%), custos (46,14%) e letalidade (5,76 a cada 100 idosos) foram na faixa etária de 80 anos ou mais. Conclusão: tais resultados confirmam a magnitude do agravo e apontam a importância de estratégias preventivas de quedas na população idosa.Palavras-chave: saúde do idoso; acidentes por quedas; hospitalização; mortalidade.AbstractObjective: check cases of hospitalization and mortality from falling in the elderly, in the Rio Grande do Norte / Brazil, from 2008 to 2018. Methods: an epidemiological time series study, with data from the Hospital Admission do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS) and the Mortality Information System (SIM-SUS), accessed from August to October 2019. The analyzed records corresponded ICD 10 and codes W00 to W19, belonging to the category “falling”. Results: there was an increase of approximately 247% in the number of hospitalizations due to falls in the elderly in the period studied. Higher hospitalization rates (38.53%), costs (46.14%) and lethality (5.76 per 100 elderly) were in the age group of 80 years or more. Conclusion: these results confirm the magnitude the problem and point to the importance of preventive strategies for the prevention of falls in the elderly population.Keywords: health of the elderly; accidental falls; hospitalization; mortality.
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- 2021
3. Desempenho físico em idosos com diferenciados perfis epidemiológicos: análise do estudo IMIAS International Mobility in Aging Study sob a perspectiva do curso da vida e de biomarcadores da inflamação e do estresse
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Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti, Pereira, Daniele Sirineu, Pereira, Leani Souza Máximo, Bruno, Selma Sousa, and Guerra, Ricardo Oliveira
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Inflamação ,Estresse ,CIENCIAS DA SAUDE [CNPQ] ,Envelhecimento ,Idoso ,Aspectos socioeconômicos ,Epidemiologia ,Cortisol - Abstract
O crescimento demográfico de idosos é um fenômeno mundial e exerce influência sobre o desenvolvimento e funcionamento das sociedades. Fatores sociais, econômicos, ambientais, biológicos e culturais influenciam o processo de envelhecimento, que pode vir acompanhado de contínua perda na capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, de maior vulnerabilidade ao estresse, limitações funcionais e diminuição da qualidade de vida do indivíduo. Todavia, ao longo do curso da vida, o indivíduo vivencia múltiplas exposições adversas à saúde, e o declínio da mobilidade surge como um dos primeiros sinais do envelhecimento, repercutindo na saúde física e mental do indivíduo. Para contribuir com o conhecimento sobre os desfechos relacionados ao envelhecimento e mobilidade, o estudo IMIAS investiga idosos em quatro países com diferentes perfis epidemiológicos. O presente estudo abordou os possíveis fatores associados ao declínio físico em idosos de distintas sociedades, sobre a perspectiva epidemiológica do curso da vida e dos biomarcadores da inflamação e do estresse. Objetivos: 1) Analisar as relações entre as adversidades sociais e econômicas, vivenciadas durante a infância, a fase adulta e a velhice, com o baixo desempenho físico em populações idosas, de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. 2) Verificar a associação entre os níveis elevados da proteína c-reativa (PCR) com o desempenho físico em idosos de diferentes populações. 3) Avaliar se a desregulação nos níveis de cortisol diurno exerce influência sobre o desempenho físico em idosos com distintos perfis epidemiológicos. Métodos: Foram utilizados dados da linha de base do IMIAS – Estudo Internacional de Mobilidade no Envelhecimento, composto por 1.995 indivíduos entre 65 e 74 anos de idade, residentes em comunidades de quatro países (Albânia, Brasil, Canadá, Colômbia). O desempenho físico foi avaliado através do Short Physical Performance Battery (SPPB) e da força de preensão manual. As adversidades durante o curso da vida foram estimadas a partir de eventos e exposições sociais, econômicas e culturais ocorridas durante a infância, fase adulta e velhice. Para avaliar o percurso biológico e suas associações com a mobilidade, a proteína c-reativa e o cortisol foram considerados como biomarcadores da inflamação e do estresse, respectivamente. No sentido de responder as questões de investigações, foram conduzidas análises de estatística descritiva, bivariada e multivariada, mediante técnicas de distribuição de frequências, teste qui-quadrado, odds ratio e regressões logística, linear e multinível. Resultados: O desempenho físico foi menor nos participantes que vivem na Colômbia, Brasil e Albânia do que nos que vivem no Canadá, mesmo quando ajustados por idade, sexo e adversidades durante o curso da vida. O baixo nível de desempenho físico (SPPB < 8) foi associado a ter sofrido adversidade social e econômica na infância, ter tido ocupação semiqualificada na fase adulta, morar sozinho e possuir renda insuficiente na velhice. A PCR esteve associada com a baixa força de preensão manual e com o SPPB 8), mesmo após modelos controlados por local de estudo, sexo, depressão, hábitos de saúde, uso de psicotrópicos e índice de massa corporal. Conclusões: Os resultados evidenciaram associação entre a inflamação, o estresse e as desigualdades sociais e econômicas na infância, sobre o desempenho físico de idosos com diferenciados perfis epidemiológicos. Enfatizamos que a promoção do envelhecimento saudável requer considerar políticas e práticas que favoreçam o bem-estar econômico e social para crianças, adultos e idosos.
- Published
- 2015
4. Perfil de casos de suicídio na região do Seridó potiguar (2000-2015)
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Lins, Janiceia Lopes Simplicio, Azevedo, Dulcian Medeiros de, Faria, Maria Luisa Vichi de Campos, Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, and Pinto, Tiago Rocha
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Psiquiatria preventiva ,CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA [CNPQ] ,Suicídio ,Serviços de saúde mental ,Epidemiologia - Abstract
O suicídio tem sido visto como um problema de saúde pública em todo o mundo, pelo crescente número de casos, principalmente entre os jovens. No Brasil, em especial no interior do Rio Grande do Norte, não tem sido diferente, com destaque para o município de Caicó. O objetivo deste trabalho foram analisar os casos de suicídio, no período de 2000 a 2015, e caracterizar a rede de atenção psicossocial, na região do Seridó /RN, subsidiando uma proposta de prevenção a novos casos de suicídio. Para tanto, foram selecionados os casos de suicídio atendidos pelo ITEP/RN-Caicó, no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2015, no qual o óbito se deu por suicídio. A análise estatística utilizou as medidas de tendência central, incluindo: média e desvio padrão, além de suas frequências absolutas individuais para cada item avaliado. O presente estudo somou 397 casos de suicídio. Caicó e Currais Novos apresentam maior frequência de casos absolutos. O sexo masculino corresponde a 82,1% dos casos. A média de idade foi calculada em 43,7 anos (desvio padrão ± 18,9). A principal etnia encontrada foi de brancos, e os solteiros somaram 48%. Os agricultores correspondem à maioria dos casos de suicídio (30,2%), seguidos por aposentados, do lar e estudantes. A rede de atenção psicossocial na Região do Seridó apresenta várias falhas, entre elas a falta de leitos psiquiátricos nos principais hospitais regionais, nas cidades de Caicó e Currais Novos, falha na comunicação formal para fluxo de pacientes e falta de matriciamento com a atenção básica. Propõem-se algumas intervenções, como criação e implementação de fluxograma de casos de alto risco de suicídio nos hospitais regionais, educação permanente continuada para toda RAPS, instrumentalização da notificação compulsória das tentativas de suicídio na RAPS, fortalecimento do apoio matricial, treinamento para identificação e rastreio de casos de riscos pela atenção básica. É sabido que o perfil epidemiológico do suicídio é intrínseco a cada região estudada, devido diversos fatores. Para a região do Seridó Potiguar, e com destaque ao município de Caicó, a desassistência, aliada à falta de preparo dos profissionais, dos serviços especializados e da atenção básica, surgem como fatores importantes a serem considerados e que podem influenciar o número destas ocorrências. São necessários mais estudos, em especial na classe de agricultores da região do Seridó e que os dados do mestrado possam subsidiar políticas públicas regionais na prevenção ao suicídio. Suicide has been seen as a public health problem worldwide, due to the growing number of cases, especially among young people. In Brazil, especially in the interior of Rio Grande do Norte, it has not been different, especially the municipality of Caicó. The objective of this work was to analyze the suicide cases, from 2000 to 2015, and to characterize the psychosocial care network in the Seridó / RN region, supporting a proposal to prevent new suicide cases. To this end, we selected the cases of suicide treated by ITEP / RN-Caicó, from January 2000 to December 2015, in which the death occurred due to suicide. Statistical analysis used measures of central tendency, including: mean and standard deviation, as well as their individual absolute frequencies for each item evaluated. The present study totaled 397 suicide cases. Caicó and Currais Novos have a higher frequency of absolute cases. Males correspond to 82.1% of cases. The average age was calculated at 43.7 years (standard deviation ± 18.9). The main ethnicity found was white, and single people totaled 48%. Farmers account for the majority of suicide cases (30.2%), followed by retirees, housewives and students. The psychosocial care network in the Seridó Region has several shortcomings, including lack of psychiatric beds in the main regional hospitals in the cities of Caicó and Currais Novos, failure in formal communication for patient flow and lack of matriculation with primary care. Some interventions are proposed, such as the creation and implementation of a high-risk suicide case flowchart in regional hospitals, continuous continuing education for the entire RAPS, instrumentalization of compulsory notification of suicide attempts at RAPS, strengthening of matrix support, identification and training. Risk case screening by primary care. It is known that the epidemiological profile of suicide is intrinsic to each region studied, due to several factors. For the region of Seridó Potiguar, and especially the municipality of Caicó, lack of care, coupled with the lack of preparation of professionals, specialized services and primary care, appear as important factors to be considered and that may influence the number of these occurrences. Further studies are needed, especially in the Seridó region's farmer class and that master's data can support regional public policies in suicide prevention.
- Published
- 2019
5. Prevalência de fragilidade em idosos e fatores associados sob a perspectiva do curso da vida: análises do International Mobility in Aging Study - IMIAS
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Gomes, Cristiano dos Santos, Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, Fittipaldi, Etiene Oliveira da Silva, Lisboa, Lilian Lira, Araújo, Maria das Graças Rodrigues de, and Guerra, Ricardo Oliveira
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Gravidez na adolescência ,Fragilidade ,Envelhecimento ,Paridade ,CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL [CNPQ] ,Abuso físico na infância ,Violência doméstica ,Epidemiologia ,Renda ,Suporte social - Abstract
Introdução: A síndrome de Fragilidade, um estado de vulnerabilidade e de respostas homeostáticas deficientes após um evento estressor que ocorre como consequência do declínio cumulativo de múltiplos sistemas fisiológicos ao longo da vida, é uma das expressões mais problemáticas do envelhecimento populacional. Essa síndrome constitui um tópico importante a partir de uma perspectiva social, pois identifica grupos de pessoas com necessidade de atenção médica adicional e em alto risco de apresentarem desfechos adversos em saúde. Nesse contexto, a epidemiologia do curso da vida estuda os efeitos na saúde em longo prazo de experiências biológicas, comportamentais e psicossociais no decorrer da vida. O estudo “International Mobility In Aging Study – IMIAS” faz uso da abordagem do curso da vida para contribuir com o conhecimento acerca dos desfechos relacionados à saúde de idosos em quatro países com distintos perfis epidemiológicos. Objetivos: Estimar a prevalência de fragilidade nos idosos participantes do estudo, examinar as associações entre fragilidade e violência doméstica, identificar possíveis mediadores dessas associações (artigo 01); Examinar as associações entre variáveis da história reprodutiva (idade em que deu a luz ao primeiro filho, paridade e histórico de histerectomia) e fragilidade na velhice (artigo02); Identificar fatores sociais e econômicos como preditores da acentuação do fenótipo de fragilidade em dois anos (artigo 03) Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo transversal aninhado a um estudo de coorte (Estudo IMIAS) do qual participaram na primeira avaliação (n= 2002) idosos de ambos os sexos com faixa etária entre 65 e 74 anos residentes na comunidade em localidades distintas (Kingston e Saint-Hyancinthe, Canadá; Tirana, Albânia; Manizales, Colômbia e Natal, Brasil). Foram coletadas informações referentes a variáveis sociodemográficas, econômicas e de saúde experienciadas ao longo do curso da vida. A síndrome de fragilidade foi operacionalizada de acordo com os critérios propostos por Linda Fried para o fenótipo físico de fragilidade. Medidas de dispersão e de tendência central foram utilizadas para caracterização da amostra, análises bivariadas, multivariadas e de mediação. Resultados: A prevalência de fragilidade variou de acordo com os locais de estudo sendo menor no Canadá (4.9% para homens e 6.6% para mulheres em Kingston e 2.1% para homens e 4.8% para mulheres em Saint Hyacinthe) e maior no Brasil (6.8% para homens e 16% para mulheres). Apenas na Colômbia a prevalência de fragilidade foi equivalente para homens e mulheres (6.4%). Após análise multivariada ajustada por covariáveis, os idosos que reportaram ter sofrido abuso físico na infância apresentaram maior prevalência de fragilidade na velhice (OR=1.68; 95% CI: 1.01; 2.78) e o mesmo foi observado entre aqueles expostos a violência psicológica perpetrada pelo parceiro íntimo (OR= 2.07; 95% CI: 1.37; 3.12). Os efeitos da violência física na infância foram totalmente mediados pela presença de condições crônicas e sintomatologia depressiva enquanto que os efeitos da violência perpetrada pelo parceiro íntimo foi parcialmente mediada por estas mesmas variáveis. Entre as mulheres, ter filho antes dos 20 anos foi associado com maior prevalência de fragilidade (OR 2.15, 95%CI: 1.24-3.72), aquelas que tiveram 1-2 filhos apresentaram menores índices de pré-fragilidade status (OR 0.54, 95%CI 0.36-0.82) e fragilidade (OR 0.43 95%CI 0.22-0.86) e ter realizado histerectomia foi considerado um fator que contribui de forma independente para uma maior prevalência de fragilidade em todos os modelos. Após ajustes (idade, sexo e local do estudo) a insuficiência de renda (RR 1.40; 95%IC 1.00-1.96) e ter apoio do parceiro (RR 0.80; 95%IC 0.64-1.01) foram considerados preditores da acentuação do fenótipo de fragilidade. Conclusões: Abuso físico na infância, experiências de violência psicológica na vida adulta deixam marcas na trajetória de vida levando a desfechos adversos a saúde na velhice. Idade do primeiro filho, paridade e histerectomia são fatores que devem ser considerados como indicadores de saúde da mulher e parecem contribuir para a maior prevalência de fragilidade em mulheres quando comparada aos homens. Idade, sexo, residir em Natal e insifuciência de renda foram considerados fatores de risco enquanto contar com o suporte social do parceiro foi considerado fator de proteção para acentuação do fenótipo de fragilidade. Portanto medidas que visem a redução das desigualdades sociais e econômicas são necessárias pois podem ter impacto sobre a saúde da população em especial dos idosos. Introduction: The Frailty Syndrome, a state of vulnerability and deficit homeostatic responses after a stressor event, occurs as a consequence of the cumulative process of several physiological systems throughout life, is one of the most problematic of population aging. This issue constitutes an important topic from a social perspective because identify groups of people in need of additional medical attention and at high risk of presenting adverse health outcomes. In the context, life-course epidemiology studies the long termeffects of biological, behavioral, and psychosocial experiences throughout life. The International Mobility in Aging Study - IMIAS drowns on the lifelong approach to contribute to knowledge about the health-related outcomes of the elderly in four countries with different epidemiological profiles. Objectives: To estimate the prevalence of frailty in the elderly participants of the study, to examine the associations between frailty and domestic violence and to identify possible mediators of these associations (paper 01); To examine the associations between variables of reproductive history (age at first birth, parity and history of hysterectomy) and frailty in old age (paper 02); To identify social and economic factors as predictors of the accentuation of the frailty phenotype in two years (paper 03). Methods: This is a cross-sectional study nested in a cohort study (IMIAS Study), in which the first evaluation (n = 2002) included elderly people of both sexes aged between 65 and 74 years living in the community in different locations (Kingston and Saint-Hyancinthe, Canada, Tirana, Albania, Manizales, Colombia and Natal, Brazil). Information was collected on sociodemographic, economic and health variables experienced during the course of life. The Frailty Syndrome was operationalized according to the criteria proposed by Linda Fried for the physical phenotype of frailty. Dispersion and central tendency measures were used for characterization of the sample, bivariate, multivariate and mediation analyzes were also used to reach the obectives proposed. Results: The prevalence of frailty varied according to study sites being lower in Canada (4.9% for men and 6.6% for women in Kingston and 2.1% for men and 4.8% for women in Saint Hyacinthe) and higher in Brazil (6.8% for men and 16% for women). In Colombia only, the prevalence of frailty was equivalent for men and women (6.4%). After multivariate analysis adjusted for covariables, the elderly who reported having suffered physical abuse in childhood had a higher prevalence of frailty in old age (OR = 1.68, 95% CI: 1.01, 2.78) and the same was observed among those exposed to psychological violence perpetrated by intima partner (OR = 2.07, 95% CI: 1.37, 3.12). The effects of physical violence in childhood were totally mediated by the presence of chronic conditions and depressive symptomatology, while the effects of intimate partner violence were partially mediated by these same variables. Among women, having a child before age 20 was associated with a higher prevalence of frailty (OR 2.15, 95% CI: 1.24-3.72), those with 1-2 children had lower pre-frailty status (OR 0.54, 95 (CI 0.36-0.82) and frailty (OR 0.43 95% CI 0.22-0.86) and having performed a hysterectomy was considered a factor contributing independently to a higher prevalence of frailty in all models. After adjustments (age, sex and place of study), income insufficiency (RR 1.40, 95% CI 1.00-1.96) and partner support (RR 0.80; 95% CI 0.64- 1.01) were considered predictors of the accentuation of the phenotype of frailty. Conclusions: Childhood physical abuse and experiences of psychological violence in adulthood leave marks on the path of life leading to adverse health outcomes in old age such as frailty. Age of first child, parity and hysterectomy are factors that should be considered as indicators of women's health and seem to contribute to the greater prevalence of frailty in women when compared to men. Age, sex, residency in Natal and income were considered as risk factors while counting on the social support of the partner was considered a protection factor for accentuation of the frailty phenotype. Therefore, measures aimed at reducing social and economic inequalities are necessary since they may have an impact on the health of the population, especially the elderly.
- Published
- 2018
6. Desempenho físico, composição corporal e incapacidade funcional em idosos de diferentes contextos epidemiológicos: resultados do estudo International Mobility in Aging Study (IMIAS)
- Author
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Barbosa, Juliana Fernandes de Souza, Monte, Aline do Nascimento Falcão Freire, Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti, Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, Pereira, Daniele Sirineu, and Guerra, Ricardo Oliveira
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Sarcopenia ,Força muscular ,Envelhecimento ,CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL [CNPQ] ,Obesidade abdominal ,Epidemiologia - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Introdução: O envelhecimento é caracterizado por um acúmulo gradual de danos moleculares e celulares que resultam em comprometimento progressivo e generalizado em muitas funções corporais. Dentre as mudanças mais clinicamente significativas destacam-se o declínio na força e massa muscular (definido como sarcopenia) e o aumento da adiposidade corporal, que são relacionadas ao maior risco de incapacidades e deficiências, acarretando a perda da independência funcional do indivíduo. O estudo IMIAS, busca analisar as diferenças na mobilidade e fatores associados em idosos de diferentes contextos sociais, econômicos e culturais. Por conseguinte, fornece uma grande oportunidade de examinar os aspectos relacionados ao envelhecimento do sistema músculo esquelético, além de fatores relacionados a incapacidade funcional em populações de idosos tão distintas entre si. Objetivos: a) Estimar a capacidade de pontos de corte de força de preensão palmar para identificar a lentidão na velocidade da marcha em diferentes populações de idosos; b) Explorar quais das medidas de desempenho físico propostas para identificação de Sarcopenia prediz melhor a massa muscular em idosos comunitários após 4 anos de seguimento; c) Explorar a relação longitudinal entre obesidade abdominal com a incapacidade na mobilidade e nas atividades de vidas diárias (AVDS) relacionadas à mobilidade, controlando por desempenho físico e depressão, em idosos inicialmente livres de incapacidade. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo analítico, observacional de caráter longitudinal, no qual 2002 idosos foram acompanhados durante 4 anos. Os dados da linha de base foram coletados no ano de 2012. As reavaliações ocorreram com o intervalo de 2 anos entre si, nos anos de 2014 e 2016. As medidas de desempenho físico utilizadas foram a força de preensão palmar e velocidade da marcha. A massa muscular foi mensurada por meio da análise de bioimpedância elétrica. As medidas de incapacidade funcional foram realizadas a partir de auto relato das dificuldades quanto à mobilidade e atividades de vida diária relacionadas à mobilidade, a medida de obesidade foi definida pela circunferência de cintura. Análises de árvores decisão pelo método Classification and Regression Tree (CART), foram utilizadas para identificar pontos de corte para a força de preensão associada à lentidão na amostra do IMIAS e regressões logísticas multivariadas foram realizadas para verificar a capacidade dos pontos de corte estabelecidos pelo FNIH em identificar a lentidão de velocidade da marcha. Regressão linear múltipla foi utilizada para verificar quais medidas de desempenho físico na linha de base predisseram melhor o índice de massa muscular após 4 anos. Equações de estimativa generalizada foram utilizadas para modelar as associações longitudinais entre incapacidade de mobilidade e nas AVDs com obesidade abdominal, ajustada por sintomas depressivos e medidas de desempenho físico e outras covariáveis, por fim, regressão logística multinominal foi realizada para avaliar o valor preditivo da obesidade na linha de base para o status de incapacidade em 2016. Resultados: Os pontos de corte de força de preensão palmar < 26kg (para homens) e < 16 kg (para mulheres) foram capazes de identificar lentidão na velocidade da marcha na amostra de idosos participantes do IMIAS. Além disso, a força de preensão palmar medida na linha de base foi significantemente relacionada a massa muscular mensurada 4 anos depois (β.=0,003; p-valor < 0,05). E por fim, a presença de obesidade abdominal foi um fator de risco para a incapacidade na mobilidade (OR=1.47, 95% CI 1.01-2.15) no decorrer de 4 anos de seguimento, mas não foi associada ao risco de desenvolver incapacidade nas AVDS (OR: 1.40, 95% CI 0.90-2.18). Conclusões: Os pontos de corte propostos para força de preensão podem ser considerados uma ferramenta útil para rastrear idosos com risco de alterações funcionais. Ainda, a força de preensão palmar foi capaz de predizer a massa apendicular muscular após 4 anos de seguimento. Finalmente, a presença de obesidade abdominal é associada longitudinalmente e prediz o risco de incapacidade na mobilidade, mesmo em um curto período de tempo (4 anos) em idosos comunitários. Introduction: Aging is characterized by a gradual and long-term accumulation of molecular and cellular damage that results in progressive and widespread impairment in many body functions. Among the most clinically significant changes are the muscular strength and mass (defined as sarcopenia) and increase in body adiposity that are related to the greater risk of disabilities, leading to the loss of the i functional independence. The IMIAS study aimed to analyze the difference in mobility and associated factors in older adults from different social, economic and cultural contexts. Therefore, it offers a great opportunity to examine aspects related to the aging of the musculoskeletal system, as well as factors related to functional disability in older populations that differ widely. Objectives: a) To estimate the ability of handgrip strength cut points to identify slowness in different populations of older adults; b) To identify which physical performance measures proposed for Sarcopenia screening could predict most the muscle mass in community dwelling older adults after 4 years of follow up; c) to explore the longitudinal relationship between abdominal obesity with mobility and mobility-related ADL disability controlling for physical performance and depression in older adults free from disability. Methods: This is an analytical, observational longitudinal study, where 2002 older adults were followed for 4 years of follow-up. Baseline data were collected in the year 2012. New evaluations occurred with the interval of 2 years between them, in the years 2014 and 2016. The measures of physical performance were handgrip strength and gait speed. The muscle mass was measured by of the bio impedance analysis. Functional disability measures were self-reported difficulties in tasks related to mobility and daily living activities related to mobility; the measure of obesity was defined by waist circumference. Classification Regression Trees (CART) was used to identify IMIAS cut points for grip strength associated with slowness, also multivariate logistic regressions were performed to verify the ability of cut offs stableshid by FNIH to identify slowness. Multiple linear regression was used to verify what physical performance measures at baseline predict better the SMI 4 years. We used Generalized Estimating Equations (GEE) to model the longitudinal associations between mobility disability and ADL disability with abdominal obesity, adjusting for depressive symptoms and physical performance measures and remaining covariates, finally, a multinomial regression was performed to assess the predictive value of baseline abdominal obesity, depressive symptomatology, handgrip strength, gait speed, for 2016 mobility disability. Results: The handgrip strength cut-off points of
- Published
- 2018
7. Impact of hospitalization in functional and mobility capacity of older adults
- Author
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Menezes, Karla Vanessa Rodrigues Soares, Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, Andrade, Armele de Fátima Dornelas de, Araújo Filho, Irami, Moreira, Mayle Andrade, and Guerra, Ricardo Oliveira
- Subjects
Hospitalization ,CIENCIAS DA SAUDE [CNPQ] ,Functioning ,Mobility limitation ,Reproducibility of tests ,Validity of testes ,Aged - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) Introduction: As people get older, it remains a challenge maintaining functional capacity. Functioning consists of the ability to perform self-care activities (i.e. activities of daily living - ADLs) classified inside the level of “activity and participation” of the International Classification of Functioning, Disability and Health (ICF). Previous studies have identified different risk factors for worsening functional capacity during hospitalization, including older age, sociodemographic characteristics, pre-existing impairment, cognitive loss, delirium, and comorbidity. In-hospital mobility has received particular attention due to its important association to loss of functional capacity. Few studies about hospitalization effects on older adults have been done in Brazil. Identifying older adults at risk for loss in functional capacity during hospitalization will help researchers and clinicians in order to make informed decisions. Objectives: This study contemplates three objectives: first, to provide an updated review to identify and appraise relevant instruments for measuring older adults’ mobility based on the ICF conceptual framework in the context of an acute care or intensive geriatric rehabilitation unit, and to appraise and compare their measurement properties; second, to evaluate if in-hospital mobility assessed at admission is predictive of loss in functional capacity during hospitalization of older adults and to verify if other variables combined with in-hospital mobility can better predict loss in functional capacity; third, to assess functional changes of hospitalized older adults from pre-admission (baseline) until discharge and identify predictors of loss in functional capacity. Methods: This cohort prospective study was conducted at the Onofre Lopes University Hospital (HUOL), Natal/RN, Brazil, between January 1, 2014 and April 30, 2015. The study enrolled all consecutive patients aged 60 years and older who were acutely admitted and met the following inclusion criteria: 1) ability to provide informed consent; 2) admitted directly from the community; 3) screening for study eligibility performed in the first 24 hours of admission. Independent variables included personal characteristics, domestic living activities (i.e. instrumental activities of daily living – IADL) evaluated by Lawton and Brody’s scale, cognition evaluated by Leganés cognitive test, depression assessed by Geriatric Depression Scale (GDS-15), and in-hospital mobility evaluated by the Short Physical Performance Battery (SPPB). The dependent variable of functional capacity was assessed by the Katz scale. These instruments were applied at two different times: at admission (first 24 hours) and at discharge (12-24 hours before). Analysis included descriptive statistics, bivariate and multivariate analysis by means of frequencies, means ± standard error, receiver-operating characteristic (ROC), logistic binary regression and Generalized Estimating Equation (GEE). Data were entered into the Statistical Package for Social Sciences (SPSS) version 18.0 for Windows. Results: From the 1256 included at discharge, 65 (5.1%) died during hospitalization, thus the final sample consisted of 1191 older adults. The mean age was 70.02 (±7.34) and mean length of hospital stay was 7.65 days (±9.94). Our sample had a high prevalence of surgery (70.1%). Regarding the best instruments to assess mobility, the De Morton Mobility Index (DEMMI) and SPPB presented the best balance between mobility coverage, measurement properties and applicability to acute care and intensive geriatric rehabilitation units. A SPPB cutoff point of 6.5 (62% sensitivity, 54% specificity) identified 593 (49.8%) patients at risk for loss in functional capacity. In logistic regression, SPPB alone presented a statistically significant prediction loss of functional capacity between admission and discharge. Finally, regarding changes in functional capacity, 52.5% of the older adults were discharged with worse functional capacity than baseline. Being dependent for domestic life activities, presence of depression symptons, low levels of cognition and in-hospital mobility were risk factors for greater loss in functional capacity after a hospitalization event. Conclusion: We conclude that DEMMI and SPPB were the best instruments to assess mobility in hospitalized older adults. Regarding functional capacity, half the sample presented loss in functioning between baseline and discharge, while in-hospital mobility evaluated by SPPB can predict loss of function in hospitalized older adults. In addition to in-hospital mobility, dependence for domestic living activities, low levels of cognition and depression improve the detection of cases for being at risk of loss in functional capacity. Introdução A medida que as pessoas envelhecem manter sua funcionalidade permanece um desafio. A funcionalidade consiste da habilidade do indivíduo de realizar atividades de auto-cuidado (e.g. atividades de vida diária – AVD´s) classificados dentro do nível de atividade e participação da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Estudos anteriores identificaram fatores de risco para a diminuição da capacidade funcional durante a hospitalização que incluíam idade avançada, características socioeconômicas, incapacidade preexistente, perda cognitiva, delírio, co-morbidade. Mobilidade dentro do hospital tem recebido atenção especial devido a sua importante relação com a perda da capacidade funcional. Poucos estudos foram realizados tendo como foco a avaliação dos efeitos da hospitalização em idosos brasileiros. Identificar idosos em risco para a perda funcional durante a hospitalização poderá auxiliar pesquisadores e clínicos a tomar decisões baseadas em evidência. Objetivos Esse estudo contempla três objetivos. Primeiro: promover uma atualização a cerca dos instrumentos relevantes utilizados para avaliar a mobilidade de idosos baseado no conceito da CIF no contexto de hospitalização ou unidades de reabilitação geriátrica intensiva. Segundo: avaliar se a mobilidade avaliada dentro do hospital na admissão é preditiva de perda funcional durante a hospitalização em idosos e identificar fatores preditores de perda funcional. Terceiro: avaliar mudanças funcionais desde antes da internação (medida de base) até a alta hospitalar e identificar preditores de perda funcional. Métodos Esse estudo do tipo coorte prospectivo foi realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), localizado em Natal/RN, Brasil entre primeiro de Janeiro de 2014 a 30 de Abril de 2015. Participaram do estudo pacientes com 60 anos ou mais de idade admitidos no hospital e que preencheram os critérios de inclusão: 1) fornecer o termo de consentimento assinado; 2) advindo da comunidade; 3) ser abordado para participar do estudo dentro das primeiras 24 horas de internação. As variáveis independentes incluem características pessoais, atividades de vida doméstica (e.g. atividades instrumentais de vida diária – AIVDs) avaliada pela escala de Lawton e Brody´s, a cognição foi avaliada pelo teste cognitivo de Leganés, a depressão foi investigada através da escala de depressão geriátrica (GDS-15), a mobilidade dentro do hospital foi avaliada pela Short Physical Performance Battery (SPPB). A variável dependente capacidade funcional foi avaliada pela escala de Katz. Esses instrumentos foram avaliados em dois momentos distintos: na admissão (primeiras 24 horas) e na alta hospitalar (12-24 horas antes). A análise estatística inclui análise descritiva, bivariada e multivariada, através de frequências, médias ± erro padrão, receiver-operating characteristic (ROC), regressão logística binária e Equação de Estimativa Generalizada (EEG). Os dados foram inseridos através do SPSS versão 18.0 para Windows. Resultados Na alta hospitalar dos 1256 idosos incluídos na pesquisa 65 (5,1%) foram a óbito durante a hospitalização o que culminou em uma amostra final de 1191 idosos. A idade média foi de 70,02 (±7,34), 684 (57,4%) dos participantes são homens e 790 eram casados (66,3%). A média de dias de internação foi de 7,65 dias (±9,94). Nossa amostra apresentou uma frequência alta para abordagem cirúrgica (>70%). Em relação aos melhores instrumentos para avaliar mobilidade o De Morton Mobility Index (DEMMI) e o SPPB apresentaram o melhor equilíbrio entre a cobertura do conceito de mobilidade, propriedades psicométricas e aplicabilidade em ambiente hospitalar e unidades de reabilitação geriátrica. O ponto de corte do SPPB de 6.5 (62% sensibilidade, 54% especificidade) identificou 593 (49.8%) pacientes em risco para perda da capacidade funcional. Na regressão logística o SPPB sozinho apresentou predição estatisticamente significante para perda funcional entre admissão e alta hospitalar. Finalmente em relação às mudanças funcionais 52,5% dos idosos receberam alta hospitalar com uma capacidade funcional pior do que antes da internação. Ser dependente para as atividades instrumentais de vida diária, presença de sintomas depressivos, baixos níveis de cognição e mobilidade dentro do hospital foram fatores de risco para perda funcional após um evento de hospitalização. Conclusão Concluímos que DEMMI e SPPB foram os melhores instrumentos para avaliar mobilidade em idosos hospitalizados. Com relação a capacidade funcional metade da amostra apresentou perda da funcionalidade entre linha de base e alta hospitalar e a mobilidade dentro do hospital avaliada pelo SPPB pode predizer perda da capacidade funcional em idosos hospitalizados. Somando à mobilidade dentro do hospital, dependência para atividades domésticas, baixos níveis de cognição e depressão melhora a detecção de casos de idosos em risco para perda da capacidade funcional
- Published
- 2017
8. Comprimento do telômero e curso de vida: relações com condições de saúde, marcadores inflamatórios e desempenho físico em idosas da comunidade
- Author
-
Oliveira, Bruna Silva, Sousa, Ana Carolina Patricio de Albuquerque, Pereira, Daniele Sirineu, Barbé-tuana, Florência María, Sousa, Maria Bernardete Cordeiro de, and Guerra, Ricardo Oliveira
- Subjects
Telômero ,Mulheres ,Inflamação ,Educação ,Adversidades ,Desempenho físico ,Idoso ,CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL [CNPQ] ,Epidemiologia - Abstract
Introdução: o comprimento do telômero (TL) tem sido apontado como um possível biomarcardor do envelhecimento celular, pois ocorre encurtamento fisiológico e progressivo do seu tamanho com o decorrer das replicações celulares. Adicionalmente a esse encurtamento fisiológico, a disfunção do TL também é favorecida pela exposição ao estresse oxidativo, a inflamação e após o estresse psicossocial crônico. Existe ainda uma lacuna de conhecimento sobre as alterações do TL durante o curso de vida em populações de mulheres idosas brasileiras, havendo a necessidade de estudos que possibilitem melhor entendimento da influência de contrastes sociais, condições socioeconômicas desfavoráveis, bem como exposição ao estresse social crônico no TL. Objetivos: 1) desenvolver uma revisão sistemática para explorar as evidências sobre associações entre estresse crônico durante o curso de vida e TL; 2) investigar possíveis associações entre TL e adversidades na infância (social e econômica) em mulheres idosas com diferentes níveis de escolaridade; 3) avaliar se o TL está relacionado com doenças crônicas e biomarcadores inflamatórios em mulheres idosas; e 4) verificar se telômeros mais curtos estão associados com pior desempenho físico e maior autorrelato de limitações funcionais em idosas. Materiais e métodos: foi desenvolvida uma revisão sistemática seguindo protocolo publicado em 2014. Concomitantemente, realizou-se um estudo observacional analítico de caráter transversal com uma amostra de mulheres (n=106) com diferentes níveis de escolaridade (ensino médio incompleto e ensino médio completo) na faixa etária de 64-74 anos e residentes no município de Natal (Rio Grande do Norte). Os dados foram coletados no período de maio de 2014 a março de 2015. A quantificação relativa do tamanho dos telômeros (T/S) de leucócitos foi realizada por meio da qPCR em tempo real em 83 mulheres. O questionário padronizado incluiu informações sociodemográficas, adversidades na infância, medidas antropométricas, autorrelato de saúde, função cognitiva, hábitos de vida, condições crônicas de saúde, capacidade funcional e desempenho físico (short physical performance battery, velocidade da marcha e força de preensão manual). Foram analisados também biomarcadores inflamatórios (interleucina-6 e proteína c reativa). Para análise estatística, foram considerados p0,05). Condições crônicas de saúde, medidas antropométricas, fatores de risco cardiovasculares e marcadores inflamatórios não foram associados com o TL, mesmo após o ajuste para idade, escolaridade e adversidades na infância (p>0,05). Igualmente, o TL não foi relacionado com nenhuma das variáveis utilizadas para avaliar o desempenho físico e a capacidade funcional (p>0,05). Conclusões: a relação positiva inesperada entre menor escolaridade e adversidades na infância com TL sugere que os participantes sobreviveram a duras condições de vida e que, provavelmente, essas mulheres têm o TL mais longo em relação ao daquelas de sua coorte de nascimento. A ausência de relação entre TL e doenças crônicas, risco cardiovascular, inflamação e desempenho físico, não deu suporte à hipótese de que o TL é um biomarcador do envelhecimento na população em estudo, porém corrobora outros estudos que revelaram que o TL pode ser considerado um marcador de longevidade, independentemente de condições de saúde e desempenho físico. Introduction: Telomere length (TL) has been pointed out as a possible biomarker of cellular aging, as its physiological size progressively shortens with the course of cellular replications. In addition to this physiological shortening, TL dysfunction is also stimulated by exposure to oxidative stress, inflammation and after chronic psychosocial stress. There is also a lack of knowledge about TL changes during the course of life in populations of older Brazilian women, and there is a need for studies which foster a better understanding of the influence of social contrasts, unfavorable socioeconomic conditions, as well as exposure to chronic social stress in TL. Objectives: 1) To develop a systematic review to explore the evidence on associations between chronic stress over the life course and TL; 2) To investigate possible associations between TL and childhood adversities (social and economic) in older women with different levels of education; 3) To evaluate whether TL is related to chronic diseases and inflammatory biomarkers in older women; and 4) To verify whether shorter telomeres are associated with poorer physical performance and higher self-reported functional limitations in older adults. Materials and methods: A systematic review was developed following a protocol published in 2014. An observational cross-sectional analytical study was concomitantly carried out with a sample of women (n = 106) with different levels of education (incomplete secondary education and complete secondary education) in the age group of 64-74 years residing in the municipality of Natal (Rio Grande do Norte). Data were collected from May 2014 to March 2015. The relative quantification of leukocyte telomere size (T/S) was performed by real-time qPCR in 83 women. The standardized questionnaire included sociodemographic information, childhood adversities, anthropometric measures, self-reported health, cognitive function, life habits, chronic health conditions, functional capacity and physical performance (short physical performance battery, gait speed and manual grip strength). Inflammatory biomarkers (interleukin-6 and c-reactive protein) were also analyzed. For statistical analysis, p0.05). Chronic health conditions, anthropometric measures, cardiovascular risk factors and inflammatory markers were not associated with TL, even after adjusting for age, schooling and childhood adversities (p>0.05). Similarly, TL was not related to any of the variables used to assess physical performance or functional capacity (p>0.05). Conclusions: The unexpected positive relationship between TL and lower education level and childhood adversities suggests that participants survived harsh living conditions and that these women probably have longer TL in relation to others among their birth cohort. The lack of relationship between TL and chronic diseases, cardiovascular risk, inflammation and physical performance did not support the hypothesis that TL is an aging biomarker in the population under study, but corroborates other studies that have shown TL to be considered as a marker of longevity, regardless of health conditions and physical performance.
- Published
- 2016
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