1. EP-463 - HANSENÍASE: CONTRIBUIÇÃO DO DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLÓGICO REALIZADO PELO NÚCLEO DE ANATOMIA PATOLÓGICA DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ PARA A VIGILÂNCIA LABORATORIAL DA DOENÇA NA CIDADE DE SÃO PAULO
- Author
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Cinthya Cirqueira Borges, Thais de Souza Lima, Silvana M. Pereira da Silva, Maria Aparecida de Souza, Cesar Cilento Ponce, Amaro N. Duarte Neto, Cristina Takami Kanamura, Tomas Zecchini Barrese, and Silvia D. Andretta Iglezias
- Subjects
Infectious and parasitic diseases ,RC109-216 ,Microbiology ,QR1-502 - Abstract
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae cujo atendimento na cidade de São Paulo é disponibilizado nas Unidades Básicas de Saúde. Os casos suspeitos são encaminhados às unidades de referência para a confirmação diagnóstica e a centros de referência em anatomia patológica para a investigação do agravo como o Núcleo de Anatomia Patológica do Centro de Patologia do Instituto Adolfo Lutz (NAP/CPA/IAL). A histopatologia, quando disponível, é o padrão-ouro para o diagnóstico, pois permite detectar a presença de inflamação neural associada ao bacilo, diferenciando a hanseníase de outras doenças semelhantes, além de contribuir para a definição da forma da doença. Objetivo: Apresentar a contribuição da avaliação histopatológica em biópsias cutâneas provenientes de pacientes encaminhados às unidades de serviço da cidade de São Paulo que foram recebidas pelo NAP/CPA/IAL. Método: Estudo retrospectivo e descritivo obtido dos relatórios anatomopatológicos liberados no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (Ministério da Saúde) referente ao total de casos da capital paulista avaliados pelo NAP/CPA/IAL no ano de 2023. Resultados: No ano de 2023, 29 unidades de saúde enviaram 533 amostras ao laboratório de histopatologia do NAP, correspondendo a cerca de 36% (533/1490) da rotina laboratorial no período. Dentre os serviços, 3 (AME Vila Zatt, HDRHC São Miguel e HDRHC Capela do Socorro) totalizaram quase 45% (237/533) da demanda proveniente da capital. O diagnóstico de hanseníase esteve presente em 17,6% (94/533) das amostras. Também foi observada a presença de lesões inflamatórias não malignas (79,9% = 426/533), infecções fúngicas (1,9% = 10/533) e neoplasias malignas (0,6% = 03/533) na população em estudo. Conclusão: O número de amostras enviadas para avaliação pelas unidades de referência da capital paulista constituiu, aproximadamente, mais de 1/3 da demanda do período. Além disso, quase metade das amostras avaliadas foram provenientes de apenas 3 serviços locais. O exame histopatológico realizado pelo NAP/CPA/IAL forneceu apoio aos centros municipais de referência de hanseníase, através da confirmação laboratorial do diagnóstico clínico, e, quando possível, também esclareceu a suspeita para outros agravos.
- Published
- 2024
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