Submitted by Boris INFORMAT (boris@uerj.br) on 2021-04-26T01:11:36Z No. of bitstreams: 1 TESE_FINAL_PUBLICADA_Saulo_Israel_Barros_Lamounier.pdf: 9737239 bytes, checksum: 7f344b25cb8cd7f8e5b411991789c47e (MD5) Made available in DSpace on 2021-04-26T01:11:36Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE_FINAL_PUBLICADA_Saulo_Israel_Barros_Lamounier.pdf: 9737239 bytes, checksum: 7f344b25cb8cd7f8e5b411991789c47e (MD5) Previous issue date: 2015-07-30 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Stony corals are forming reefs. By secreting calcium carbonate from the bottom of their polyps, these zooxanthellae corals form an exoskeleton, usually composed of aragonite crystals. The coral growth patterns vary from seasonal to centennial scale and can be characterized by measuring the growth rate, the variability of the stable isotopes of oxygen and carbon, and the elemental ratios Sr/Ca, Mg/Ca, U/Ca, Cd/Ca, Ra/Ca (among others) in its skeleton. In a global context, reefs play a key role as atmospheric carbon sinks. Faced with the evidence of a warmer ocean in the modern era, the sea surface temperature (SST) has been considered an important control factor in calcification and coral growth. Generally, calcification tends to increase with increasing SST within a narrow acceptable range for the full functioning of coral metabolism. In this work, a reanalysis of the growth rates of sampled corals cores on the brazilian coast has developed (Salvador-Ba - Bahia de Todos os Santos, Abrolhos Marine National Park-Ba and Armação dos Búzios-RJ) employing a combination of growth bands (high and low density) aided by the luminescence method, and radioisotope dating of U and Th. The differences in time lines for the two methods varied from 1 year to the case Abrolhos to 7.4 years to Búzios (in specific sections of the core). Calcification variations were analyzed in the coral skeleton and interpreted by using ratios Sr/Ca and U/Ca (both proxies of TSM), climate series of AMO and PDO, and pelagic oceanic pH. We have identified a decrease in calcification rate exoskeleton time studied in Salvador sample of 0.4 g/cm2 and an increase in Abrolhos 0.4 g/cm2 and Búzios 0.3 g/cm2 except in the 1950s to the late 1980s and 1910 to the late 1930s, respectively. A X-ray microtomography was used for the determination of coralline micro-structures, wich are the most relevant parameters to the microporosity and anisotropy. To Abrolhos and Búzios, it was identified an increase in total porosity of the exoskeleton, especially at the beginning of 1940 until the end of the 1980s and between 1890-1930 respectively. It was noted a strong association between reduced calcification pattern with increasing porosity. The cores of Siderastrea stellata species collected in Abrolhos and Búzios showed high association of the reasons Sr/Ca and U/Ca with calcification rate, featuring a similar response to other authors to the Great Barrier in Australia (DE'ATH et al., 2009) and the central region of the Red Sea (CANTIN et al., 2010). Regarding the reasons Ba/Ca, Salvador and Abrolhos showed the variables that contributed to this increase as oil production and population growth forcings (economy) and SST (ocean). At Buzios, SST (ocean), oil production, population growth and NDVI forcings (economy). After the 1990s, the impact of economic factors, in addition to oceanic variables respond more significantly the increase on the ratio Ba/Ca in all places almost simultaneously on the Brazilian coast. Corais pétreos são formadores de recifes. Por secretarem carbonato de cálcio pela base de seus pólipos, esses corais zooxantelados formam um exoesqueleto, composto geralmente por cristais de aragonita. Os padrões de crescimento coralinos variam desde a escala sazonal a centenária e podem ser caracterizados pela medida da taxa de crescimento, a variabilidade dos isótopos estáveis de oxigênio e carbono e pelas razões elementares Sr/Ca, Mg/Ca, U/Ca, Cd/Ca, Ra/Ca (entre outras) em seu esqueleto. Em um contexto global, os recifes cumprem importante papel como sumidouros de carbono atmosférico. Diante das evidências de um oceano mais quente na era moderna, a temperatura da superfície do mar (TSM) tem sido considerada um importante fator de controle da calcificação e crescimento coralino. Geralmente, a calcificação tende a aumentar com a elevação da TSM dentro de uma estreita faixa aceitável para o funcionamento pleno do metabolismo coralino. Neste trabalho, desenvolveu-se uma re-análise das taxas de crescimento de testemunhos de corais amostrados na costa brasileira (Salvador-Ba - Baía de Todos os Santos, Parque Nacional Marinho dos Abrolhos-Ba e Armação dos Búzios-RJ) empregando-se uma combinação de bandas de crescimento (alta e baixa densidades) auxiliado pelo método de luminescência e datação por radioisótopos de U e Th. As diferenças nas cronologias para os dois métodos variou de 1 ano para o caso de Abrolhos até 7,4 anos para Búzios (em seções específicas do testemunho). Foram analisadas variações de calcificação no esqueleto coralino e interpretadas à luz das razões Sr/Ca e U/Ca (ambos próxies da TSM), séries climáticas de AMO e PDO, e pH pelágico oceânico. Identificamos uma diminuição na taxa de calcificação do exoesqueleto no tempo estudado na amostra de Salvador de 0,4 g/cm2, e um aumento em Abrolhos de 0,4 g/cm2 e Búzios 0,3 g/cm2, exceto nos anos de 1950 ao final de 1980 e de 1910 ao final de 1930, respectivamente. Uma microtomografia de raio-X foi empregada para determinar micro-estruturas coralinas, sendo os parâmetros mais relevantes a microporosidade e a anisotropia. Para Abrolhos e Búzios, foi identificado um aumento na porosidade total do exoesqueleto, principalmente no começo de 1940 até o fim da década de 1980 e entre 1890 a 1930 respectivamente. Notou-se forte associação entre a redução do padrão de calcificação com o aumento da porosidade. Os testemunhos da espécie Siderastrea stellata coletados em Abrolhos e Búzios mostraram alta associação das razoes Sr/Ca e U/Ca com a taxa de calcificação, caracterizando uma resposta similar a de outros autores para a Grande Barreira na Austrália (DE'ATH et al., 2009) e para a região central do Mar Vermelho (CANTIN et al., 2010). Em relação as razões Ba/Ca, Salvador e Abrolhos evidenciaram variáveis que contribuíram para este aumento como a forçante de produção de petróleo e aumento populacional (economia), e TSM (oceano). Para Búzios, a TSM (oceano), produção de petróleo, aumento populacional e NDVI (economia). Após os anos de 1990, o impacto dos fatores econômicos, além das variáveis oceânicas respondem mais significativamente o aumento da razão Ba/Ca em todos os sítios quase que concomitantemente na costa brasileira.