Navarro, David, Ferreira, Ana Carina, Caeiro, Fernando, Cotovio, Patricia, Aires, Ines, Silva, Cecilia, Remedio, Francisco, Ferreira, Anibal, Viana, Helena, Carvalho, Fernanda, and Nolasco, Fernando
Subclinical rejection following renal transplant is associated with worse outcomes, which can be prevented if recognized early. Protocol allograft biopsies have emerged as an option to identify and allow treatment of subclinical rejection, but optimal timing for their performance is not established. We retrospectively evaluated a cohort of 52 low immunological risk patients, who were submitted, from 2007 to 2010, to de novo renal transplant. We separated them into two groups depending on performing an early graft protocol biopsy before hospital discharge: Group A - 32 patients (61.5%) performed a protocol biopsy, and group B - 20 patients (38.5%) did not, the biopsy being considered not essential for various reasons. We analysed patients’ demographics, biopsy complications, graft function, rejection episodes, and patient and graft survival for a median follow-up time of 63.3 months (50.3-83.7). Group A and group B differed in gender (more female patients were biopsied), dialysis vintage (higher in group A), human leucocyte antigen mismatch (higher in group A), and induction protocol (more patients submitted to thymoglobulin than to basiliximab in group A). Protocol biopsy detected histological changes in four patients (12.5%) in group A (2 cellular and 2 borderline rejections), and all were treated accordingly. Moderate peri-graft hematoma was reported in two cases (3.9%). Despite the increased risk in group A, renal function at discharge was better than in group B (p < 0.05 for serum creatinine and eGFR). During follow-up, rejection episodes were similar in the two groups. By the end of follow-up (median 63.3 months), proteinuria and renal function were similar between the two groups. Using a multivariate regression model, and despite the initial differences, at the end of follow-up, patients submitted to early protocol biopsies had similar excellent prognosis as the very low-risk patients who were not biopsied. (p = 0.5). Following our results, we propose that timing of early protocol biopsy should be individualized according to the patient’s clinical and immunological risk A rejeição subclínica após transplante renal está associada a pior desfecho, que é prevenível se reconhecida precocemente. As biópsias protocoladas surgiram como uma opção para identificar e tratar a rejeição subclínica, embora o timingideal para realização da mesma não esteja estabelecido. Avaliámos retrospectivamente uma coorte de 52 doentes transplantados renais de novo de 2007 a 2010, com baixo risco clínico e imunológico. Obtivemos 2 grupos baseados na realização ou não de biópsia precoce protocolada do enxerto: Grupo A - 32 doentes (61,5%) foram submetidos a biópsia protocolada previamente à alta hospitalar, e Grupo B - 20 doentes (38,5%) em que a biópsia protocolada foi dispensada, por motivos diversos. Analisámos dados demográficos, complicações da biópsia, função do enxerto, episódios de rejeição e sobrevida do enxerto e dos doentes durante um período de seguimento de 63,3 meses (50,3-83,7). Os doentes do grupo A e do grupo B eram diferentes no que diz respeito ao género (mais mulheres no grupo A), tempo prévio em diálise (maior no grupo A), human leucocyte antigen mismatch (maior no grupo A) e protocolo de indução (mais doentes submetidos a timoglobulina do que basiliximab no grupo A). As biópsias protocoladas documentaram alterações histológicas em quatro doentes (12,5%) do grupo A (2 rejeições celulares e 2 borderline), todas tratadas. Registaram-se dois hematomas moderados peri renais (3,9% das biópsias). Apesar do risco mais elevado do grupo A, função renal à altura da alta era melhor do que no grupo B (p < 0,05 para creatinina sérica e eGFR). Durante o seguimento dos doentes, o número de rejeições foi idêntico nos dois grupos. No final do seguimento (mediana de 63,3 meses), a proteinúria e a função renal eram semelhantes nos dois grupos. No modelo de regressão multivariada, e apesar das diferenças clínicas iniciais, os doentes submetidos a biópsias protocoladas apresentaram resultados excelentes, semelhantes aos doentes de risco mínimo, não biopsados (p = 0,5). O momento da realização da biópsia protocolada precoce deve ser ajustado de acordo com o risco clínico e imunológico do doente